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A ovinocultura leiteira no Brasil

POR LETIERI GRIEBLER

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/07/2012

6 MIN DE LEITURA

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Os ovinos domésticos são espécie do gênero Ovis e descendentes do Muflão-Asiático (Ovis orientalis), um animal selvagem do Sudoeste da Ásia e considerado um dos dois antepassados de todas as raças modernas de ovinos domésticos (Hiendleder et al., 2002).

Figura 1 - Mufão-Asiático.



Um dos primeiros animais a serem domesticados pelo homem foi o ovino, com relatos no Antigo Testamento de rebanhos que acompanhavam o desenvolvimento das civilizações nas Planícies Mesopotâmicas. Há milhares de anos, essa espécie animal vem demonstrando seu valor econômico, através da capacidade de conversão de forragens em produtos de qualidade e essenciais para os seres humanos como a lã, a pele, a carne e o leite.

Os sistemas de produção de ovinos mundialmente sofreu mudanças, principalmente em decorrência da crise da lã ocorrida nas décadas de 80 e 90. Em função disso, atualmente o maior foco na produção de ovinos está em torno da carne (especialmente de animais jovens), e também em grande expansão em nosso país, a produção de leite.

A exploração leiteira mundial não é uma atividade recente, existindo relatos também no Antigo Testamento da produção de queijos a partir de leite ovino. A atual produção mundial de leite ovino, fica em torno de 10 milhões de litros/ano, porém acredita-se que esta estimativa seja bem maior (FAO, 2010).

No Brasil a exploração da atividade leiteira ovina em escala industrial é recente, mais precisamente com a introdução da raça Lacaune no Rio Grande do Sul, pela Cabanha Dedo Verde no ano de 1992. A partir dessa data, o Rio Grande do Sul e há quatro anos, o oeste de Santa Catarina, estão produzindo queijos finos (originários dos países europeus) e iogurtes. O diferencial da produção de queijos finos a partir do leite de ovelha é a alta agregação de valor nesses produtos e a grande demanda, particularmente pelos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, mais especificamente em hotéis e restaurantes de culinária requintada desses estados.

A Lacaune (origem Francesa) é considerada uma raça de dupla aptidão (produtora de leite e carne) e pode produzir de 150 a 220 kg de leite em até 150 dias aproximadamente.

A raça Bergamácia (origem Italiana) está no país desde 1930, e os maiores rebanhos se concentram nas regiões centrais do país e Nordeste. Desde a década de 30, a raça foi explorada para a produção de carne e lã, até que houve o aumento no interesse da atividade leiteira no país, levando a raça para as salas de ordenha. A ovelha Bergamácia pode produzir em média de 250 kg de leite durante um período de 160 dias.

Recentemente, a raça East Friesian ou Milchschaf (origem Alemã), é considerada a raça de maior produção de leite entre todas as raças ovinas e foi introduzida no Brasil no ano de 2007. Esta raça produz em média de 380 a 450 kg de leite durante 220 dias aproximadamente. A Milchschaf está sendo muito explorada e estudada na Argentina e no Uruguai há mais de anos, onde o objetivo é a alta produção de leite e aumento da prolificidade nos rebanhos (outra característica dessa raça).

O valor nutritivo do leite ovino é indiscutível, pois em comparação com outras espécies é o que apresenta os maiores teores de proteína, lipídios, minerais e vitaminas essenciais para a saúde humana. Em geral, o consumo de leite de ovelha in natura é muito baixo, mas é muito utilizado para produção de queijos finos e em alguns países, parte do leite é transformado em iogurte ou queijos frescos (Haenlein&Wendorff, 2006).

No leite ovino existem propriedades únicas que o diferem dos demais leites, como é o caso da coloração branca intensa e homogênea. Essa característica na espécie ovina está associada aos carotenóides, pigmentos que são convertidos em vitamina A (que é incolor), impedindo que o leite tenha coloração amarelada como no leite de vaca (Ebing&Rutgers,2006).

