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Aspectos sanitários e zootécnicos na produção de carne ovina e caprina

POR CARLOS FREDERICO DE CARVALHO RODRIGUES

E JOÃO ELZEÁRIO CASTELO BRANCO IAPICHINI

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/06/2008

12 MIN DE LEITURA

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1 - Estado da arte da ovinocaprinocultura

Ovinos e caprinos são explorados nas mais distintas regiões do mundo, em todos os continentes, presente em ecossistemas com os mais diversos climas, solos e vegetação; fazendo parte de diversas culturas sociais. Desta maneira, em cada situação ambiental corresponde um sistema de produção. No entanto, essas atividades apresentam expressão econômica em poucos países, já que na maior parte das vezes é explorada em sistemas extensivos com baixo nível de tecnologia.

A ovinocaprinocultura brasileira apresenta marcante crescimento, tendo como um dos seus grandes atrativos o rápido retorno econômico e a possibilidade de integração com diferentes sistemas de produção animal e vegetal, prestando-se tanto para a agricultura familiar como para projetos agropecuários de grande porte.

Em função das características dessas espécies (docilidade, porte pequeno e da relativa rusticidade) permite-se a sua exploração utilizando a mão-de-obra exclusivamente familiar e instalações simples e de baixo custo. Dessa maneira a atividade apresenta-se como alternativa a ser considerada na política de viabilização sócio-econômica da propriedade rural familiar seja propiciando um incremento na renda per capta, seja propiciando uma melhoria no nível nutricional da família do pequeno produtor rural através da disponibilidade de proteína animal de alto valor biológico e notadamente na fixação do homem ao meio rural.

A região sudeste do Brasil é caracterizada por sua alta densidade populacional, sendo considerado mercado consumidor de elevada potencialidade, com demanda altíssima por produtos alimentícios das mais diversas origens. Em contraste com os índices produtivos ainda constatados no Brasil, verifica-se um crescimento acentuado da demanda pelos produtos da ovinocaprinocultura de corte, notadamente carne, pele e animais para reprodução. Entretanto, a demanda está reprimida em função da escassez e inconstância da produção nacional - inviabilizando o sistema de comercialização - e também por uma certa lentidão no crescimento do segmento produtor, que não vislumbra uma estrutura comercial mais consolidada. Parte de considerável fatia desse mercado ávido, porém latente, é suprida pela matéria-prima importada de países do Mercosul e de outros continentes.

Como agronegócio, essas atividades apresentam acentuado crescimento nos últimos anos no Estado de São Paulo, seja pelo aumento no efetivo dos rebanhos, seja pelo aumento no número de propriedades envolvidas nessa atividade e suas especializações, verificando-se ainda expressivo aumento na demanda carne, pele, lã, matrizes e reprodutores, resultando em elevado valor de comercialização.

Contribui também de forma importante a localização geográfica do Estado de São Paulo, a sua estrutura pública de pesquisa, ensino e extensão para o setor e a capacidade de investimento da iniciativa privada, que aliada à formação de núcleos de criadores se especializando na captação, multiplicação e difusão de material genético diferenciado, o credenciam como pólo irradiador de tecnologias e insumos específicos para esses agronegócios.

A região sudoeste paulista apresenta aspectos propícios para a efetiva consolidação da ovinocaprinocultura, com boas condições edafoclimáticas; produção constante de alimentos para uso animal; tradição e aptidão na bovinocultura de leite e corte, permitindo a criação consorciada dessas espécies; interesse dos produtores agrofamiliares; mercados consumidores; articulação de instituições públicas e privadas; linhas de crédito específicas para o setor e vontade política.

Existe um amplo mercado consumidor a ser conquistado e cativado, principalmente o de produtos cárneos, o que dependerá fundamentalmente da organização e integração de todos os segmentos das cadeias de produção de ovinos e caprinos.

2- Entraves e desafios para a ovinocaprinocultura

As criações de ovinos e caprinos são atividades que sofrem perdas diretas e indiretas e conseqüentemente de renda para os criadores em função de aspectos sanitários e zootécnicos inerentes, onde destacamos como fatores limitantes para o setor as verminoses e outras doenças parasitárias e infecciosas, deficiências nutricionais e a inadequação de manejos e instalações. O fraco desenvolvimento ponderal das crias, perda de peso e de condição corporal das matrizes, óbitos, gasto com vermífugos sem certeza da sua necessidade e eficiência de resultados e outros insumos e produtos finais com qualidade comprometida são algumas das conseqüências, podendo ser o motivo para que ao final do ciclo produtivo, não haja o devido retorno financeiro, levando até o produtor a desistir da atividade.

