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3D da ovinocultura: quais os 3 desafios para 2011?

postado em 17/12/2010

22 comentários
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Em 2010, a demanda por carne ovina se manteve firme no mercado brasileiro, as importações de carne ovina uruguaia recuaram e os preços mantiveram-se aquecidos.

O FarmPoint pergunta aos leitores: quais são os 3 principais desafios para a cadeia produtiva da ovinoculturaa em 2011? Por quê?

Deixe o seu comentário no box abaixo e com as principais respostas, prepararemos um artigo. Desde já muito obrigado.

Equipe FarmPoint

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Comentários

Denis

Pinhão - Sergipe - Produção de ovinos
postado em 17/12/2010

Olha, acredito que os desafios para 2011 são:

Escala de produção (aproveitar o mercado aquecido). Produtores, mantenham suas fêmeas no rebanho.

Incentivos da indústria (seguir o exemplo de países que já possuem a atividade desenvolvida).

Marketing (mostrar para o consumidor que a carne ovina pode ser uma opção para o dia-a-dia).

Neyd M M Montingelli

Curitiba - Paraná - Pesquisa/ensino
postado em 17/12/2010

Os desafios são muitos, mas o brasileiro não desiste nunca.

- Baixar custos. A carne tem que chegar mais barata ao consumidor para ser uma opção de consumo e não um ítem diferente de um cardápio especial.

- Organizar-se em cooperativas, associações, comunidades, regiões, etc. Qualquer alternativa desde que em conjunto. Para compra e venda de matrizes e reprodutores de qualidade, insumos, instalações, troca de tecnologia, banco de EMPREGADOS QUALIFICADOS, transporte e principalmente colocação do produto final.

- Planejamento e controle de todo o processo produtivo.

Neyd Montingelli
Curitiba/Pr

RICARDO JOSÉ DE ALMEIDA SILVA

Sinop - Mato Grosso - Produção de ovinos
postado em 17/12/2010

Bom dia a todos os leitores.

Eu creio que os desafios para 2011 são os mesmos de sempre, mas com uma diferença:
- primeiramente, o controle de verminose, fator limitante para a atividade;
- a comercialização clandestina de carne
- insentivo fiscal, financeiro e impresas frigoríficas comprometidas com os produtores.

Sem isso, esta muito difícil continuar nesta atividade que é tão apaixanante e gratificante.

Vamos nos unir, devemos ter a mesma visão de comercialização que os produtores de frango e suínos tiveram, só assim vamos ter melhores resultados.

Vamos ficar atentos.

Att.
Ricardo Almeida

Lenier Ferreira de Souza

Bodoquena - Mato Grosso do Sul - Indústria de insumos para a produção
postado em 17/12/2010

No meu entendimento, os 3 desafios para a cadeia de produção na ovinocultura sâo:
- Maior incentivo dos órgãos públicos no intuito de divulgar a carne ovina brasileira;
- Fortalecimento da cadeia no intuito de baixar o custo de produção,
- Os produtores se qualificarem melhor na busca de maior qualidade no acabamento de carcaça e controle sanitário, conhecendo melhor os cuidados necessários para se ter precocidade e cordeiros de qualidade.

Alcançado isto teremos condições de competirmos de igual para igual com o mercado internacional.

Att

Lenier Ferreira de Souza

Antonio Lemos Maia Neto

Salvador - Bahia - Instituições governamentais
postado em 17/12/2010

Mudar a situação da informalidade que caracteriza a cadeia produtiva na maioria dos Estados brasileiros;

Implementar o Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos e os Programas Sanitários Estaduais;

Investir nos Programas de Melhoramento Genético, para que no futuro próximo tenhamos reprodutores comprovadamente melhoradores.

Tiago

Uruguaiana - Rio Grande do Sul - Estudante
postado em 17/12/2010

Boa tarde,
Suscintamente
Combate ao mercado informal. Requer compromisso dos órgãos fiscalizadores e consciência do consumidor.
Nutrição para melhorar produtividade. Pré-encarneiramento e pré-parto visto com maior atenção para não repetir índices muitas vezes péssimos.
Controle de verminose. Manejo integrado com ajuste de lotação e implementação de técnicas que permitam uma menos dependência do uso de fármacos (Taninos, probióticos, pastoreio alternado...). Uma vez que 90% dos produtores não sabe qual fármaco tem mais que 95% de eficácia no controle das parasitoses do seu rebanho.