O sabor e o aroma do leite ovino são suaves e adocicados, além de possuir uma textura cremosa, por conter glóbulos de gordura pequenos. Esta peculiaridade no tamanho dos glóbulos gordurosos do leite ovino propicia que esse seja digerido mais facilmente. O leite de ovelha contém maior quantidade de ácidos graxos saturados de cadeia média/curta e acredita-se que isto leva à maior absorção da lactose, o que acaba por ser benéfico aos intolerantes à lactose. Além disso, esse leite contém ácido lático, uma forma conversora da lactose, tornando-a facilmente aceita pelas pessoas intolerantes à lactose (Campos, 2011). A proteína mais abundante no leite é a caseína, e o leite de ovelha apresenta três vezes mais desse tipo de proteína em relação aos leite de cabra e vaca. As proteínas do leite ovino são consideradas proteínas de alto valor biológico (PAVB), contribuindo para uma melhor digestibilidade.

Portanto, em função das propriedades físico-químicas do leite ovino, o queijo proveniente desta espécie animal apresenta rendimentos maiores, em relação aos queijos de outras espécies produtoras de leite, pois a proporção gordura:proteínas e sólidos totais são mais elevados. Segundo o produtor gaúcho Aguinsky (2011), para se produzir um quilo de queijo ovino são necessários de quatro a cinco litros de leite, enquanto que para produzir a mesma quantidade de queijo de vaca serão necessários de dez a doze litros de leite.

Os principais queijos produzidos no Brasil com Serviço de Inspeção Federal (SIF) são os Tipos Pecorino Toscano Fresco e Maturado, queijo Fascal, Tipo Feta, Tipo Roquefort, Ricota Fresca entre outros.



Os iogurtes provenientes do leite de ovelha também apresentam características próprias, como é o caso da consistência cremosa. Isto se deve ao fato do leite ovino ser mais denso, ou seja, mais rico em sólidos totais, não havendo necessidade de adicionar estabilizantes e muito menos espessantes, devidos ao seu maior teor gorduroso (gordura saudável).

A lactose presente no iogurte é facilmente digerível, pois cerca de 50% de sua concentração original já foi hidrolisada durante a fermentação, e as células bacterianas, durante o processo de metabolismo humano, sob condições gástricas, sofrem lise, liberando a lactase (Brandão, 1995). Comparado ao leite de vaca, o iogurte feito com leite de ovelha tem o dobro de quantidade de cálcio e proteínas, e 50% mais ferro. É também mais rico em vitaminas A, D, C, E e complexo B e contém menos sal. Trata-se de um iogurte bem refrescante e excelente quando servido com frutas (CAMPOS, 2011).



O doce de leite é outro produto proveniente do leite ovino, caracterizando-se por sua textura suave e menor teor de gordura. Outro doce fabricado com leite ovino é a ambrosia, que quer dizer "Manjar dos Deuses do Olimpo", que dava a imortalidade. Esse doce tem sua origem discutível, citado como sendo tanto de Portugal quanto da Espanha. Também acabou recebendo diversas formas de preparo, com versões regionais nos diversos estados brasileiros. É citado tanto nos cardápios das Festas Juninas do Nordeste e Sudeste do país, quanto como doce típico do Rio Grande do Sul (Casa da Ovelha, 2012).

E para finalizar, como produto procedente do leite ovino, os cosméticos para uso humano. Produtos de embelezamento, como os sais de banho, sabonetes em barra e cremoso, creme para as mãos e pés, cremes faciais e corporais, shampoo, condicionadores entre outros (Casa da Ovelha, 2012).

Portanto, verifica-se que o leite ovino e seus derivados são produtos de alta qualidade e que agregam alto valor comercial, por suas peculiaridades requintadas, elevando a rentabilidade da propriedade. Sem dúvida demonstra ter grande importância econômica para o desenvolvimento da ovinocultura nacional.

Literatura citada:

AGUINSKI, M. Cabanha Dedo Verde. Reportagem: Produtores de ovinos do RS e SC aumentam a renda com derivados do leite, 2011. Site: https://www.cabanhadedoverde.com.br/. Acesso em junho de 2012.

