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Quanto menor o impacto ambiental negativo, melhor!

POR MARCO A. A. BALSALOBRE

E PATRICIA MENEZES SANTOS

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/01/2007

2 MIN DE LEITURA

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A preocupação com a preservação com a sustentabilidade dos sistemas de produção vem crescendo a cada ano, o que ressalta a importância de se avaliar as práticas agropecuárias e optar por aquelas que apresentem menor nível de impacto negativo sobre o ambiente.

O controle integrado de plantas invasoras em pastagens envolve a combinação de diversos métodos, dentre os quais o controle químico. O controle químico de plantas invasoras consiste na aplicação de herbicidas que matam ou impedem o seu desenvolvimento sem comprometer o crescimento do capim. Na maioria das vezes, a escolha dos herbicidas é feita apenas com base em sua eficiência no controle de determinadas espécies invasoras. Alguns produtos utilizados para controle químico de plantas invasoras em pastagens, no entanto, apresentam elevada persistência no solo, podendo causar danos ao ambiente.

Santos et al. (2006) avaliaram a eficácia dos herbicidas 2,4-D+Picloram, fluroxypyr+picloram e triclopyr no controle de aroeirinha (Schinus terebintifolius) e mata-pasto (Eupatortum maximilianii) e a sua persistência no solo. O experimento foi desenvolvido em pastagens de capim-gordura em Viçosa, MG. Quatro doses dos três herbicidas foram comparadas com um tratamento testemunha, em que nenhum produto foi aplicado. Foram feitas avaliação de intoxicação no pasto aos 7 e 15 dias após a aplicação (DAA) e de controle de plantas invasoras aos 60 e 180 DAA. O resíduo dos herbicidas no solo foi avaliado por meio de ensaios em casa-de-vegetação em que uma planta indicadora (pepino) foi cultivada em amostras de solo coletadas nas parcelas experimentais.

Os três herbicidas avaliados (2,4-D+picloram, fluroxypyr+picloram e triclopyr) foram eficientes no controle de aroeirinha e mata-pasto (Figuras 1, 2 e 3). A persistência no solo das misturas que continuam picloram, no entanto, foi muito mais elevada. Enquanto para as misturas que continham picloram verificou-se resíduo no solo até 360 dias após a aplicação, para o triclopyr foi observado resíduo de herbicida apenas nas amostras coletadas 10 dias após a aplicação (Tabela 1).


Figura 1. Porcentagem de controle de aroeirinha e mata-pasto em função das doses de formulação comercial de fluroxypyr + picloram aos 60 e 180 DAA. Fonte: Santos et al. (2006).


Figura 2. Porcentagem de controle de aroeirinha e mata-pasto em função das doses de formulação comercial de 2,4 - D + picloram aos 60 e 180 DAA. Fonte: Santos et al. (2006).


Figura 3. Porcentagem de controle de aroeirinha e mata-pasto em função das doses de formulação comercial de triclopyr aos 60 e 180 DAA. Fonte: Santos et al. (2006).


Tabela 1. Intoxicação de plantas-teste de pepino cultivadas em vaso com amostras de solo retiradas das parcelas experimentais


Fonte: Santos et al.(2006)

Os autores concluíram que todos os herbicidas foram eficientes no controle de aroeirinha e mata-pasto, sem causar intoxicação na pastagem, entretanto o efeito residual no solo, nas misturas que continham picloram, foi observado até 360 DAA. O herbicida triclopyr apresentou menor período residual no solo, sendo, portanto, para o caso, o herbicida recomendado, considerando a necessidade de preservar o ambiente (Santos et al., 2006).

Comentário: A escolha de herbicidas para controle de plantas invasoras em pastagens deve ser feita com base em critérios técnicos, dentre os quais, o seu impacto sobre o ambiente. Sempre que possível, deve-se dar preferência aos produtos de menor impacto negativo.

Referências bibliográficas

SANTOS, M.V.; FREITAS, F.C.L.; FERREIRA, F.A.; VIANA, R.G.; TUFFI SANTOS, L.D.; FONSECA, D.M. Eficácia e persistência no solo de herbicidas utilizados em pastagem. Planta daninha, v.24, n.2, p.391-398, 2006.

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BRENO AUGUSTO DE OLIVEIRA

ALTO ARAGUAIA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 22/02/2007

Parabéns aos Drs. pelo artigo e também ao Dr. Helder pelo comentário, pois também no meu ponto de vista os resíduos devem ser melhor analisado nos agroalimentos e nas pessoas, muito pouco dado registrado na literatura. Por que para haver preservação do meio ambiente por nós (produtores e consumidores) devemos estar vivos e não doentes ou mortos.

Com relação à pastagens acredito que o melhor controle de invasoras é com a sombra das gramíneas, pastagens bem manejadas, como diz os práticos "Gado não pode tomar frio na canela", podem proporcionar este controle gratuitamente!
LUCIANO ANDRADE GOUVEIA VILELA

ARAGUATINS - TOCANTINS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 07/02/2007

Tecnicamente só falta um método químico que tenha satisfatória eficácia sobre as ditas "plantas duras" em aplicação foliar, uma vez que aplicação no toco em alguns casos é muito onerosa (população de plantas).

Economicamente falta no Brasil pelo menos a mínima concorrência, porque todos os produtos ou mistura de princípios citados são produzidos e comercializados por uma única empresa, com uma mistura dessas sendo única no mercado há 40 anos.

Muito diferente da indústria de defensivos para a agricultura ou mesmo a indústria veterinária.
É imprescindível pelo menos refletir sobre o assunto

Luciano Vilela - Engenheiro Agrônomo e produtor rural!
HELDER DE ARRUDA CÓRDOVA

CASTRO - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 07/02/2007

Seria interessante, também, avaliar o efeito dos herbicidas nos animais, em relação a resíduos no leite e ao desempenho reprodutivo, pinciplamente do 2,4,D.
TIAGO DE MIGUEL FELIPINI

BIRIGUI - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 27/01/2007

Muito bom o trabalho apresentado pelos autores Dra. Patrícia e Dr. Marcos!

No entanto, além dos critérios técnicos que devem ser avaliados no controle químico de plantas invasoras existe outro fator que não pode deixar de ser comentado.

A Mão de Obra capacitada para o controle químico é fundamental, do contrário qualquer recomendação pode ser mal aplicada no campo e trazer prejuízos não só ambientais mas econômicos para o produtor. É comum encontrarmos recomendações distorcidas e mal executadas por equipes de funcionários mal preparadas.

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