(T1) 2% suplemento mineral no concentrado farelado mais suplemento mineral à vontade no cocho;
(T2) 2% de suplemento mineral apenas no concentrado farelado;
(T3) suplemento mineral apenas no cocho;
(T4) sem nenhum tipo de suplementação mineral.
Para todos os tratamentos, a dieta total foi calculada para suprir as necessidades dos animais segundo o NRC (1985):
60% de feno de alfafa (volumoso) + 40% de ração concentrada (concentrado).
Seguem as tabelas com a composição da dieta.
Tabela 01 - Composição do concentrado com suplemento mineral.
Tabela 02 - Composição do concentrado sem suplemento mineral.
Tabela 3 - Composição bromatológica do concentrado e do feno de alfafa.
Já vimos no artigo anterior que o fornecimento do suplemento mineral em concentração de 2% no concentrado, garantiu sua ingestão, e associado à disponibilidade do suplemento a vontade no cocho, maximizou o desempenho das borregas.
Gráfico 1 - Peso médio (kg), por semana, dos quatro tratamentos durante o período experimental.
*Tratamentos: 1= suplemento mineral no concentrado ração e à vontade no cocho, 2 = somente suplemento mineral no concentrado; 3= ração sem suplemento mineral, porém comsuplemento mineral à vontade no cocho e 4 = sem nenhum fornecimento de suplemento mineral.
Consumo de Matéria Seca
O consumo de matéria seca é apresentado na Tabela 4.
Tabela 4 - Médias de consumo de matéria seca (kg) por animal de borregas Suffolk recebendo diferentes quantidades de suplemento mineral.
*1= suplemento mineral no concentrado e à vontade no cocho, 2 = somente suplemento mineral no concentrado; 3= ração sem suplemento mineral, porém com suplemento mineral à vontade no cocho e 4 = sem nenhum fornecimento de suplemento mineral. Médias na mesma coluna seguidas de letras distintas diferem estatisticamente (P<0,05) pelo Teste Tukey.
A dieta foi ajustada semanalmente através do peso médio do lote, segundo o NRC (1995). Conforme a tabela 4, não houve diferença significativa (p>0,05) entre os quatro tratamentos para consumo de matéria seca por animal. Ou seja, o suplemento mineral melhorou o desempenho dos lotes (1, 2 e 3) nos quais houve suplementação mineral. Ou seja, apesar de consumirem a mesma quantidade de MS, o lote que não recebeu suplemento mineral (4) teve ganho de peso inferior aos demais. Por tanto, apesar dos quatro tratamentos receberem a mesma dieta, a falta de suplemento mineral limitou à máxima expressão do potencial de produção (ganho de peso) dos animais do lote 4.
Estes resultados concordam com MCDCWELL et al. (1983) que observaram que bovinos e ovinos em pastagem com deficiência mineral apresentam menores produtividades do que outros localizados em pastagens deficientes de energia e proteína.
Consumo de Suplemento Mineral
Tabela 5 - Médias de consumo de suplemento mineral no concentrado (CSR) por animal, médias consumo de suplemento mineral no cocho (CSC) e consumo total de suplemento mineral de borregas Suffolk recebendo diferentes quantidades de suplemento mineral.
*1= suplemento mineral no concentrado e à vontade no cocho, 2 = somente suplemento mineral no concentrado; 3= ração sem suplemento mineral, porém com suplemento mineral à vontade no cocho e 4 = sem nenhum fornecimento de suplemento mineral.
Os animais do tratamento 4 não ingeriram suplemento mineral. Os tratamentos 1 e 2 consumiram, em média, a mesma quantidade de suplemento mineral no concentrado (13,23 g/dia). Porém, o tratamento 1 tinha a disponibilidade de suplemento mineral no cocho, com um consumo médio diário de 32,07g por animal. Já o tratamento 3, recebeu apenas suplemento mineral no cocho, com média de consumo diário de 40,97g por animal.
É possível verificar que o consumo de sal dos tratamentos 1 e 3 que possuíam disponibilidade de suplemento mineral à vontade, foi semelhante (45,299g e 40,977 g, respectivamente) e superior ao tratamento 3 (13,299g).
Custo
Como o consumo de matéria seca foi igual para os tratamentos, a diferença observada no custo de alimentação deve-se ao consumo de suplemento mineral somente. Como nosso objetivo é apenas mostrar a diferença de custo no suplemento e da receita com vendo de animais, e não uma análise econômica completa elaboramos a Tabela 6.
O tratamento 4 não recebeu nenhum tipo de suplementação mineral, portanto, é o tratamento controle e o custo com alimentação refere-se somente ao feno e concentrado. Por isso, na coluna 3 e 4 da Tabela 6 fizemos o cálculo do custo de alimentação do tratamento com o suplemento menos o custo daquele sem suplemento (trat 4). Da mesma forma fizemos esse cálculo para receita. Sendo assim, as colunas 3 e 4 da Tabela 6 correspondem à diferença entre o tratamento daquela linha e o tratamento 4.
Tabela 6 - Diferenças entre consumo de sal e peso final das borregas.
*1= suplemento mineral no concentrado e à vontade no cocho, 2 = somente suplemento mineral no concentrado; 3= ração sem suplemento mineral, porém com suplemento mineral à vontade no cocho e 4 = sem nenhum fornecimento de suplemento mineral. Alimentação corresponde ao feno + concentrado + suplemento mineral nos tratamentos em que estava presente.
Na quarta coluna tem a comparação da receita-custo daquele tratamento com o 4 que era sem uso de suplemento mineral.
Observe em relação ao tratamento 4 compensou investir em suplementação concentrada, pois o o custo gerado com essa suplementação foi menor que a receita obtida. No Gráfico 2 fica mais fácil visualizar as diferenças.
Observe que a terceira barra representa o lucro, que foi maior no tratamento com suplemento mineral no concentrado e a vontade no cocho.
Considerações finais
Complementando o artigo anterior...
"O fornecimento do suplemento mineral em concentração de 2% na ração concentrada, garantiu sua ingestão, e associado à disponibilidade do suplemento ad libitum no cocho, maximizou o desempenho das borregas e proporcionou maior lucro em relação ás outras formas de suplementação".