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Controle alternativo de verminose em caprinos e ovinos |
LUIZ DA SILVA VIEIRA
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UMBERTO XAVIER DAMACENAEM 05/07/2016
DR . LUIS VIEIRA VENHO POR ESTA , LHE PEDIR UMA AJUDA ;EU JA PERDI VARIOS BURREGOS . ELES COMEÇAM TRISTE DE CABEÇA BAIXA , DEIXAN DE COMER E COM ISSO CHEGA A MORTE . ME DIGA O QUE POÇO FAZER PRA SALVAR O MEU REBANHO DE CAPRINOS.UMBERTODAMACENA@HOTMAIL.COM. RESIDO EM ITATIM NA BAHIA
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CECÍLIA JOSÉ VERÍSSIMONOVA ODESSA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 16/11/2009
Parabéns à intervenção de Farouk sobre homeopatia.
Tenho acompanhado (de São Paulo) os trabalhos feitos pela equipe da EBDA com medicamento homeopático (adquirido em qualquer farmácia homeopática), e os resultados no controle de Haemonchus com este medicamento são muito interessantes. Não vejo a hora de testar o mesmo produto que deu resultados muito bons aí na Bahia, com ovinos susceptíveis aqui no sudeste! Saudações, Cecília José Veríssimo Pesquisadora IZ, Nova Odessa, SP |
FAROUK ZACAHARIASSALVADOR - BAHIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 14/11/2009
Parabéns Luis pelos seus comentarios extremamente didaticos sobre controle parasitario, mas gostaria de tecer algumas consideraçaões sobre o seu controle com o uso da Homeopatia.
A homeopatia por definição não se preocupa com doença e sim com a saúde, isso já nos diferencia bastante em relação ao controle com produtos quimicos. Uma outra grande diferença é que a homeopatia produz imunomodulação e também uma ação antioxidante. Os trabalhos de pesquisa com medicação homeopatica que temos participado, que podem ser consultados no nosso curriculo lattes, têm demonstrado melhores resultados do que os produtos quimicos no controle de helmintos em caprinos e ovinos. Evidentemente que em outros tabalhos os resultados não foram favoraveis com pouca eficácia de alguns produtos comerciais homeopaticos. Faz -se portanto necessario esclarecer que hoje no Brasil existem dois grandes laboratorios homeopaticos veterinarios que atuam em todo territorio nacional, mas no nosso caso, e de outros pesquisadores, temos nos dedicado a investigar outros produtos homeopaticos constantes da materia médica homeopatica (mais de 3000 medicamentos) e seguimos a metodologia de prescrição conforme as leis dos semelhantes preconizada por Hahnemann, aprendida nos cursos de formação de especialistas em homeopatia. Acreditamos portanto que a avaliação da eficacia dos produtos homeopaticos, deverá considerar não somente os indicadores técnicos de avaliação parasitologica, mas os de custo - beneficio desses produtos, sustentabilidade que os mesmos conferem, paradigmas hoje que todo trabalho técnico cientifico deve considerar, requeridos pelos novos pardigmas do seculo XXI. Uma outra dificuldade dos pesquisadores homeopatas é conseguir publicar o seus resultados em revistas cientificas, mesmo conduzidos sob rigoroso delineamento cientifico, os seus trabalhos podem ser indeferidos sob alegação de que os medicamentos homeopaticos utilizados nas pesquisas não estão indexados no Anuario Merck ....que nos sabemos que é um guia de produtos veterinarios quimicos. Mesmos com todas as dificuldades, a adesão ao uso da homeopatia tem sido crescente pelos produtores de caprinos e ovinos, não fruto do aval da comunidade cientifica, mas da baixa eficacia dos produtos quimicos com niveis de resistencia antihelmintica de 0 a 100% e a evolução génetica as essas bases quimicas, o que torna inviavel o seu uso, proporcionado uma migração desses produtores que tem utilizados os produtos homeopaticos e observando seus resultados, conjugando-se medidas de manejo adequadas, considerando a necessidade de integração de outros fatores, notadamente a nutrição, génetica. Em relação a Homeopatia ainda estamos sujeitos a ouvir o que ouviram os indios Aymara da região Andina em 1998 "Quando tinhamos todas as respostas, mudaram as perguntas" Atenciosamente Farouk Zacharias Médico - Veterinário - pesquisador - EBDA, Especialista em Homeopatia Animal |
CECÍLIA JOSÉ VERÍSSIMONOVA ODESSA - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO EM 13/11/2009
Creio que o método Famacha só seleciona os animais potencialmente susceptíveis, pois estes vc dá preferência para descarte.