Att. Tiago Gallina

Cledson Augusto Garcia

Marilia - São Paulo - Área de ovinocultura - Pesquisa/Ensino
postado em 17/12/2010

1) Organização da cadeia produtiva - Produtor - Frigorífico - Consumidor;

2) Produtor - profissionalizar a atividade, usando tecnologias no mercado, bem como melhoramento genético e nutrição (pastejo rotacionado, confinamento, etc.)

3) Oferta de carne inspecionada nas casas de carne e supermercados, com cortes especiais, desta maneira fazendo com que o cordeiro saia do espeto (churrasco) e faça parte do cardápio semanal das familias. Aliado a um bom marketing.....

Obs: Tenho plena convicção que tudo isto está acontecendo, mas precisamos acelerar o processo, para que num futuro possamos até exportar a nossa carne de cordeiro gerando divisas, como acontece com outras espécies como bovinos, aves e suínos.

Cordialmente

Estéfano da Mota Pereira

Curaçá - Bahia - Técnico
postado em 17/12/2010

Acredito que cada região possui algumas particularidades, aqui na região onde moro é uma das maiores produtoras de ovinos e, mesmo assim os frigoríficos instalados funcionam ociosos. Pude ler todos os comentários, acredito que todos tenham razão observando a colocação acima.

Paulo de Tarso dos Santos Martins

Várzea Grande - Mato Grosso - Consultoria/extensão rural
postado em 17/12/2010

Já falavam aos quatro cantos do mundo os gurus das empresas vencedoras de grandes resultados, "Os 3 D do sucesso: Determinação, Diciplina e Dedicação". Para nós da ovinocultura mato-grossense e brasileira, nada diferente disso: Determinação, Disciplina e Dedicação.

Determinados temos que estar na manutenção de
uma ovinocultura crescente, numérica e qualitativamente.

Disciplinados como empresários: programar, executar, analisar e reprogramar. Sempre usando profissionais qualificados em todos os processos.

Dedicados como nunca, como uma mãe cuida de sua prole. A Dedicação em todos os elos da cadeia produtiva; da produção de insumos eficientes, à produção de genéica melhoradora da produção e não de atendimento a marketing, até Dedicação ao desenvolvimeto do espírito associativo para minimizar questões e maximizar resultados.

Marcelo Spinola Vianna

Araruama - Rio de Janeiro - Produção de ovinos
postado em 17/12/2010

Prezados,
Li atentamente os comentários dos parceiros que escreveram anteriormente.
É muito difícil relacionar apenas 3 pontos, mas vamos tentar.

Para o negócio tomar uma forma profissional, o "dono" do criação tem que aprender a criar, e não apenas mandar o funcionário fazer algum curso. Só com a mão na massa, as coisas funcionam. Não adianta dizer que a ovelha é frágil, que a verminose é o grande vilão, etc, se o "dono" vai ver os animais a cada 15 dias quando vai passear pela fazenda. Ovinocultor tem que viver dentro do seu negócio, ou o "dono" vai ser sempre aquele funcionário especialista em tudo. É uma fato incontestável que temos nas mãos a pecuária que mais cresce no Brasil, mas sendo criador de final de semana, não adianta.

Falam muito na comercialização clandestina ou na carne importada como sendo grandes concorrentes. Minha gente!!! O atravessador que chega na sua porteira e leva uma carreta de cordeiros para algum destino desconhecido, no caso do Rio de Janeiro, é fundamental, visto que são eles que mantém o mercado de escala ativo. Se os frigoríficos deixarem de ser gulosos e pagarem melhor, então é possível que este tipo de comprador vá desaparecendo aos poucos. Quanto à carne importada, devemos agradecer sempre aos irmãos Uruguaios, pois graças a eles, nossa iguaria se tornou conhecida e popular.

Mencionaram também a questão de incentivos fiscais... Pelo amor de Deus!!!! Amigos, não adianta pedir algum tipo de benção para reduzir impostos relativos ao nosso produto. Partindo do princípio que somos todos produtores rurais, e vivemos exclusivamente das nossas terras, temos que batalhar por incentivos de crédito das instituições financeiras, custos interessantes das indústrias de sementes, adubos, medicamentos, rações, etc. Impostos, e muitos, sempre iremos pagar. Esqueceram que vivemos no Brasil?

Amigos ovelheiros, resumindo um pouco, na minha opinião os 3 grandes desafios são pequenas mudanças de postura:

1) Descer do pedestal de fazendeiro e cuidar do seu animal com suas próprias mãos. Nada melhor do que o perfume da sua ovelha no seu macacão no final do dia.

2) Se preocupar em produzir seu cordeiro da melhor, mais econômica, rápida e lucrativa forma, e não se quem vai comprar é o mega frigorífico ou o atravessador.

