ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Suplemento mineral e o impacto no lucro

VÁRIOS AUTORES

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/09/2013

4 MIN DE LEITURA

7
0
Sabemos que nos sistemas de criação de ovinos e caprinos a alimentação influencia a produção, saúde e lucratividade da produção. A nutrição atua no ganho de peso, na produção do leite, no trabalho muscular e na deposição de gordura. A dieta deve conter um volumoso de qualidade, seja forragem verde ou conservada (feno e silagem) e pode ser necessário suplementar os animais com alimentos concentrados de modo a suprir sua exigência de nutrientes. Além do volumoso e concentrado, a suplementação mineral é uma prática que pode ser indispensável, especialmente para indivíduos jovens em fase de crescimento.

Há diversas formas de oferta do suplemento mineral para os animais, sendo importante avaliar a relação entre benefício e custo para realizar a escolha. Entretanto, são muito escassos estudos dedicados a avaliar o custo da suplementação e sua lucratividade. Por isso, fizemos uma análise do custo para investir em suplementação e do impacto na receita obtida com base em dados que foram obtidos em experimento realizado no Laboratório de Produção e Pesquisa em Ovinos e Caprinos da Universidade Federal do Paraná (LAPOC-UFPR).

Foram avaliadas borregas confinadas que recebiam alimentação no cocho composta por 60% de feno de alfafa e 40% de alimento concentrado farelado. A fórmula do concentrado foi 50,7% de milho grão moído, 30% de farelo de soja, 14,3% de farelo de trigo, 0,5% de cloreto de sódio, 2% de suplemento mineral e 2,5% de calcáreo calcítico. Os animais foram mantidos durante o dia em pastagem e à noite permaneceram em aprisco de piso ripado suspenso.

As borregas foram divididas em grupos nos quais a única diferença encontrada era em relação à oferta de suplemento mineral. O grupo 1 recebeu 2% de suplemento mineral incorporado no concentrado farelado mais suplemento mineral à vontade no cocho. O grupo 2 recebeu 2% de suplemento mineral incorporado no concentrado farelado. O grupo 3 recebeu suplemento mineral disponível à vontade, mas somente no cocho, não havia no concentrado.

A dieta ofertada nos tratamentos foi calculada com base nas recomendações do NRC (1985) e está apresentada abaixo (Tabela 1).

Tabela 1 – Composição bromatológica do concentrado farelado e do feno de alfafa ofertado as borregas.



As dietas foram fornecidas duas vezes ao dia. Pela manhã as sobras da suplementação mineral e da dieta fornecida nos cochos eram retiradas e pesadas. A diferença entre o ofertado e as sobras permitiu o cálculo do consumo médio de suplemento mineral e da dieta por animal. Isso foi importante para a definição do custo por animal. Semanalmente os animais foram pesados para determinar o ganho médio diário e ajustar a dieta.

Como todo o manejo foi igual para as borregas, com exceção apenas do fornecimento do suplemento mineral, calculou-se somente o custo com a dieta, já que os demais custos foram iguais nos três grupos.

As borregas, nos três grupos apresentaram estatisticamente a mesma média de consumo de alimentos, independentemente da oferta de suplemento mineral. Essa média foi de 900 gramas por dia de feno de alfafa e 680 gramas por dia de concentrado. No entanto, em termos econômicos observam-se pequenas diferneças no custo com a dieta, conforme se observa na tabela abaixo. O grupo com menor custo de alimentação foi a 2, com suplemento apenas no concentrado farelado.

Tabela 2 – Custo da dieta das borregas confinadas recebendo diferentes formas de suplementação mineral pelo período de 48 dias nos tratamentos 1, 2 e 3 e 55 dias no tratamento 4.


Nota: Tratamento (1) 2% de suplemento mineral incorporado no concentrado farelado mais suplemento mineral à vontade no cocho; (2) 2% de suplemento mineral incorporado no concentrado farelado; (3) suplemento mineral disponível a vontade no cocho.

A diferença entre o ganho de peso dos animais refletiu no preço de venda das borregas, sendo maior para as do grupo 1 que receberam suplementação mineral no cocho e no concentrado (R$ 182,84) seguidas das do grupo 2 com suplementação somente no concentrado (R$ 179,52) e por fim do grupo 3 com suplemento somente no cocho (R$ 177,72).

A oferta de suplemento mineral a vontade no cocho juntamente com o concentrado para borregas em confiamento (grupo 2) foi a que gerou maior diferença entre receita e custo, ou seja, maior lucro. Tal tratamento resultou em lucro de R$ 5,12/animal superior ao grupo das borregas com suplemento apenas no cocho.

As formas de suplementação mineral de borregas resultam em diferença na receita e no custo de terminação dos animais. A oferta de suplemento mineral à vontade no cocho e adicionado ao alimento concentrado para borregas em confinamento foi a mais viável economicamente porque as borregas deste grupo apresentaram maior ganho de peso, resultando em maior receita. Diante desses dados cabe analisar como se deve ofertar o suplemento mineral aos animais, pois em larga escala de produção, a diferença no lucro pode ser significativa!
 