A seleção para resistência deve se dar a favor daqueles que têm OPG=0 (zero!). Quando o animal é jovem, é difícil dele ter um OPG = zero, mas à medida que vai crescendo, com idade em torno de 6-8 meses, já é uma idade em que se pode fazer uma avaliação da resistência à verminose. Sempre comparar animais conteporâneos (nascidos na mesma época), no mesmo manejo (mesmo pasto, alimentação, etc). Geralmente, um único exame de OPG tem sido suficiente para os programas de melhoramento genético da Austrália ou Nova Zelândia, mas quanto mais OPGs vc tiver de um animal (repetições) melhor. Quanto ao método Famacha, quem o faz não deixa de utilizar, pois é um excelente meio de controlar todas as outras doenças que afetam os ovinos (foot rot, lifadenite, conjuntivite, bicheira, e, inclusive a mastite) podem ser diagnosticadas numa ida do rebanho ao tronco! Não se esqueça de vermifugar também animais que apresentam outros sintomas de verminose, como magreza, pêlos sem brilho e quebradiços, lã solta, presença de diarreia, pois outros vermes (Trichostrongylus e/ou Oesophagostomum) podem estar causando esses sintomas e podem não causar anemia! Parabéns ao colega Luiz Vieira pelo artigo. Cecília José Veríssimo Pesquisadora IZ |
PEDRO NACIB JORGE NETOCAMPINAS - SÃO PAULO EM 12/11/2009
Primeiramente, parabéns pelo artigo, muito elucidativo.
Tenho meus receios com o método Famacha, pois o mesmo avalia o animal individualmente e um animal que estiver Ok não significa que não possua vermes e pior, pode ser um animal tolerante a verminose e esteja contaminando o ambiente e, conseqüentemente, outros animais. Este método deve ser usado com certa precaução pois podemos estar selecionando animais tolerantes a verminose, o que no ponto de vista zootécnico não é interessante. O correto é selecionarmos animais resistentes. Além disso este método pode dar falso positivo pois o método Famacha pontua a coloração da conjuntiva que dá em pontuação o grau de anemia, que está associada entre outras causas ao H. contortus. Porém anemia pode ser causada por diversos outros fatores como Fasciola hepatica, infecção por Mycoplasma ovis, deficiência de cobre ou molibdênio. Ou seja, para ter certeza do diagnóstico via Famacha, devemos desconsiderar todas outras possíveis causas de anemia. Lembrando também que Famacha é ineficiente para Ostertagia circumcincta e Trichostrongylus. Referente aos fungos nematófagos, é uma realidade já bem próxima e em breve ja haverá disponibilidade no mercado. Vale apenas lembrar que menos de 5% das amostras do fungo colhidas no ambiente são eficientes. Minha aposta para o futuro. Na Austrália foi criado atualmente um novo índice no maior e mais eficiente programa de melhoramento genético em ovinos no mundo, o LAMBPLAN. Criaram o índice Lamb 2020, que visa a produção para daqui 11 anos. Neste índice, a resistência a verminose, avaliada através de OPG, possui grande peso. Para o futuro, uma associação de melhoramento genético buscando animais resistentes (e não tolerantes), a utilização de fungo nematófago para controle da infestação no ambiente e diminuição de recontaminação, associado a utilização de vermífugos com aplicações bem mais espaçadas e usados racionalmente, será o que predominará no cenário brasileiro e mundial da ovinocultura. Att. Pedro Nacib Jorge Neto Médico Veterinário |
EURANIO SILVA REZENDEANÁPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 10/11/2009
Parabéns pelo seu artigo. Essa e uma realidade que estamos vivendo, os criadores tem que estar cientes disso, e tb saber como nao usar sempre o mesmo principio ativo de anti helmintico. Sempre estar mudano.