3) Para de chorar imaginando o sonho do incentivo fiscal. Se não está satisfeito, mude de país.

Abraços, sucesso e um maravilhoso 2011!!!
Marcelo.

EDUARDO AMATO BERNHARD

Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Consultoria e Assessoria Veterinária
postado em 17/12/2010

Acredito que estamos numa fase excepcional para a ovinocultura e temos que nos aproveitar deste momento para organizar a cadeia e criarmos uma agenda a curto, médio e longo prazo com o objetivo de consolidarmos o mercado da carne ovina, com garantia de qualidade, preço, escala de produção, aumento de produtividade e a criação de programas efetivos de melhoramento genético e sanidade, visando alcançar a confiança do mercado e índices de produção compatíveis com a nossa capacidade e que permitam ganho real ao produtor. Necessitamos de uma grande aliança nacional em prol da ovinocaprinocultura, com participação efetiva de todos os elos da cadeia.

Nei Antonio Kukla

União da Vitória - Paraná - Consultoria/extensão rural
postado em 18/12/2010

1) Organização da cadeia produtiva;
2) Escala de Produção;
3) Abate formal.

Claudio Fontoura

Dom Pedrito - Rio Grande do Sul - Produção de ovinos de lã
postado em 18/12/2010

Em primeiríssimo lugar, devemos absorver matrizes de criadores que desejam acabar com seus rebanhos, aproveitando esse aquecimento do mercado. Nosso rebanho diminuiu muito, e devemos novamente retornar a patamares anteriores, e seria desastroso perder-mos estas matrizes. Caso isso não ocorra, ficaremos à mercê de países produtores de carne ovina (Argentina por exemplo) que obviamente já estão de olho no nosso mercado, e poderão nos arremessar novamente à condição anterior. Em segundo lugar, devemos investir em marketing, mostrando para a população a verdadeira qualidade da carne ovina, quebrando preconceitos, e suas amplas possibilidades gastronomicas. E em terceiro lugar, devemos organizar a cadeia da carne ovina, do "útero ao prato". Governo e iniciativas privadas devem estimular ovinocultores para que os mesmos otimizem seus resultados, para que cada vez mais o negócio seja rentável e que a indútria seja cada vez mais confiável em relação a pagamentos e classificação de produtos ofertados ao público.

Jaime de Oliveira Filho

Itapetininga - São Paulo - Consultoria/extensão rural
postado em 18/12/2010

1 - Na verdade todo mundo sabe que o setor falta muito profissionalismo por falta dos produtores e por isso levam de qualquer jeito não se preocupando com os índices zootécnicos.

2- Falta de planejamento para escala de produção e para isso precisa a classe estar unidas como núcleos, associações ou cooperativas.

3- Fazer bons projetos com profissionais da área, tendo a atividade como uma linha de produção, tendo consciência dos gastos e lucros.

Um dia chegaremos lá, temos vistos outros setores como o de aves e suínos, como estão organizados.

Adailson Freire

Olinda - Pernambuco - Produção de caprinos de corte
postado em 18/12/2010

Prezada Equipe FarmPoint,

Feliz 2011.

3D da Ovinocultura

I) Da Gestão não se esquecer
Da Redução dos Custos se envolver
Do Marketing se valer

Em 2011 o SUCESSO vai aparecer

II)Com os 3D ajustado pode crer
Com a Genética a se desenvolver
Com a Sanidade a se precaver
Com o a união para comprar e vender

Com toda essa engenharia o REAL vai aparecer

Adailson Freire
Olinda / PE - Dezembro de 2010



cyro calovy filho

Alegrete - Rio Grande do Sul - Consultoria/extensão rural
postado em 19/12/2010

Acho que a questão da escala de oferta de animais em uma só época, sazonalidade na minha região, aumenta muito no final do ano faltando animais a partir de março isto é muito explorado pela industria frigofica. Outro aspecto é o padrao de carcaça dos animais, pois ainda nao é o ideal, rendimento baixo de algumas raças e estruturaçao de toda a cadeia produtiva ovina produtores produzindo o que o mercado quer e sendo remunerado adequadamente para ter renda e investir mais na sua atividade.

Ciro agronomo Alegrete/RS

Vanderlei Pereira

Campinas - São Paulo - Frigoríficos
postado em 20/12/2010

Isso ja era sabido, agora os tres fatores são:

Primeiro: Melhora na Genetica, ou seja no tratamento para que possamos ter animais com peso menores (Popular mamão) mas ja com uma pequena cobertura de Gordura, o que hoje não vem acontecendo,

Segundo: Processo de matança e Tratamento pós abate, ou seja; Frios adequado, processo de embalagem a vacuo moderna, e transporte.

