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Sobre Jacarés, Pântanos e Vacas |
MARIO SÉRGIO ZONI*
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RODRIGO MARTINS FERREIRABONITO - MATO GROSSO DO SUL EM 23/10/2006
Jovani, o dificil é fazer pecuaristas com mentalidade conservacionista e produtores darem valor ao técnico que tanto pode ajudar ou estudante, como eu, com experiência, para que eles deixem de ser tiradores de leite e passem a ser empresários do setor do agronegócio.
Realmente, aqui na região não dão valor às pessoas com capacitação. Espero que isso realmente mude para que possamos mostrar nossas capacidades. |
JOVANI SCHERER BECKERJÚLIO DE CASTILHOS - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE EM 18/10/2006
Mário,
Primeiramente, parabéns pela forma de abordar o tema, simplesmente magnífico. Eu venho notando uma mudança muito grande em parte das propriedades de leite - começa a surgir o empresário do leite e desaparecer o tirador de leite. Há uma profissionalização do setor no centro do Rio Grande do Sul. Um indicador é a demanda por cursos do Sebrae-RS nas áreas de gestão, capacitação e qualidade total - e são cursos pagos. Como educador do Sebrae sinto em cada curso mais empresários sendo formados. Precisamos que isto se multiplique pelo Brasil. |
DIEGO BARROZOMOGI MIRIM - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 18/10/2006
Mário Sérgio,
Parabéns, gostei muito do artigo. Sou estudante de zootecnia e considero o planejamento e o gerenciamento "peças chaves" para resolver qualquer problema, só gostaria de saber se a "contratação" de um caçador também não faz parte do planejamento? acho que o "drenador" responsável deve sempre ter como prioridade o seu planejamento, mas também não tiro o mérito dos caçadores (eles resolvem problemas a curto prazo, mas resolvem), não é fácil trabalhar com uma enxada, imagina só se tiver um jacaré correndo atrás de você. Concluindo, acho que o grande problema não são os caçadores ou os produtores que se surpreendem com resultados a curto prazo, mas sim os drenadores que não percebem que tem jacarés no local onde será feita a drenagem e ainda se transformam em caçadores. E considero importante o papel do caçador quando há um drenador com objetivos claros o gerenciando. Mais uma vez parabéns!!!!! abraço |
JOSÉ RICARDO VILKASANGATUBA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 07/10/2006
Realmente, é ótimo o jeito de pensar. Porém, nem sempre encontramos no mercado técnicos que drenem e não fiquem a matar jacarés. E quando temos um novo técnico, demora algum tempo para percebermos em que time está: matador ou drenador! Espero sinceramente em contratar drenadores!
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JOSÉ ULTÍMIO JUNQUEIRA JUNIORRIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 28/09/2006
Mário Sérgio, excelente seu texto! Além de desviar o foco, os caçadores de jacarés ainda tumultuam o mercado e confundem o produtor vendendo rifles; balas; coletes de caça; silibim; curso intensivo de tiro etc...
Mãos a obra! Vamos pegar os enchadões... <b>Resposta do autor:</b> Caro José Ultímio Este é realmente o foco principal da questão, como você tão propriamente abordou na entrevista para o Fazendo a Diferença e em sua mensagem agora. O mercado está necessitando de técnicos que assumam posturas comprometidas com o futuro da propriedade, que se vejam como parceiros do proprietário, que ao olhar um silo de milho bem feito ou de uma capineira bem manejada, ao ver um parto ou uma boa vaca sendo ordenhada sintam que o seu trabalho ajudou para que aquilo acontecesse. Quando os produtores demandarem estes profissionais, ao invés dos caçadores, talvez leremos menos relatos de insucessos e dificuldades de caixa e teremos um universo de técnicos e produtores com coisas boas para contar. Pelo grande número de pessoas que estão se interessando como vemos em eventos sobre Gestão na Pecuária, acredito que este dia está muito próximo. Um abraço Mário Sérgio Ferreira Zoni |
ROGÉRIO DA EIRA ALVESPASSO FUNDO - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 25/09/2006
Muito proveitoso seu artigo, Mário Sérgio.
Em primeiro lugar, é bom saber que profissionais que passaram pela escola que estudei proporcionam informações de alto valor aos técnicos da área. Assim como o leitor Luiz Escovar Arregui, que foi meu orientador, busco implementar o conceito da gestão nos produtores do município que trabalho. E, com certeza, vou utilizar a sua dica de me prender a poucos problemas, que trazem grandes soluções. |
VIVIANE SILVA BORGESQUIRINÓPOLIS - GOIÁS - FRIGORÍFICOS EM 20/09/2006
A verdade é que não queremos enxergar! É muito mais fácil matar os jacarés que aparecem, do que buscar soluções para eles. A busca é sempre pelo lado mais fácil de se resolver o problema logo. Parabéns Mário, o que falta realmente é gestão, planejamento e pôr a mão na massa.
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LUIZ ESCOVAR ARREGUIPASSO FUNDO - RIO GRANDE DO SUL - MÉDICO VETERINÁRIO EM 19/09/2006
Parabéns pela explanação desse assunto com tanta propriedade. Você tem conseguido executar esses conceitos em seus assistidos? Como você tem feito para o produtor aderir a essa gestão?
Luiz Escovar Arregui <b>Resposta do autor:</b> Em resposta a seu e-mail enviado ao Milkpoint, posso lhe dizer que felizmente consigo aplicar nas propriedades em que trabalho os conceitos de gestão que citei no artigo. Uma dica de possível início de trabalho é o de usar nas propriedades o conceito de Paretto, que é procurar dispender todo o seu empenho de trabalho em 20% dos problemas que afetam 80% do resultado. A partir do momento que os principais problemas começam a ser identificados, trabalhados e resolvidos, os demais problemas tornam-se facilmente sanados, pelo grau de compromisso mútuo que se firma entre técnico e proprietário. Abraço, Mário Sérgio Ferreira Zoni <b>Luiz Escovar Arregui:</b> Prefeito a tua colocação, captei a idéia, mas em relação aos números do faturamento, como fazer os produtores entenderem ou sentirem necessidade de discutir sobre o assunto? Trabalho com empresas familiares, que em média tiram 1000 litros por dia. Abraço Arregui <b>Reposta do autor:</b> Luiz, Apesar de trabalhar com propriedades maiores, o envolvimento da família ou do proprietário é muito intenso, até pelo fato dos proprietários morarem na mesma área. Quanto ao fato das propriedades em que você atua serem menores não muda o foco principal do negócio, que é o de ganhar dinheiro. Sendo assim, acredito que possa haver até maiores facilidades na adoção de propostas de melhoria, pois os principais interessados são as pessoas que conduzem todo o negócio, agora se a dificuldade financeira não é motivo de preocupação para o proprietário, não há estratégias que possam convence-lo a mudar de atitude. Uma sugestão é procurar trabalhar com um produtor mais receptivo e utilizar o seu sucesso como fator motivador para outros proprietários. Um abraço Mário Sérgio Ferreira Zoni |
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