Eu estou usando o método de famacha em minha criaçao e estou contente com os resultados, sempre a cada desvermifugação troca o principio ativo, apesar que nao temos muitos principios ativos no mercado. Onde vemos outro erro é o produtor mudar só o nome do medicamento, mas o principio as veses e o mesmos do anterior. Isso é comum. Esse artigo é muito interessante |
LUÍS HENRIQUE FERNANDESTUPI PAULISTA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE OVINOS EM 10/11/2009
Prezado Dr. Luiz Vieira,
Parabéns pelo seu artigo. Foi extremamente oportuna as colocações referentes as possibilidades alternativas de controle dos parasitas gastrintestinais que acometem ovinos e caprinos. É de fundamental importância que os técnicos e produtores de todo país saibam do real problema da resistência parasitária, e que artigos como esses possam delinear um horizonte de trabalho dentro das diversas propriedades existentes pelo Brasil. Todos precisam entender que os anti-helmíticos são necessários, mas têm que aprender e entender a forma correta de uso. Luís Henrique Fernandes Zootecnista Campo Grande - MS <b> Resposta do autor</b> Prezado Luís Henrique Fernandes, Obrigado pelos comentários. Você tem toda razão, a resistência parasitária constitui atualmente o principal entrave na produção de caprinos e ovinos. Qualquer informação que precisares ou queira trocar ideias me coloco a sua disposição, Ok. Atenciosamente, Luiz da Silva Vieira Pesquisador Embrapa Caprinos e Ovinos, Sobral, CE |
RENATO MOCELLIN LOPESGUARAPUAVA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAPRINOS DE CORTE EM 09/11/2009
Prezado Luiz, parabéns pelo artigo. Primeiramente, é de assustar o número de rebanhos que são desverminados sem critério, ou seja, apenas como forma de cumprir um calendário, normalmente com desverminações a cada 60-90 dias.
Como curiosidade, gostaria de citar as estratégias de controle que utilizamos em nosso capril. Atualmente desverminamos nosso rebanho em média 2 vezes por ano, sendo que em uma delas temos como objetivo principal ectoparasitas (piolhos), porém utilizamos um princípio ativo que atue tanto nos parasitas externos quanto nos parasitas gastrointestinais. Pela manhã os animais permanecem fechados no capril, recebem concentrado e pequena quantidade de volumoso no cocho. Vão para os piquetes ao meio-dia, e são recolhidos novamente as 18:00 horas. Nosso objetivo é conseguir 30-35 kg de peso vivo, que é o peso quando abatemos os machos e realizamos a cobertura das fêmeas. Portanto, essas categorias permanecem em confinamento até que se cumpra tal objetivo. Sabemos que animais jovens apresentam alta susceptibilidade a verminose e são grandes agentes propagadores de larvas nos pastos. Desta forma, conseguimos atingir o peso desejado rapidamente e evitamos uma alta infestação das pastagens. Além disso, trabalhamos com pastoreio rotacionado, sendo que os animais retornam ao piquete já pastoreado com um intervalo de 40 (30-50) dias aproximadamente. Desta forma os piquetes nunca ficam "rapados", e assim dificultamos a subida das larvas até o ápice das plantas e contamos com boa quantidade de forragem. Nunca utilizamos o mesmo pincípio ativo duas vezes seguidas. Com essas medidas, temos conseguido de forma geral, apresentar bons índices zootécnicos do rebanho, e raramente os animais apresentam sinais evidentes de verminose como debilidade e papeira, e principalmente, conseguimos ter o produto que nosso consumidor prefere, um cabrito jovem, com 7-9 meses de idade e carcaças de 12-14 kilos. Obrigado, Renato. <b>Resposta do autor</b> Prezado Renato Mocellin Lopes, Obrigado pelos comentários. Também lhe parabenizo pelo manejo que você adota em sua propriedade, visando o controle de verminose em caprinos. Você está no caminho certo, com o uso mínimo de compostos químicos e a integração de outras estratégias que reduzem o contato parasito - hospedeiro. Estou a sua disposição para o que precisares, bem como para trocarmos ideias. Atenciosamente, Luiz da Silva Vieira Pesquisador Embrapa Caprinos e Ovinos Sobral, CE |
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