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Como as características da pastagem podem influenciar a produção animal

POR CLAYTON QUIRINO MENDES

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/08/2010

2 MIN DE LEITURA

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Os sistemas de produção baseados no uso de pastagens geralmente apresentam a melhor relação custo-benefício, principalmente se considerarmos os custos relacionados com a alimentação dos animais. Entretanto, as necessidades nutricionais de cada categoria animal variam ao longo do ano na propriedade, assim como varia a capacidade das pastagens em suprir essas necessidades.

Na produção de animais mantidos em sistemas de pastagem são necessários diversos conhecimentos de manejo relacionados ao animal e ao ecossistema da pastagem, e o produtor, invariavelmente, se vê obrigado a tomar uma série de decisões para maximizar a produtividade da criação. As decisões mais imediatas ou de curto prazo que devem ser tomadas se relacionam com questões como:

1) Será que este lote de animais precisa de um novo piquete?

2) Qual é o melhor piquete para colocar os animais?

3) Os animais deste lote precisam ser suplementados?

Para vencer o desafio de maximizar a produção e ao mesmo tempo reduzir os custos, o produtor precisa trabalhar o sistema de maneira a conhecer as exigências nutricionais de cada categoria animal e alocar os animais em pastagens que melhor atendam essas exigências. Esse sistema, além de melhorar o uso das pastagens disponíveis, também minimiza o custo com alimentação suplementar. Para realizar essa tarefa, alguns entendimentos de como os animais interagem com as pastagens são extremamente úteis.

A produção animal em pastagem é primeiramente determinada pelo consumo diário de forragem e, a extensão de como a oferta e o consumo de nutrientes varia ao longo do ano. Embora existam diversas características da pastagem que influenciam no consumo real pelos animais, as mais críticas e importantes são a massa de forragem produzida, a massa de forragem disponível e consumida pelo animal e a composição nutricional da pastagem, sobretudo a digestibilidade.

A massa de forragem é definida como a quantidade de matéria seca presente instantaneamente acima do nível do solo Hodson (1990), sendo usualmente expressa em quantidade de matéria seca por hectare (kg de MS/ha). De maneira geral a massa de forragem e o consumo de matéria seca mantêm relação específica, de maneira que à medida que aumenta a massa de forragem disponível no pasto a ingestão aumenta acentuadamente até atingir um ponto em que a resposta do consumo não é tão elevada e tende a se manter constante. A partir deste ponto ocorre pouco acréscimo no desempenho dos animais, pois a massa de forragem deixa de ser fator limitante para a ingestão de matéria seca.

O produtor deve adquirir e aprimorar a capacidade de avaliar as características do pasto e conhecer aquelas mais importantes e que mais influenciam o desempenho dos animais. É preciso conhecer as exigências nutricionais das diversas categorias animal (matriz seca, matriz prenhe, reprodutor, animais em lactação, animais em crescimento, etc), assim como, a forma com que as características do pasto interagem para satisfazer as exigências dos animais em cada fase do seu ciclo produtivo. O reconhecimento e uso adequado destas características e sua incorporação nas estratégias de manejo do pasto são importantes para melhorar a eficiência dos sistemas de pastejo.

Ao utilizar as previsões da taxa de crescimento da pastagem e do consumo real de forragem, o produtor será capaz de se munir de informações que o auxiliarão na tomada de decisões. O principal desafio a ser vencido sempre é conseguir o ajuste mais adequado entre a produção de forragem e o desempenho animal.

CLAYTON QUIRINO MENDES

É colaborador do Agripoint como instrutor do curso Princípios da Nutrição de Caprinos e Ovinos de Corte e escreve artigos técnicos para seções Nutrição e Pastagem.

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JOAO CARLOS LUFT

RONDONÓPOLIS - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE OVINOS

EM 21/02/2011

Gostaria de saber se é possível criar ovinos em pastagem de brachiaria pois fico com muitas dúvidas. Uns falam que não tem problema, já outros falam ao contrário. Tenho 80 ha do mesmo e tenho medo de criar. O que vocês acham disso?



LEONARDO MEDEIROS

CAMPINA GRANDE - PARAIBA - ESTUDANTE

EM 13/01/2011

Muito bom este assunto, o senhor abordou de forma correta. Parabéns
KILOVIVO - OVINOCULTURA DE PRECISÃO - (65)99784004

TANGARÁ DA SERRA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 27/08/2010

OK, Dr. Clayton! Este enfoque é extremamente limitante quando se trata de produção forrageira.
Parabéns pelo sua visão ao abordar o tema agora, no auge da estação seca. Dá tempo, ainda, de planejar a produção que depende do período das águas.
Com a sua licença, quero fazer uma observação complementar: Os criadores, de um modo geral, conformam-se, via de regra, com uma produção forrageira CASUAL. Sempre defendi a produção forrageira CIRCUNSTANCIAL, ou seja: produzir, sobre uma determinada área, a massa forrageira adequada em quantidade e qualidade a uma categoria animal predefinida. Isso envolve investimentos simples em correção, fertilização, sementes de qualidade e, até, em irrigação que, na maioria das vezes quando consideramos períodos acima de cinco anos, são bem mais baratos do que comprar ração concentrada para matar a fome do rebanho. Essa ração deve ter, apenas, a missão de suplementar nutricionalmente categorias especiais do rebanho que tenham acesso pleno a uma massa forrageira de boa qualidade, seja na forma natural ou como feno e silagem.
Um abraço.

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