Como terceiro, processo de distribuição e educação ao tratamento ao produto: Os revendedores ( Supermercados, Casa de Carnes, etc...) ainda não vem dando o tratamento ideal para o produto, onde se encontra o produto são poucos os locais que o produto esta bem acondicionado, visivel, e dentro de uma arrumação ideal, e eu numeraria mais um item: o da divulgação por parte das cooperativas, Associações, etc... Tudo isso ajudaria a melhorar a venda, em termos de marcas mais competição e assim por diante.
Um grande abraço a todos.

Cecília José Veríssimo

Nova Odessa - São Paulo - Pesquisa/ensino
postado em 20/12/2010

Olá equipe do Farmpoint e todos os leitores
Esperemos que em 2011 os fabricantes de fármacos aumentem a variedade de drogas para combate à verminose, pois a droga à base de levamisole, por exemplo, práticamente sumiu do mercado, e o que a maioria dispõe aos produtores é ivermectina e albendazole, drogas que, segundo os últimos levantamentos, realizados em SP e MS, revelaram que não foram eficazes (a eficácia foi menor que 90%) em todas as propriedades avaliadas.
Outros desafios:
Mais testes de Progênie: genética superior por avaliação de reprodutores pela progênie;
Fiscalização por parte do poder público do abate clandestino

Abraço a todos,
CEcília Veríssimo

Gustavo Martini

Araçatuba - São Paulo - Industria Frigorifica
postado em 21/12/2010

- Melhoria na eficiência produtiva dos rebanhos, produzindo com custos mais baixos maior quantidade e qualidade de cordeiros;

- incentivo fiscal, principalmente sobre o ICMS;

- diminuição do mercado informal, gerando ao consumidor final maior qualidade e segurança alimentar.

Adilson Carvalho da Fonseca

São Manuel - São Paulo - Zootecnista
postado em 28/12/2010

Adilson Carvalho da Fonseca
Zootecnista - Extensionista da CATI São Manuel SP

Tenho visto muitas criações e tenho algumas sugestões:

1. O produtor antes de trazer animais para sua propriedade deve prepará-la para os mesmos (pastagens; instalações; mão-de-obra, etc). Eu queria ver alguém abrir um supermercado e não ter prateleiras para colocar as mercadorias, largar tudo no chão, ou contratar caixas que nunca viram uma caixa registradora, e por ai vai. Numa criação não é diferente.

2. Buscar insessantemente melhorar os índices zootécnicos (sanidade; nutrição; genética; gerenciamento)

3. Se a criação não ocupar lugar de destaque na propriedade, ter importância na formação da renda final ou ser a atividade principal, fica difícil.

Grato pela oportunidade. Que todos tenham um abençoado ano de 2011.

Jesus te ama, pois deu sua vida para salvar a nossa; existe amor maior que esse?

João Luiz Lopes/Tecnovinos

Goiânia - Goiás - Ovinos/Caprinos
postado em 03/01/2011

Bom ano à todos os caprino e ovinocultores brasileiros.

1º ) Discrepância entre o imaginado e a realidade - Imaginam a ovinocultura como se fosse a salvação da pecuária nacional, uma vez que os preços de venda são bastante interessantes, entretanto esquecem-se de que a realidade é outra, bem diferente, a começar pelos custos de produção. Se não fizermos todas as anotações, todas as comparações e se não for feito tudo conforme as regras, o lucro se esvai rio abaixo. Ajustar todos os pontos da caprino-ovinocultura, talvez, demore,ainda, algum tempo, porém se não pensarmos rapidamente que, sendo uma cultura de ciclo rápido podemos trabalhar no fator quantidade e assim termos volume, tanto de compra quanto de venda. Daí chegamos ao sendo problema, dificuldade de união, discutido abaixo.

2º) Dificuldade de união entre os produtores/criadores - Para mim este é, talvez, o principal ponto de estrangulamento do setor, pois o que temos visto ao longo dos últimos 20 anos no Brasil, com raras exceções, é que cada criador se acha melhor do que o outro. E pensando assim: "se sou melhor do que o fulano, p´ra que vou me aliar a ele?"; vamos deixando de crescer e consequentemente o setor não decola. Como já disse antes, temos que quebrar paradigmas existentes, pois assim seremos capazes de ofertar um produto com custo inferior ao praticado hoje e, consequentemente, aumentaremos a demanda na ponta final da cadeia. Sabemos que o consumidor de hoje nos solicita um produto de elevada qualidade, com fornecimento contínuo e a um preço baixo. Todavia só vamos ter um produto com todas essas qualidades se praticarmos a política da união, ou seja, se praticarmos uma compra conjunta, assistência técnica compartilhada, venda em escala e programada e, o que é mais importante, praticarmos a confiança de uns aos outros. Desta forma saberemos o que nos custa produzir, quem e quando nos compraram nossos produtos e, também, quanto poderemos produzir para atingir nossa plena satisfação (lucro). Então se soubermos tudo isso e se fizermos assim já não mais existira o 3º entrave, explanado abaixo.