2.1 - Sistema intensivo de produção

Um sistema intensivo de produção prevê a maximização da utilização da propriedade rural, com o maior número possível de matrizes por área disponível e maior número de partos/ano, preferencialmente múltiplos, aumentando assim o número de cordeiros e cabritos produzidos e terminados, fundamental para a viabilização econômica da criação.

O sucesso financeiro da atividade depende da produtividade alcançada, e essa tem relação direta com os conceitos de bem-estar animal, que podemos definir como sendo o seu estado em relação às suas tentativas de adaptação ao ambiente, variando de um contínuo bom até o ruim, monitorado através de critérios científicos específicos.

As diferentes formas de criação intensiva geram mudanças na relação homem X animal e no microbismo ambiental, com demandas exageradas dos mecanismos de adaptação animal. Consideramos então, que além das doenças infecciosas, podem prevalecer doenças metabólicas, nutricionais e comportamentais, de etiologias complexas, decorrentes da combinação de diversos fatores, ocasionando doenças multifatoriais.

Os sistemas de criação baseados na manutenção de matrizes em sistemas de pastoreio rotacionado, com cria e terminação de cordeiros e cabritos tanto confinados como a pasto viabilizam a exploração racional da pequena propriedade, integradas com outras culturas e atividades, diversificando a exploração econômica da área rural.

O sistema de manejo reprodutivo tradicionalmente utilizado pelos ovinocaprinocultores em nosso meio adota o acasalamento das matrizes a cada 12 meses. Isso determina a obtenção de um único ciclo reprodutivo por fêmea no ano, limitando o número de crias obtidas e resultando na manutenção de um grande percentual de fêmeas vazias no plantel durante uma parte significativa do ano. Além disso, essa concentração da atividade reprodutiva em uma época do ano dificulta o atendimento da demanda de mercado para produtos ovinos e caprinos no restante do período, representando um entrave à consolidação e ampliação do mercado consumidor. Dentro da tecnologia proposta de intensificação do manejo reprodutivo, com base em experimentos já conduzidos, preconizam-se a programação reprodutiva e distribuição dos cios ao longo do ano, juntamente com a utilização de raças não estacionais, como as nativas brasileiras.

2.2 - Animais

Na formação ou expansão do rebanho, o ovino e o caprinocultor devem ter sempre em mente certos princípios, que bem atendidos e aliados a um competente acompanhamento profissional, permitirão a boa condução dos diversos manejos envolvidos, com boas respostas no controle de enfermidades e o conseqüente sucesso da atividade.

Sempre que possível na aquisição dos animais, o produtor deve conhecer o criatório de origem, suas condições gerais, o histórico e exames sanitários afins, as práticas de manejo adotadas e os índices zootécnicos alcançados pelo vendedor.

A escolha da raça mais compatível com as condições ambientais e do sistema produtivo implantado, a aptidão zootécnica e os potenciais de adaptação ao meio e produção de carne são essenciais para uma boa produtividade.

A prévia seleção dos animais a serem adquiridos, uma inspeção bem cuidadosa da condição corporal, dos aprumos, vulva, úberes, bolsa escrotal, narinas, caixa torácica e da condição dos dentes e sua compatibilidade com a idade são critérios imprescindíveis.

Não menos importantes são as condições de transporte até o novo criatório, pois quando bem planejado e executado minimizam o estresse dos animais, sendo esse fator desencadeante de enfermidades até então não detectadas no criatório de origem.
Desta forma, os animais recém-chegados devem permanecer em quarentena, desverminados e receberem reforço de vacinas, adaptados gradativamente ao novo ambiente, alimentos e tratadores, obrigatoriamente manejados por último.

O casqueamento (apara do casco) deve ser feito em todos os animais, rotineiramente, nas ovelhas de preferência quando não estejam prenhes. No verão (época das águas) é recomendado intensificar essa prática zoosanitária, aliando-a de forma mais freqüente às aplicações de soluções desinfetantes dos cascos através da prática rotineira de pedilúvios.

A observação sobre dentição e condição corporal dos animais deve ser rotina na propriedade.