BRANDÃO, S. C. C. Tecnologia da produção industrial de iogurte. Leite e Derivados, v. 5, nº 25, 1995.

CAMPOS, L. Aspectos benéficos do leite de ovelha e seus derivados, 2011.

CASA DA OVELHA. Site:https://www.casadaovelha.com.br/.Acesso em junho de 2012.

HAENLEIN, G.F.W.; W.L. WENDORFF.Sheep milk: production and utilization, Chapter 3 in Handbook of Milks of Non-bovine Mammals, Y. Park and G.F.W. Haenlein, ed., Blackwell Publ., p. 137-194, 2006.

HIENDLEDER S.; KAUPE B.; WASSMUTH R.; JANKE A.Molecular analysis of wild and domestic sheep questions current nomenclature and provides evidence for domestication from two different subspecies. Proceedings. Biological sciences, The Royal Society of London, 2002.

FAO - Food and Agriculture Organization of the United Nations, 2012. Site:https://www.fao.org/corp/statistics/es/

EBING, P.; RUTGERS,K.A preparação de laticínios. Série Agrodok nº 36, Tradução: Láli de Araújo, 2006.

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KAREN ROSA

IMBITUBA - SANTA CATARINA

EM 13/10/2020

Desculpe usar seu post para isso, mas não trabalho no setor e não faço ideia de onde encontrar um comprador. Se alguém tiver interesse na produção de leite, tenho duas ovelhas lacaune fêmeas. Elas eram do meu pai que parou com a criação.
Agradeço a compreensão e deixo meu contato: 48 99916-0936.
KAREN ROSA

IMBITUBA - SANTA CATARINA

EM 13/10/2020

Olá!
Tenho duas ovelhas lacaune, sobreviventes de um ataque de cachorros. Na verdade era uma, mas estava prenha e eu não sabia. Estão lindas! Mas estou à procura de comprador que tenha interesse na produção de leite. Deixo meu contato: 48 99916-0936
Grata!
ADAUTO SPERANDIO

EM 07/06/2018

Porque minhas ovelhas da raça santa inez não produs leite?
VARNER MARTINS ARAUJO

EM 07/08/2016

Cara Letieri

Parabéns pelas respostas objetivas. Novas  iniciativas e empreendedoras precisam de apoio técnico e científico principalmente em atividades novas como a ovinocultura de leite em nosso pais. Uma resposta sincera e direta estimula e encoraja a caminhada e enfrentamento de desafios como é o caso de iniciar a produção de leite ovino. Mais uma vez parabéns.



Varner Martins Araujo

Guaíba RS
OCTÁVIO ROSSI DE MORAIS

SOBRAL - CEARÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 21/03/2016

Derli, depende de uma série de fatores. Um reprodutor Lacaune e uma ovelha, sem registro você pode comprar por cerca de R$2500,00 (R$1500,00 o macho e R$1000,00 a Fêmea). Se comprar mais animais consegue um valor melhor. Se quiser animais P.O., registrados, vai pagar bem mais caro, só o macho uns R$4.000,00.
DERLI ALVES

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - OVINOS/CAPRINOS

EM 20/03/2016

boa noite .bem legal  essa matéria.  alguem sabe me informar quanto custa à  aquisição  de um casal de ovelhas lacaune pode ser secas sem prenhes.
LUIS F.L. VALE ALENQUER

IBARETAMA - CEARÁ - PRODUÇÃO DE CAPRINOS DE LEITE

EM 08/11/2013

Muito interessante. Gostaria de saber quais as raças mais indicadas de ovinos de leite regionais, para fazer um rebanho na região de Quixada, Ceara.

E quais as raças ou raça mais indicada para fazer cruzamento de absorção.

A alimentaçao vai ser com base em capim regado e suplementando com palhas e fenos e alimentos concentrados.

O rebanho vai ser ordenhado mecanicamente.

