Diversos fatores alteram a eficiência do crescimento, como peso, idade, nutrição, genética e sexo. Entretanto, a eficiência do crescimento em cordeiros é dramaticamente influenciada pelo peso ao nascer (PN).
O peso ao nascer é reflexo não apenas dos aspectos genéticos, mas, sobretudo, das condições ambientais disponíveis à ovelha durante a gestação, bem como pelo tamanho da ninhada, sexo das crias e idade da ovelha. Esses fatores influenciam o crescimento pós-natal e podem ser responsáveis por 55 e 40% da variação, respectivamente, no crescimento inicial e peso a desmama.
O PN é significativamente influenciado pelo tamanho da ninhada, de forma que pesos mais altos são registrados para cordeiros únicos, enquanto cordeiros gêmeos, trigêmeos e quadrigêmeos apresentam pesos ao nascimento 16, 26 e 47% inferiores, em média, respectivamente.
O sexo das crias também afeta o peso ao nascer, uma vez que fêmeas são mais leves do que os machos, resultando em uma diferença percentual na performance de crescimento antes da desmama de até 25%, podendo dobrar no período pós-desmama.
O peso ao nascer aumenta em função da idade da mãe. Cordeiros de ovelhas primíparas possuem menor peso do que cordeiros de ovelhas multíparas, uma vez que borregas apresentam, geralmente, menor eficiência reprodutiva do que as ovelhas, e originam também crias mais leves. Em muitas circunstâncias, cordeiros únicos, filhos de borregas, apresentam PN semelhantes aos gêmeos nascidos de ovelhas adultas.
Sendo assim, cordeiros com baixo peso ao nascimento são:
Essas características destacam as potenciais vantagens econômicas de assegurar aos cordeiros um tamanho adequado ao nascimento, por meio do manejo pré-natal. Essas vantagens incluem diminuição no consumo voluntário total com melhor conversão alimentar, redução no tempo para alcançar o peso de mercado, e carcaças mais magras produzidas com maior eficiência e a um custo inferior.