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Identificação ao nascimento

Por Dayanne Martins Almeida - publicado em 09/05/2011

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Foto: One Stop Ram Shop
Identificação ao nascimento. A identificação ao nascer dos cordeiros é feita em muitas fazendas na Nova Zelândia. Caudectomia, brincagem e vacinação contra ectima são as práticas rotineiras feitas diretamente no pasto dessa forma uma porcentagem da mortalidade é diminuída.

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Comentários:

Klaus Carlos Bernauer

Blumenau - Santa Catarina - sócio e fui CEO em 2 empresas,quero iniciar agrone
publicado em 19/06/2011

PREZADA sRA. DAYANNE M. ALMEIDA

PARABENS E ÓTIMO QUE PODEMOS CONTAR COM SEU APOIO POR ESSA SUA REPRESENTAÇÃO

REALMENTE É O PAIS OVELHEIRO!
pERGUNTO PORQUE ESTE ENORME NUMERO DE RAÇAS ,QUE NO FINAL É UMA "SALADA DE FRUTAS " (BIG MIXING)DE SANGUES RACIAIS ,A FINALIDADE TECNICA SERIA ,PARA TER ANIMAI S PARA REGIÕES DIFERENTES NAS CONDIÇÕES CLIMATICAS E GEOGRAFICAS?
POIS O CRESCIMENTO E PESO PARA ABATE SÓ A PASTO É REALMENTE FANTASTICO E  ISTO NAS QUANTIDADES MANEJADAS !

QUAL O TAMANHO DOS PIQUETES E DENSIDADE DE ANIMAIS E A PERMANENCIA EM CADA PIQUETE?

QUAIS AS GRAMINEAS PLANTADAS E NA ROTAÇÃO DOS REBANHOS VARIAM TAMBEM O TIPI DE GRAMINEA CONFORME A IDADE DOS CORDEIROS ?

SEI QUE SÃO MUITAS PERGUNTAS ,MAS QUANDO SE VE ALGO TÃO ESPETACULAR E COM GRANDE VARIEDADE DE TOPOGRAFIA E CLIMATICAS QUE A nz TEM ,FICASSE MUITO INTERESSADO EM CONHECER E APRENDER.

MUITO OBRIGADO PELA APRESENTAÇÃO DA SUA REPRESENTADA E AGURDO NOTICIAS.

CORDIALMENTE

KLAUS CARLOS BERNAUER



Dayanne Martins Almeida

Masterton - Wairarapa - Nova Zelândia - Zootecnista
publicado em 19/06/2011

Muito obrigada Klaus pelas palavras e pelo interesse. Desculpe-me pelo longo tempo em respondê-lo, estamos em época de chuvas aqui na Nova Zelândia e nossa atenção está sendo redobrada nessas últimas semanas. Obrigada mais uma vez pela paciência.

Bom, vou tentar expressar por palavras o que meus olhos vêem todos os dias trabalhando em uma fazenda de ovinos na NZ, mas já o adianto que está convidado para vir nos visitar quando quiser e poder presenciar ao vivo e a cores o sistema empregado e a filosofia de produção animal dos neozelandeses. Garanto-lhe de que nunca mais será o mesmo após a experiência.

Primeiramente a rotação de piquetes consorciada com a utilização de bovinos é feita baseada na área e na produção de kg de matéria seca do pasto. Este é formado pela interação entre gramínea (Ryegrass, Lolium spp) e leguminosa (Clover, Trifolium spp), as quais correspondem a grande maioria das pastagens da NZ e juntas proporcionam mais de 20% de proteína bruta e são destinadas, desta forma, a todas as categorias de animais na propriedade. Variáveis como estações do ano, topografia e idade da pastagem podem influenciar no manejo também. Pastagens recém formadas podem suportar de 16 a 20 animais com peso médio de 55kg por hectare com devida atenção dada para sanidade e manejo. O tamanho dos piquetes depende muito do relevo da propriedade, da distribuição de água e da finalidade, aqui na fazenda, por exemplo, temos piquetes de 3 até 80 ha de área, bem como altitudes de 0 a 900m. Além disso, preocupa-se em evitar o pastejo excessivo para que as reservas nutricionais das plantas sejam mantidas e o crescimento seja, então, acelerado no pós-pastejo. Há também a utilização de pastagens de inverno como alfafa e brassica para suprir necessidades especiais ou um manejo específico buscado pelo sistema empregado na propriedade.

Quanto a utilização de raças diferentes para formação dos animais compostos estabilizados geneticamente, essa é uma prática digamos que um tanto recente no país (iniciada e difundida há pouco mais de 10 anos atrás). A finalidade principal e sem segredo algum é a 'exploração' máxima do que a heterose pode oferecer para a produção animal. Ainda existem plantéis de reprodutores puros na NZ mas a grande tendência é a utilização de tricross ou meio sangue pelos produtores comerciais em virtude do máximo de desempenho que o animal demonstra em termos zootécnicos. A 'mistura de sangues' citada não é o principal ingrediente do sucesso da ovinocultura daqui mas a seleção genética a que esses animais são submetidos no que diz respeito às características que realmente interessam tais como quantos kg de cordeiro a ovelha desmama por kg vivo dela e a máxima resistência a vermes e/ou a fotossensibilização, estes sim são os motivos pela escolha de um determinado reprodutor. A variabilidade de raças e compostos não influencia no padrão da carcaça nos frigoríficos, pelo contrário ela é a principal componente da qualidade e eficiência produtiva do país.

Dayanne Martins Almeida

Masterton - Wairarapa - Nova Zelândia - Zootecnista
publicado em 19/06/2011

Espero poder ter contribuído um pouco com o que esperava mesmo porque a quantidade de informação e de fatores para se discutir é imensa e eu ainda tento assimilar tudo o que vejo, faço e participo no meu dia-a-dia. Sinta-se à vontade em me contatar e obrigada mais uma vez, Klaus.

PS: Está convidado a vir nos visitar quando quiser, será muito bem-vindo!

Att,

Dayanne

Luiz Eduardo dos Santos

Nova Odessa - São Paulo - Instituições governamentais
publicado em 30/06/2011

Parabéns Dayanne...

Tanto pelas imagens (valem mais que mil palavras) espetaculares pela beleza e por darem uma visão extremamente interessante sobre uma das "ovinoculturas" mais eficientes do mundo.

E parabens pelos esclarecimentos. Complementam muito bem aquilo que as imagens mostram.

Espero que um dia a nossa ovinocultura também possa chegar a esse nível de eficiência.

Luiz Eduardo dos Santos
Instituto de Zootecnia - Nova Odessa (SP)

Dayanne Martins Almeida

Masterton - Wairarapa - Nova Zelândia - Zootecnista
publicado em 30/06/2011

Muito obrigada, Luiz Eduardo! Fico extremamente feliz em poder compartilhar sobre aquilo que presencio dia-a-dia no meu trabalho com o pessoal do Brasil. Acredito que estamos nos movendo sim, ainda que paulatinamente. A conscientização do produtor já representa um grande passo!

Muito obrigada mais uma vez!

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