Gráfico 1 - Volume anual de abates inspecionados, em mil unidades.
Evoluindo cerca de 123% desde 2002, o volume anual de abates sob inspeção sanitária apresenta uma tendência altamente positiva, sendo um reflexo da forte demanda por produtos cárneos ovinos existente nas capitais e principais centros urbanos do país, assim como, de um incremento significativo do abate formal no Rio Grande do Sul ao longo dos últimos 7 anos.
De acordo com o Gráfico 2, o volume de abates sob inspeção sanitária (estadual e federal) em 2009 cresceu 27,7% em relação a 2008, o que garantiu um acréscimo de 1,4 mil toneladas na produção doméstica.
Gráfico 2 - Índice anual de abate ovino (2008=100)
Mantendo o padrão de anos anteriores, o Rio Grande do Sul assume a posição absoluta de maior produtor de carne ovina no país, no entanto, em relação a 2008, houve uma movimentação nas posições entre os demais Estados da Federação, o que pode ser um reflexo do ciclo produtivo peculiar à ovinocultura e/ou de um aumento ou redução real na produção do Estado (Tabela 1).
Tabela 1 - Taxa de crescimento do abate sob inspeção federal.
Como é possível observar na Tabela 1, a quantidade de animais abatidos sofreu variações substanciais na maioria dos Estados, com poucos apresentando uma variação positiva, a exemplo de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Sergipe. No entanto, a forte retração presente nos demais Estados em 2009 não afetou negativamente a produção doméstica, tendo em vista, o crescimento de quase 58% nos abates do Rio Grande do Sul que, devido a sua elevada escala de produção, permanece como o principal produtor e fornecedor do país, como mostrado no gráfico abaixo, seguido por São Paulo, Bahia e Mato Grosso do Sul.
Gráfico 3 - Participação na produção doméstica de carne ovina, 2009.
Com uma queda de 11% no volume das importações em 2009, o incremento ocorrido na produção doméstica foi essencial para sustentar o consumo doméstico formal no patamar das 14 mil toneladas.
Acompanhando firmemente a tendência positiva da produção, as cotações para o quilo de carcaça do cordeiro, considerando a praça de Feira de Santana, Bahia, tem sustentado um processo continuo de valorização em função da crescente e firme demanda existente no mercado doméstico, o que torna-se evidente ao se analisar a variação positiva de 101,4% entre os anos de 2001 e 2009, assim como, o incremento de 10,3% na cotação nominal do cordeiro em 2009 em relação ao valor praticado no ano anterior, de acordo com os Gráficos 4 e 5, respectivamente.
Gráfico 4 - Evolução do preço do cordeiro, quilo carcaça.
Gráfico 5 - Índice anual de preço do cordeiro (2008=100).
Assim, a evolução da cadeia brasileira da carne ovina torna-se cada vez mais evidente, e a superação anual dos números é notória, mantendo o setor aquecido, em constante crescimento e com uma tendência altamente positiva a longo prazo, permitindo, com isso, a consolidação e o desenvolvimento da ovinocultura comercial em todo o país.