2.3 - Alimentação e alimentos

A alimentação dos animais representa um custo elevado nos sistemas de produção. O uso de resíduos agrícolas disponíveis na pequena propriedade ou na região pode baratear o custo de produção permitindo o aproveitamento de ingredientes alternativos. O manejo alimentar tem grande influência na produção animal, podendo ser manipulado no sentido de incrementar a produtividade desses agronegócios. Destaca-se o potencial uso de palhadas diversas, especialmente aquelas oriundas da produção de cereais de inverno, que fornecidas em conjunto com sal proteinado (misturas múltiplas) contribuem para diminuir os custos de produção desses sistemas e o impacto ambiental negativo.

A produção intensiva de forrageiras para corte e ou pastejo permite a viabilização de maior número de animais por área, tendo como conseqüência grande produção animal. Resultados de pesquisa indicam algumas espécies forrageiras com grande potencial para esse fim. O capim elefante (Pennisetun purpureum) cv Gauçu, apresenta grande potencial de utilização para a espécie ovina e caprina, tanto para corte e fornecimento no cocho, como diretamente em pastejo. Todavia sua utilização em pastejo direto intensivo necessita de desenvolvimento de tecnologia adequada à espécie, podendo ser utilizado na forma conservada (fenos e silagens) para atender as necessidades nutricionais dos animais no inverno, necessitando de mais pesquisas na área.

Outras espécies de gramíneas forrageiras de alta produtividade também podem ser utilizadas destacando-se o gênero Cynodon e Panicun. O capim Aruana, um Panicum maximun de porte médio a baixo, de alta produtividade e que tem se adequado a pastejo intensivo com pequenos ruminantes, tendo ainda os capins Tanzânia e Mombaça como opções, principalmente quando do pastejo consorciado com bovinos, podendo ainda contar com novos cultivares.

Estudos recentes com o uso de silagens de soja, associadas ou não a cana-de-açúcar na forma de silagem ou in natura mostraram-se plenamente viáveis para alimentação de cordeiros na fase de terminação, com ganhos de peso satisfatórios e boa conversão alimentar.

A produção de ovinos e caprinos em áreas de pastagens de braquiária, que exigem um custo relativo mais baixo para sua manutenção, e que, por principalmente representarem a realidade da grande maioria dos criatórios, aliadas ao fornecimento de suplementação nutricional, notadamente com misturas múltiplas com uréia, é a resposta e saída que muitos produtores almejam para viabilizar técnica e economicamente a produção de carne.

2.4 - Impacto ambiental e biossegurança

A contribuição da produção de ovinos e caprinos na questão ambiental requer estudos e esclarecimentos contínuos, pois se por um lado a formação e emissão de gases metano e seus efeitos na camada de ozônio são uma realidade, outras técnicas criatórias, raças mais eficientes para produção de carne, aproveitamento racional de resíduos agrícolas e fontes alternativas de adubos podem compensar impactos ambientais negativos com saldos positivos.

Poucas pesquisas avaliaram o uso de esterco de pequenos ruminantes domésticos como fonte de nitrogênio para produção de forragens e geração de receitas na atividade. Uma cabra adulta produz por ano, em média, 600 kg de esterco e ovelhas chegam a produzir até 1.500 kg. O esterco caprino contém um valor fertilizante equivalente a 36 kg de nitrato de sódio, 22 kg de superfosfato e 10 kg de cloreto de potássio, além do aporte de N-P-K oriundos da urina. Vale ressaltar que os estercos de caprinos e ovinos apresentam concentrações de N-P-K superiores ao esterco de bovinos, significando um percentual viável na estruturação e recuperação da fertilidade do solo e ativação da biologia do solo, principalmente para a produção de alimentos básicos para o homem, como cereais.

A questão dos resíduos químicos em produtos de origem animal é outro ponto importante, e dessa forma o uso mínimo e direcionado de antiparasitários e outros fármacos são primordiais para o oferecimento de produtos que atendam as questões de biossegurança alimentar, de valor agregado diferenciado e de grande apelo mercadológico.

Ovinos e caprinos apresentam maior susceptibilidade à infecção por endoparasitas quando em pastejo. O controle das endoparasitoses não pode ser feito exclusivamente pela aplicação de vermífugos convencionais, que deixam resíduos no leite e carne, e o seu uso indiscriminado leva ao aparecimento de resistência helmíntica ao princípio ativo e problemas de saúde pública, além de encarecer custos de produção. Estudos mostraram que o pastoreio consorciado rotacionado pode ser um principio para minimizar esse problema, necessariamente balizado por controle zootécnico e sanitário integrado, permitindo a transição de modelos tradicionais da agricultura familiar para aquelas de base agroecológica, tendo como base o uso de insumos anti-parasitários alternativos como os fitoterápicos e homeopáticos, e ainda o controle biológico com fungos nematófagos.