Meu email. luisvalenquer@gmail.com
OCTÁVIO ROSSI DE MORAIS

SOBRAL - CEARÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 09/08/2013

Caro Manuel Barroso, o Prof.Juan Perez da UFLA (Universidade Federal de Lavras) pode te dar um apoio aí. As ovelhas Lacaune e as East Friesian estão se dando muito bem em Minas Gerais, assim como as cruzadas Santa Inês com Lacaune.  
LETIERI GRIEBLER

SANTA MARIA - RIO GRANDE DO SUL - ZOOTECNISTA

EM 08/08/2013

Prezado Manuel Barroso,

É muito bom saber que a ovinocultura leiteira está se expandindo pelo país. A sua colocação sobre "copiar" modelos está perfeita. Cada propriedade tem suas características de produção, que dependem das variações de clima, relevo, solo, altitude, entre outros aspectos.

No Brasil não temos uma raça de ovinos desenvolvida para aptidão leiteira. Mas sim, raças com boa produção de leite, que proporcionam bom desempenho para seus cordeiros, como é o caso das raças Crioula e Santa Inês. Logo, para que estas raças sejam exploradas na atividade leiteira com finalidade econômica, as mesmas devem ser submetidas à seleção, pois apresentam uma variabilidade de produção suficiente para o desenvolvimento da atividade. Porém, o desempenho da produção de leite das raças de ovinos nativos, está muito aquém das raças de ovinos de aptidão leiteira.

Lacaune (origem França) - primeira raça de aptidão leiteira introduzida no país para produção de leite ovino. Hoje, no meu ponto de vista é a raça que está mais adaptadas as condições brasileiras. A genética introduzida no país na década de 90, está disseminada por vários Estados Brasileiros, com resultados de grande sucesso na atividade. No Estado de Minas Gerais já existem ovinos da raça Lacaune bem adaptados, e algumas Cabanhas especializadas em produção de queijos finos.

East Friesian (origem Alemanha) - considerada a raça de melhor produção e persistência de lactação. Raça de exploração recente no país, porém ela não vêm demonstrando todo o seu potencia produtivo.

Bergamácia (origem Itália) - raça muito adaptada às condições climáticas do Centro e Nordeste Brasileiro. A raça pode produzir até 250 kg de leite durante o período total de lactação, segundo a ARCO.

Acredito que qualquer destas raças citadas, quando bem selecionadas, poderão demonstrar bom desempenho no seu Estado. Além disto, Minas Gerais é o berço da produção de leite bovino e saborosos queijos, logo, a atividade leiteira ovina será de grande sucesso na região e país.

Algumas doenças podem causar grandes perdas econômicas na atividade leiteira. Gostaria de destacar a Mastite, que define-se por inflamações na glândula mamária, causada geralmente por bactérias. A mastite pode comprometer a perda do úbere e até a morte da ovelha, e quando os rebanhos são destinados a produção de carne, compromete também o desempenho do cordeiros. Além da mastite, deve-se ter muito cuidado com a verminose, outra causa de grande mortalidade entre animais de alta produção.

A atividade de produção de leite ovino está em crescimento no país. Logo, as instituições como a Universidade Federal de Santa Maria (local da minha formação), Universidade Federal de Pelotas, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Universidade Estadual Paulista, entre outras, vem pesquisando sobre o tema.



Espero que tenha esclarecidos suas dúvidas.

Sucesso na atividade.



Att.,

Letieri Griebler
MANUEL BARROSO

VARGINHA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE OVINOS DE LEITE

EM 04/08/2013

Pretendemos dinamizar a produção de leite de ovelha em Varginha, em colaboração com os pequenos produtores de café, como complemento da sua atividade.

Conheço muito bem esta actividade agropecuária em Portugal assim como os queijos magníficos que é possível fazer apenas com este tipo de leite.

Sei também que não se podem copiar modelos só por si, é preciso adaptá-los e ajustá- los à realidade edafo-climática do Brasil, daí a minha dificuldade e o meu pedido de ajuda.

Gostaria de saber o seguinte:

1. Quais as raças brasileiras de ovinos de leite?

2. Quais as raças importadas e já adaptadas?

3. Quais as raças melhor adaptadas à região do Estado de MG?

4. Minas Gerais terá as condições edafo-climáticas ideais para a produção de leite de ovelha?

5. Quais as doenças mais frequentes associadas a este tipo de produção de leite?

6. Qual ou quais as universidades que mais pesquisam este tema?

Fico grato pela ajuda e colaboração
OCTÁVIO ROSSI DE MORAIS

SOBRAL - CEARÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 26/03/2013

Parabéns por colocar mais informações a respeito da ovinocultura leiteira a disposição dos leitores. Aproveito para informar que, apesar de estar trabalhando no Ceará continuo com meu rebanho leiteiro em Minas e em contato com produtores de leite de ovelha no Brasil e Uruguai. Se precisarem de algo estou às ordens. Abraço a todos
PEDRO PORTO

VASSOURAS - RIO DE JANEIRO

EM 06/11/2012

Bom dia Luciano Leme!



Grato pelo convite para o seminario, a uniao faz a forca.

Segue e-mail para correspondencia: araguaiariver@hotmail.com

LUCIANO PIOVESAN LEME

BARBACENA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE OVINOS DE CORTE

EM 05/11/2012

Prezado Pedro,



Solicito que nos envie seu email para que possamos lhe encaminhar o folder com a programação e convite do II Seminário de Ovinocaprinocultura das Regiões dos Campos das Vertentes e Zona da Mata nos dias 23 e 24 de Novembro de 2012, em Barbacena - MG, onde entre outras, teremos uma palestra com o tema "Ovinocultura de leite: desafios e perspectivas".

Atenciosamente,



Luciano Piovesan Leme

Presidente do NUCCORTE

Barbacena - MG
PEDRO PORTO

VASSOURAS - RIO DE JANEIRO

EM 04/11/2012

Bom dia Letieri!

Parabens pelo artigo e instrucoes dadas. Sou ovinocultor  em Vassouras Rj, Iniciando beneficiamento de leite ovino.

Passei por varias dificuldades, pois o desconhecimento em geral ainda e muito grande em nosso pais, assim como a desinformacao em todos os sentidos propriamente dito.

No Brasil ainda reina muito o "acho isso, acho aquilo".Tenho visitado algumas propriedades que estao trabalhando com ovinocultura, e fico decepcionado pelo pessimo manejo e total falta de informacao e estudo , levando ao desanimo e ate a extincao da atividade em certas propriedades.

Gostaria de dizer que ovinocultura em geral, requer um conhecimento basico devido suas peculiaridedes e nao achar que sao como bovinos, assim como foi no meu caso.

Gosto de dizer que "ovinocultura" e uma atividade intensa, e a ovinocultura de leite mais ainda.

Sucesso a todos, abraco, Pedro Porto.
LEONIZAR RAMOS DA SILVA

MARANHÃO - ESTUDANTE

EM 30/10/2012

parabéns pelo seu trabalho muito  bom
LETIERI GRIEBLER

SANTA MARIA - RIO GRANDE DO SUL - ZOOTECNISTA

EM 25/07/2012

Prezado Luciano,



A sua iniciativa de conhecer os sistemas de produção de algumas Cabanhas especializadas na produção de ovinos leiteiros é muito interessante e acredito ser o primeiro passo para quem está pensando em ingressar na atividade.



No Brasil a Cabanha pioneira na produção de queijos finos provenientes do leite de ovelha da raça Lacaune foi a Dedo Verde. De propriedade da família Aguinsky, a Cabanha Dedo Verde é situada na cidade de Viamão (Rio Grande do Sul). Contato no site: https://www.cabanhadedoverde.com.br



Na região da Serra Gaúcha, a Casa da Ovelha é outra localidade especializada na produção de queijos e iogurtes em que você pode visitar. Ela é localizada na cidade de Bento Gonçalves (Rio Grande do Sul). Contato no site: https://www.casadaovelha.com.br



Já em Santa Catarina, a atividade leiteira é recente, porém não menos importante. A Cabanha Chapecó possui atualmente animais da raça Lacaune e Milchschaf para a produção de leite e genética. É localizada na cidade de Chapecó, no oeste de Santa Catarina. Contato no site: https://www.cabanhachapeco.com.br



Já no Uruguai, você pode visitar o INIA (Instituto Nacional de Investigación Agropecuaria), localizado em Canelones (aproximadamente 30 km de Montevideo). No instituto eles realizam pesquisa  com a raça Milchschaf. Contato no site: https://www.inia.org.uy



Na Argentina, o INTA (Instituto Nacional de Tecnología Agropeduaria), também é um centro de pesquisa em que você poderá visitar e buscar contato para visitar propriedades locais. Contato no site: https://www.inta.gob.ar



No Uruguai e Argentina, acredito que ficará mais fácil você conseguir com o INIA e INTA, os contatos de Cabanhas/propriedades particulares.

Nas propriedades brasileiras que citei, acredito que será bem fácil a visita, porém com prévio agendamento.



Espero ter colaborado.



Atenciosamente,

Letieri.

LETIERI GRIEBLER

SANTA MARIA - RIO GRANDE DO SUL - ZOOTECNISTA

EM 24/07/2012

Prezado Ricardo,



Gostaria de esclarecer a sua pergunta com mais objetividade, porém a resposta depende de alguns fatores envolvidos neste tipo de produção.

Para quem está começando no ramo de produção de ovinos, principalmente de aptidão leiteira, é necessário que haja um prévio planejamento da atividade. O que seria este planejamento?

Bom, em primeiro lugar seria definir o objetivo da atividade, ou seja, se eu vou somente produzir leite de ovelha ou se irei beneficiar este leite (queijos e iogurtes).

Se a intenção for somente a produção de leite, o produtor deve buscar possíveis compradores para este produto, certo?

E a segunda opção, no caso do beneficiamento do leite para a produção de queijos finos e iogurtes, a pergunta é a mesma; Para qual mercado irei vender, ou que tipo de mercado/público quero comercializar meus produtos?



Portanto Ricardo, o teu rebanho pode ser composto de 100 ovelhas e te render bons lucros, assim como podes ter um rebanho de 1000 ovelhas e ter péssimos rendimentos.



A minha sugestão é que acesse os sites da Cabanha Dedo Verde e Casa da Ovelha (os endereços dos sites se encontram na literatura citada do artigo), e olhe algumas reportagens em vídeo e artigos para que possa ter uma noção de como iniciar a atividade.

Não deves esquecer dos custos com instalações e alimentação destes animais.



Espero que possa ter colaborado!!!



Atenciosamente,

Letieri.
LUCIANO PIOVESAN LEME

BARBACENA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE OVINOS DE CORTE

EM 24/07/2012

Prezada Letieri,



Sou ovinocultor com atividade voltada para corte no município de Barbacena e atualmente sou presidente do Núcleo de Criadores de Caprinos e Ovinos das Regiões dos Campos das Vertentes e Zona da Mata - NUCCORTE.

Tenho especial interesse no tema e gostaria de me aprofundar no conhecimento a respeito das raças East Friesian ou Milchschaf, assim tenho grande interesse em visitar criadores de ovinos leiteiros, conhecer o manejo e a estrutura das propriedades que trabalham com leite de ovelhas.

Desta forma solicito seu apoio no sentido de que possa me indicar propriedades no Rio Grande, Santa Catarina, Argentina e Uruguai que eu pudesse fazer um roteiro e visitar estas propriedades conhecendo os sistemas de produção das mesmas.

Desde já agradeço sua atenção e parabenizo pelo excelente artigo.

Atenciosamente,



Luciano Piovesan Leme

Ovinocultor

Presidente do NUCCORTE  
RICARDO

JANGADA - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 19/07/2012

Bom dia Letieri!!!





gostaria de saber qual o tamanho de rebanho para produzir leite de ovelha com rentabilidade!!



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