3º) Dependência de Ações Governamentais - Ficamos todos, hoje, esperando ações governamentais para o desenvolvimento do setor. Refletimos Senhores: O que os Governos fazem além de tributar nossa produção? È o papel deles. Um ou outro cria, na teoria, uma linha de crédito específica; diminui uma pequena parcela do ICMS, de venda do produto, por um determinado período de tempo e/ou fornece um lote de animais (poucos) para início de um criatório sem ofertar nenhum conhecimento técnico ao criador. É muito pouco senhores, entretanto é só isso que Eles fazem e nós, os produtores, já nos damos por satisfeitos com essas "migalhas". Somos, ainda, muito pequenos enquanto classe. Temos muito que evoluir, até chegarmos ao ponto de sentarmos lado a lado, em uma mesa redonda e discutirmos de igual para igual. E quando acontecerá isso? Quando fizermos as tarefas de casa direitinho. Quando reconhecermos que o setor da caprino e ovinocultura é do tamanho de uma caixinha de fósforo frente ao caminhão de demanda existente para os produtos, subprodutos e derivados dessas espécies.

Senhores produtores/criadores e Dirigentes da Caprino e Ovinocultura brasileira vamos, nesse ano de 2011, buscar maneiras práticas e eficientes para atingirmos o nosso potencial máximo de produção. Temos um mercado nacional enorme com forte propensão ao consumo e que importa , não sei quantas mil toneladas de leite de cabra e de carne ovina para um consumo, de aproximadamente, 0,7 kg (setecentos gramas) per capita anualmente. Não estou falando do mercado externo, ainda. Temos uma produção de pele muito pequena ou quase inexistente, pois a maior parte destas pele são jogadas fora, e de excelente qualidade; temos ótimas condições edafo-climáticas, em qualquer região do país; temos, também, bastante criadores que estão buscando alternativas para o seu sustento na propriedade rural e sendo uma cultura de ciclo rápido, podemos apresentar-lhes como uma luz ao fim do túnel; enfim temos de tudo para nos tornarmos grandes produtores de carne, subprodutos, leite e derivados de ovinos e caprinos, entretanto ainda patinamos para começar uma produção economicamente viável e sustentável.
Vamos esquecer todos os problemas. Vamos arregaçar as mangas da camisa e trabalhar/produzir. Vamos acontecer o setor em 2011. Vamos junto caminhar em busca de alternativas, pois assim teremos a certeza de que, muito em breve, o setor deixará de ser engavetado pelos Governos e, nós, os produtores sentiremos satisfação em fazer/ser parte deste.



Bruno Fernandes Sales Santos

Dunedin - Otago - Nova Zelândia - Produção de ovinos
postado em 05/01/2011

Olá amigos,

Acredito que o ano de 2011 será um ano diferenciado para o setor, sobretudo, pois estamos entrando o ano com boas perspectivas, bons preços e demanda de mercado, além do otimismo por parte dos produtores .

Muitos fizeram excelentes colocações, gostaria apenas de contribuir um pouco mais. Assim, em minha opinião os 3D´s seriam:

1- Produção eficiente nas propriedades, envolvendo todos os aspectos (cria, recria, terminação, pastagens, melhoramento genético e etc....), o importante é o produtor conseguir o maior número possível de cordeiros terminados por ovelha, de maneira eficiente e de acordo com suas possibilidades.

2- Integração entre produção, indústria e mercado. Este ponto melhorou muito, mas está restrito a poucos estados e ainda precisa de ajustes naturais. De maneira geral esta desconexão afeta toda atividade no Brasil e impede o desenvolvimento do setor.

3- Crescimento e formação de um rebanho nacional numeroso, produtivo e eficiente. Este é o ponto crucial para atendermos a demanda interna e criarmos um setor estruturado. Para isto todos devem estar integrados, investir em pesquisa e desenvolvimento, planejar o crescimento da atividade e antes de tudo definir os objetivos da ovinocultura do Brasil.

Abraço,

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