2.5 - Gestão sanitária

A disponibilidade de dados e informações fidedignas do setor agropecuário constitui importante ferramenta na tomada de decisão do agronegócio e no estabelecimento de políticas públicas e planejamento. No setor agropecuário o grau de dificuldade em obtê-los é elevado, tendo em vista a ausência de registros contábeis/financeiros por parte dos produtores.

Para o efetivo controle, e em algumas situações, a erradicação de doenças, são necessárias tomadas de decisões estratégicas ao longo de todo o processo produtivo, e essas devem ser apoiadas em princípios epidemiológicos, éticos, financeiros e de bem-estar animal.

As diversas práticas de manejo sanitário devem preconizar o relacionamento e sintonia com o ambiente e os manejos reprodutivos e zootécnicos. Dessa forma, a manutenção da saúde animal depende de certos fatores, como a implantação de programas preventivos, definição e dimensionamento do sistema de produção, mão-de-obra capacitada e estimulada e em função de questões administrativas e econômicas.

Diferentes medidas devem então ser colocadas em prática, de maneira rotineira, como a escrituração zootécnica individual, avaliação dos índices de produtividade, calendário sanitário anual - estritamente relacionado com o calendário reprodutivo - educação sanitária das pessoas envolvidas na atividade, quarentena de animais introduzidos no criatório, o devido diagnóstico das doenças prevalentes no rebanho e descarte orientado por motivos zootécnicos e ou sanitários.

O monitoramento da sanidade do rebanho pode ser feito por meio de relatórios dos grupos de produção, como por exemplo: relação macho: fêmea, taxa de prenhez, porcentagem de nascimentos, quantidades e razões de mortalidade de animais jovens e adultos; mortalidade pré e pós-desmame; taxa de prevalência de doenças; tratamento e recuperação de animais doentes; taxa de descarte e razão do descarte; taxa de crescimento; escore corporal do rebanho.

Para se ter rentabilidade na ovinocaprinocultura, deve-se almejar os seguintes índices: partos a cada oito meses (3 partos em 2 anos); 90% de prenhez; 1,5 a 1,7 de prolificidade; 10% de mortalidade e reposição anual de 15 a 20 % de matrizes.

3. Considerações finais

Para a transição e consolidação da ovinocaprinocultura de corte como agronegócio, antes de tudo, deve ocorrer em prol de um ganho coletivo e não individualizado, uma mudança de mentalidade em todos os atores envolvidos nos diferentes segmentos da cadeia de produção dessas atividades, imperando, a princípio, conhecer esses atores e cenários.

Organizar, articular e integrar satisfatoriamente todos esses segmentos, objetivando fornecer ao consumidor final uma carne de qualidade, com regularidade de oferta através da produção em escala a um preço competitivo é o grande desafio e oportunidade da ovinocaprinocultura de corte brasileira.

Referências bibliográficas

CUNHA, E. A.; SANTOS, L. E.; BUENO, M. S. Atualidades na produção de ovinos para abate.Nova Odessa: Instituto de zootecnia, 2008, 154 p.

NOGUEIRA, E. A. e; MELLO, N. T.C.de. Diagnóstico sócio-econômico da caprinocultura no sudoeste paulista. Informações Econômicas, SP, v. 35, n. 8, ago., 2005.

RODRIGUES, C.F.C.; GABRIEL, F.H.L.; IAPICHINI, J.E.C.B.; CHIEBAO, D.P. Gestão, produtividade e bem - estar animal na moderna ovinocultura de corte. www.farmpoint.com.br/secaoID=26, maio, 2008.

IAPICHINI, J.E.C.B.; RODRIGUES, C.F.C. Alternativas para alimentação de ovinos e caprinos. https://www.farmpoint.com.br/secaoID=28, junho,2008.

CARLOS FREDERICO DE CARVALHO RODRIGUES

JOÃO ELZEÁRIO CASTELO BRANCO IAPICHINI

Pesquisa/Ensino

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ALESSANDRA MAIA SIQUEIRA

JACAREÍ - SÃO PAULO - ESTUDANTE

EM 20/09/2008

Gostei da informação, mas gostaria de informação técnica das vacinações obrigatórias no estado de SP, planilhas zootécnicas própria para o controle do capril.

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