ARTIGO EXCLUSIVO | Este artigo é de uso exclusivo do MilkPoint, não sendo permitida sua cópia e/ou réplica sem prévia autorização do portal e do(s) autor(es) do artigo.

CARINA BARROS

Médica veterinária
Mestre em Ciências Veterinárias UFPR
Doutora em Nutrição e Produção Animal FMVZ-USP
Pós-doutorado FMVZ-USP
Atuação na avaliação econômica e modelagem

ALDA LÚCIA GOMES MONTEIRO

Coordena o Laboratório de Produção e Pesquisa em Ovinos e Caprinos (LAPOC) da UFPR

MARIA ANGELA FERNANDES

Médica Veterinária pela UFPR
Doutoranda do Programa de Ciências Veterinárias da UFPR
Integrante do LAPOC - Laboratório de Produção e Pesquisa em Ovinos e Caprinos da UFPR

SERGIO RODRIGO FERNANDES

Zootecnista pela UFPR. Mestre e atualmente doutorando em Ciências Veterinárias na UFPR. Participa de pesquisas com sistemas de produção de bovinos (LAPBOV-UFPR), caprinos e ovinos para corte (LAPOC-UFPR). Atua na área de nutriçao de ruminantes.

7

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

ANTONIO MOREIRA DE ALMEIDA

TABULEIRO DO NORTE - CEARÁ - PRODUÇÃO DE CAPRINOS DE CORTE

EM 08/07/2015

Gostaria de receber informações quanto a suplementação alimentar para caprinos de corte.

Como Fábio de Sobral questionou, tem alguma pesquisa para caprinos nessa área?
LORENA LIMA

JATAÍ - GOIÁS - PRODUÇÃO DE OVINOS DE CORTE

EM 02/11/2013

ola bom dia!



Não entendi uma parte do texto onde explica os resultados. Hora fala que o grupo 1 recebeu suplemento a vontade no cocho e no concentrado, e depois quando fala que este grupo teve maior lucro se refere ao grupo 2.
FÁBIO FERREIRA DE MORAES

SOBRAL - CEARÁ - PRODUÇÃO DE CAPRINOS DE CORTE

EM 30/09/2013

E qto a suplementação animal, existe alguma pesquisa com caprinos ??
JAIME DE OLIVEIRA FILHO

ANGATUBA - SÃO PAULO - OVINOS/CAPRINOS

EM 24/09/2013

Bom dia Carlos

Mamada controlada: após a ovelha parir vc deixa ela estabulada por 10 dias com o(s) cordeiro(s),para que ele tenha um bom desenvolvimento e fortaleça ,nesse período ele  começa a aprender a comer com a mãe e  ideal que vc faça um creep feeding(local onde só o cordeiro entra para comer uma ração especial ) e a partir disto vc pode soltar a mãe para pastejar ,fazendo como vc citou trazendo + ou- 12 h e deixa à noite dormir com o cordeiro.

Com  isso vc estará forçando o cordeiro a consumir concentrado que proporcionará a ele um bom desenvolvimento,favorecendo tb a ovelha que manterá um escore bom para ciclar mais cedo e podendo parir mais vezes.

Aos 60 dias ,os cordeiros estando por volta de 15 kg vc poderá separar das ovelhas,mas mantenha o cordeiro no local em que ele está acostumado com a ração ,deixe ele aí por mais uns 10 15 dias para que ele não tenha juntos o streess da separação da mãe e ambiente,fazendo gradativamente e lembrar que vc terá que fazer a adaptação com a nova ração,pois para cada período deve ter um  tipo de ração específico as suas necessidades.
CARLOS MAGALHAES

SALVADOR - BAHIA - PRODUÇÃO DE OVINOS

EM 23/09/2013

seria correto este tipo de manejo que sugiro agora na raça santa ines/ dorper :

apos trinta  dias de vida deixar os burregos no aprisco e soltar as maes no pasto voltando ao aprisco ao meio dia e depois no final da tarde.

e os burregos com 120 dias , separar das maes e confinar com volumoso e raçao farelada, sal a vontade.

grato !

carlos
JAIME DE OLIVEIRA FILHO

ANGATUBA - SÃO PAULO - OVINOS/CAPRINOS

EM 17/09/2013

       Você pode sim ,mas entenda que animal confinado gera bastante resíduo e vc precisa manter o piso o mais possível higienizado,podendo fazer uso de camas como mara-valhas,bagaço de cana,capim seco  e outros,colocando camadas cada vês que notar que está ficando úmido ,até chegar a um ponto que vc remova todo esse material,que servirá de adubo após uma compostagem deste material.

       E não esquecer de colocar uma vez ou outra conforme necessidade cal sobre a cama ou algum desinfetante com amônia quaternária e outros.

Outro detalhe importante é quanto a linha de cocho sendo que o ideal é respeitar que todos animais de uma mesma categoria possam comer ao mesmo instante,devido a concorrência dos maiores com os menores.
ARNO RICARDO GOELZER

QUINZE DE NOVEMBRO - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/09/2013

Boa noite,gostaria de saber se posso realizar o confinamento total cria recria engorda e reprodução em galpão de piso concretado. Produzo feno de tifton silagem de milho e tifton.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures