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Qual é o lucro da produção de cordeiros?

VÁRIOS AUTORES

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/11/2009

6 MIN DE LEITURA

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Conforme se destacou no artigo anterior "Quanto custa produzir cordeiros?", por meio da devida organização das informações colhidas na propriedade e do conhecimento das metodologias de cálculo, é possível elaborar planilhas para cálculo dos custos produtivos, dos itens que os compõem, e de sua análise de resultado econômico.

Considerando esses aspectos, e a partir de experimentos realizados no Laboratório de Produção e Pesquisa em Ovinos e Caprinos (LAPOC) da Universidade Federal do Paraná, foram identificados todos os custos de produção e posteriormente calculados os resultados das atividades econômicas da ovinocultura em vários sistemas anuais de produção de cordeiros para carne ao longo dos anos. Esses sistemas de produção foram implementados em campo e a partir de seus ciclos anuais produtivos, foram coletados índices e custos. Em seguida foi gerada a análise econômica.

No caso desse texto, para fins de comparação entre si, foram selecionados quatro sistemas de terminação distintos, conforme descreve-se a seguir:

1. Cordeiros terminados ao pé da mãe em pastagem, sem o desmame;

2. Cordeiros desmamados precocemente (45 dias) mantidos em pastagem e suplementados com concentrado com 20% PB em 2% do seu peso por dia;

3. Cordeiros desmamados precocemente (45 dias) mantidos em pastagem e suplementados com concentrado com 20% PB à vontade;

4. Cordeiros desmamados precocemente (45 dias) e confinados em aprisco suspenso com dieta composta por 60% de silagem de milho e 40% de concentrado com 20% PB.

Em cada um desses sistemas, o cálculo foi realizado para um rebanho de 150 ovelhas numa área de pastagem cultivada de capim Tifton (verão) e Azevém (inverno) de nove hectares em três sistemas e sete no confinamento. A produtividade dos sistemas está apresentada abaixo:

Tabela 1. Índices obtidos com os cordeiros
 

Clique na imagem para ampliá-la.

No artigo anterior apresentamos o custo de produção dos cordeiros, conforme o gráfico a seguir. Os valores referem-se ao custo de um ano de produção da atividade como um todo no módulo das 150 ovelhas, desde o custo da terra até os insumos (alimentos, medicamentos, entre outros).

Gráfico 1. Custo total de produção dos sistemas em um ano de atividade.



Agora apresentamos na Tabela 2 as receitas obtidas nesses mesmos sistemas. Um percentual dos cordeiros que nascem é separado para ser vendido como matriz para produtores, o que contribui na formação da receita (Gráfico 2).

Tabela 2. Receita da atividade
 

Clique na imagem para ampliá-la.

Gráfico 2. Percentual de contribuição da venda de animais para abate e para reprodução na receita total.
 

 


A partir dos dados de custo e receita podemos realizar os cálculos para avaliar as margens e a lucratividade (Tabela 3). A margem bruta, que é a receita total menos o custo variável foi negativa no confinamento, ou seja, a receita obtida não foi capaz de cobrir o custo variável da produção.

Tabela 3. Resultados da atividade nos quatro sistemas

 

 

Clique na imagem para ampliá-la.
Nota: CT = custo total de produção; COP = custo operacional efetivo.
Sistemas: 1. Cordeiros terminados ao pé da mãe em pastagem, sem o desmame; 2. Cordeiros desmamados precocemente (45 dias) mantidos em pastagem e suplementados com concentrado com 20% PB em 2% do seu peso por dia; 3. Cordeiros desmamados precocemente (45 dias) mantidos em pastagem e suplementados com concentrado com 20% PB à vontade; 4. Cordeiros desmamados precocemente (45 dias) e confinados em aprisco suspenso com dieta composta por 60% de silagem de milho e 40% de concentrado com 20% PB.

O ponto de equilíbrio representa o percentual da receita necessário para cobrir o custo. Neste caso, no melhor sistema que foi a terminação de cordeiros ao pé da mãe há necessidade de vender 89% da produção para cobrir o custo variável. Observe que no caso do confinamento, mesmo vendendo 100% da produção não é possível cobrir o custo.

O preço de nivelamento é outro indicador importante e indica o preço mínimo que o produto deve ser vendido para cobrir os custos. Veja que o preço mínimo de venda do quilo do cordeiro deveria ser R$ 4,80 para cobrir todos os custos de produção, incluindo juros, depreciação e custo de oportunidade do capital investido. Se retirarmos o custo de oportunidade do capital investido dos custos temos o custo operacional efetivo, dessa forma o preço mínimo de venda seria R$ 3,79 no mesmo sistema. E se considerarmos como custo, apenas o que o produtor realmente desembolsa, ou seja, não considerar os custo com depreciação, juros e custo de oportunidade, temos um valor menor como custo, R$ 2,47. Observe a importância do conhecimento desses indicadores. O mais comum é o produtor considerar como seu custo este último apresentado, e dessa forma pode achar que está tendo lucro, mas na verdade está ocorrendo depreciação do seu investimento que não está sendo considerada. Ao longo dos anos isso tem um reflexo por ocorrer sucatemento dos bens sem haver dinheiro para reposição, caso o dinheiro obtido como receita não seja reaplicado nos itens de produção. Por isso, o produtor deve ter ciência de todos esses preços a fim de optar por avaliar sua atividade da forma que achar mais adequada para sua realidade.

E os outros resultados importantes são a margem por cordeiro ou por quilo de cordeiro e por matriz, que foram calculadas tendo como base o preço de R$ 4,00 o quilo do cordeiro. Outra análise interessante é a produtividade por matriz. Para esse cálculo deve-se dividir o peso total de cordeiros obtidos pelo número de ovelhas, dessa forma tem-se a média por matriz e basta multiplicar pelo preço de venda. Verifique na Tabela 3 que cada ovelha gera receita em torno de R$ 149,00. Lembre-se de que quanto menor for a taxa de fertilidade, natalidade e mortalidade dos cordeiros, menor também vai ser a produtividade por matriz.

O último indicador que temos é a lucratividade que representa o percentual da receita que efetivamente sobra ao produtor. Veja que somente um sistema no fim do ano pagou todos os custos e ainda sobrou dinheiro. Lembre-se de que para lucratividade, todos os custos foram considerados, inclusive aqueles referentes ao juros!

Neste artigo apresentamos os resultados da atividade da forma como foi realizada no LAPOC, com suas peculiaridades e custos reais. Ressaltamos que esse custo não pode ser usado como base, pois cada propriedade tem uma realidade diferenciada. Nosso objetivo é mostrar os diferentes índices e formas possíveis de avaliar as atividades usando como exemplo os valores do LAPOC.

No próximo artigo discutiremos esses índices para um módulo maior, de 600 ovelhas ao invés de 150, e apresentaremos o que é alterado no custo e no resultado econômico. E o próximo passo será mostrar os resultados decorrido um prazo de 20 anos para esses sistemas.

Referências bibliográficas

BARROS, C.S.; MONTEIRO, A.L.G.; PRADO, O.R. CUSTARE CARNE 2009. 1 CD-ROM.

CANZIANI, J. R. F. Uma abordagem sobre as diferenças de metodologia utilizada no cálculo do custo total de produção da atividade leiteira a nível individual (produtor) e a nível regional. In: SEMINÁRIO SOBRE METODOLOGIAS DE CÁLCULO DE CUSTO DE PRODUÇÃO DE LEITE, 1., 1999, Piracicaba. Anais... Piracicaba: USP, 1999.

BARROS, C. S., MONTEIRO, A. L. G., PRADO, O. R. Gestão e controle de custos nos sistemas de produção de ovinos e caprinos In: XIV Simpósio Paranaense de Ovinocultura, II Simpósio Paranaense de Caprinocultura, I Simpósio Sul Brasileiro de Ovinos e Caprinos, 2009, Curitiba-PR. Anais do XIV Simpósio Paranaense de Ovinocultura, II Simpósio Paranaense de Caprinocultura, I Simpósio Sul Brasileiro de Ovinos e Caprinos. Curitiba-PR: LAPOC-UFPR, 2009. v.1. p.1 - 13

Para comentários e dúvidas, utilize o box abaixo.

CARINA BARROS

Médica veterinária
Mestre em Ciências Veterinárias UFPR
Doutora em Nutrição e Produção Animal FMVZ-USP
Pós-doutorado FMVZ-USP
Atuação na avaliação econômica e modelagem

ALDA LÚCIA GOMES MONTEIRO

Coordena o Laboratório de Produção e Pesquisa em Ovinos e Caprinos (LAPOC) da UFPR

MARIA ANGELA FERNANDES

Médica Veterinária pela UFPR
Doutoranda do Programa de Ciências Veterinárias da UFPR
Integrante do LAPOC - Laboratório de Produção e Pesquisa em Ovinos e Caprinos da UFPR

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WELTON DA S. ARRUDA

EM 25/04/2019

Boa noite. Como posso ver seu vídeo?
DIDSON PIRES DA SILVA

EM 16/09/2018

Dr. Carina , Alda, Maria,alguma de voçes , sabem de criação de carneiro no estado do Tocantins onde moro, 120 km de Palmas Capital. Sera que tem consumo aqui para poder vender. os carneiros.
JYMMY NAREY

ARAXÁ - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 18/11/2017

acabei de pesar 4 borregos comendo a dieta da  alto grão com um periodo adaptativo de 10 dias comendo 1,5% da dieta  e já aparti do 11 dia comendo a dieta total de 3% animais da raça dorper  , entraram no confinamento pesando 16kg de média os quatro e 30 dias após com media de 28 kg com um ganho médio diario de 375gramas de ganho dia tenho foto  e video do esperimento pra quem quiser jymmy.ng@hotmail.com
ALDA LÚCIA GOMES MONTEIRO

CURITIBA - PARANÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 07/05/2017

Prezado Marcelo, o concentrado citado foi preparado na propria fazenda, com base em milho, soja e farelo de trigo e nucleo mineral, não é uma ração comercial; mas creio que encontre rações comerciais com esse nível de proteína ou próximo disso (18 a 20%).  
MARCELO TEIXEIRA

EM 05/05/2017

boa tarde , poderia me dar um exemplo de concentrado com 20% de PB? Se sim , qual a formula?
RODOLFO

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - OVINOS/CAPRINOS

EM 16/06/2016

Espetacular a matéria. Sou da capital do RJ e estou no campo a pouco tempo e quero começar a criar ovinos para consumo de minha família que são 4 pessoas. Adoraria ler uma matéria sobre custos e viabilidade de pequena produção para consumo familiar sem visar vendas e qts animais são necessários para atender as 4pessoas e se há viabilidade pois poucos animais implica em ração mais cara, acredito q comprada em lojas e não em fornecedores. Ou se podemos plantar todo o necessário e usar uma picadeira. Pelas minhas contas amadoras eu preciso de umas 28 ovelhas pra ter 1kg de carne ao dia. Um criador me disse q o abate ideal eh com 35kg e que tirando a parte não utilizada e os ossos só temos uns 8kg de carne por ovino e isso me brochou totalmente. Eh só isso msm? Qd pensamos na criação para consumo da família e não para venda o valor de mercado pra revenda já não tem peso e sim o valor que vc deixará de gastar no super mercado comprando carne de boi que seria a opção normal ou mesmo frango. Comparativamente o custo da produção familiar do cordeiro em comparação as carnes de frango e boi compradas no super mercado tb seria desejável. Não sei tb sobre a facilidade na criação por alguém sem prática como eu pois embora seja metódico e adore pesquisar e ler e ver vídeos fico em dúvida em quais fontes confiáveis. Quero criar no sistema de pastagem, a forma 1, e no RJ basicamente não temos inverno de verdade então acredito que possa manter em tifton o ano todo. Não tenho trator nem micro trator. Isso seria um complicador? Pois eh impraticável por isso trocar pastagens na mesma área sem máquinas. Tenho área útil para os ovinos de uns 30mil m2 e bom solo Guapimirim RJ. Pelo que li, a utopia de que em poucos anos os ovinos vão acabar com a produção de bovinos eh utópica. Parabéns mais uma x.
ISAEL

RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - OVINOS/CAPRINOS

EM 16/12/2015

Falo de Ribeirão Preto e quero saber porque a gente não compete com esses países citados, se eu vendo o kg  por 14 reais, mercadoria alta qualidade, e aqui na minha cidade tem mercado que o preço chega até 110 reais o kg importado da Austrália. Qual explicação?
ALEXSANDRO FERNANDES

JAGUARUNA - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE OVINOS DE CORTE

EM 29/06/2015

Olá , parabens , muito bom,estou pensando em começar a criar umas ovelhas , aquie em santa catarina, qual seria a raça mais indicada?  Em morro, pastagem braquiara umidicula , 7 hec. Obrigado se puder ajudar
BÁRBARA CAROLINA VEIGA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 17/03/2015

Olá Pessoal, tudo bem?



Para quem deseja saber mais sobre Produção Intensiva de Cordeiros de Corte, participe de nosso curso online que terá início em 19/03 sobre o tema.

Saiba mais e garanta sua vaga, acessando:



Se tiver dúvidas ou questões, envie um e-mail para cursos@agripoint.com.br ou telefone para (19)3432-2199.



Grande abraço, conte conosco!
DEIZINHO

SEABRA - BAHIA - ESTUDANTE

EM 27/03/2014

boa noite queria saber se o capim gripan é indicado para ovinos e qual o melhor capim
GUILHERME A. TESSARO

PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL

EM 30/04/2010

Prezada Carina,


Para se ter uma melhor idéia de custos de produção nos sistemas analisados acima, gostaria de saber os índices produtivos (%nasc.; % desmame; %mortalidade) considerados.
Ainda, uma relação de custos por hectare seria interessante, visto que o estudo se deu em uma pequena área, na qual muitas vezes não se justifica o uso de máquinas próprias, além de custos fixos como estruturas de manejo e mão de obra permanente que podem ser diluídos com o aumento da área.
A carga animal por hectare e o tipo de sistema pastoril utilizado (intensivo ou extensivo), visando aumentos na produção de matéria seca (kgMS)/ha/ano, acredito também que tenha grande impacto na redução destes custos.

Obrigado

Guilherme

MARCELO GOMES

SANTA MARIA - RIO GRANDE DO SUL

EM 26/04/2010

Olá. Ótimo o trabalho de vocês, parabéns!
Gostaria de saber se existe algum trabalho que trata somente da terminação do cordeiro, isto é, compra-se de terceiros o cordeiro desmamado para terminá-lo em confinamento ou semi-confinamento? Como ocorre com o boi magro.

Obrigado

Marcelo
NEI ANTONIO KUKLA

UNIÃO DA VITÓRIA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 26/04/2010

Veja só:
Ouvimos muitos criadores falar que o cordeiro para ser bom mesmo deve ser um mês antes do abate "alimentado no cocho", pois é alí que se aliza o animal e deixa a carne macia. Sabemos que este último é fantasia, mas é o que se houve.
O preocupante disso tudo é a questão CP (Custo de Produção) como mencionado pelas autoras. Muito pouco são os criadores que avaliam o seu custo de produção e neste brilhante trabalho podemos ver de que necessitamos aprimorar nossas pastagens para que os animais sejam arraçoados sempre a base de pasto, pois do contrário não adianta investirmos nosso dinheiro na Ovinocultura sem tais critérios, sob pena e risco de não estarmos fazendo um bom negócio.
Nobre Carina, recentemente li notícias aqui mesmo no site de que um grande grupo da área até então de carne bovina estava investindo na ovinocultura, comprando cordeiros e terminando-os em confinamento. Como entender então, será que eles tem este custo em mãos para proceder desta maneira?
CARINA BARROS

OSASCO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 26/04/2010

Prezado Marcelo Gomes ,

Eu não conheço nenhuma publicação como descreve. Em 2008 eu publiquei como reusmo expandido de 3 páginas na SBZ dois resumos avaliando somente a fase de terminação em pastagem, confinamento e creep feeding. Só que eu avaliei isso onde se fazia todo o processo produtivo, porém só calculei a fase de terminação. Não é o caso de um produtor que compra só para engorda, entendeu? Se tiver interesse eu posso te enviar essas publicações! Fora isso nunca vi nada a respeito, ok!
CARINA BARROS

OSASCO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 26/04/2010

Prezado Nei Antonio Kukla,

A questão que levantou envolve muitos itens além do custo de produção. Veja que avalei somente o custo, não entrei no mérito de mercado.

Se o mercado exige cordeiro terminado em confinamento, por exemplo, o produtor para fornecer seu produto terá que terminar os animais assim ou procurar outro mercado.

As empresas podem ter como estratégia exigir cordeiros em confinamento para melhorar e padronizar a carcaça e musculosidade.

Outro fato importante é que não é em todo o Brasil que conseguimos terminar em pastagem com bom desempenho, em curto tempo e a custo baixo. Em muitos locais não há pasto de inverno que pode usar na sua região ou na do estudo acima.

Então, em alguns casos o confinamento pode ser indicado e até mesmo ter melhor resultado econômico por questões ambientais, uso de subprodutos como alimento, locais de terra com preço elevado, para manter a oferta de carne mais constante ao longo do ano, entre outros.

O que deve-se pensar é o seguinte: empresas que exigem animais terminados em confinamento exclusivamente pagam por isso? Esses produtores que fornecem para elas deve ter muito bem controlado seu custo de produção para comparar o gasto com o recebido e verificar se compensa investir em tal prática.

O outro caso é a empresa ter a estrutura para terminar nas suas instalações e abater no momento e no padrão que querem. Nesse caso também o produtor tem que saber quanto cada animal custou para ele até aquele momento de vender para engorda e avaliar se o que está sendo pago compensa mesmo. Veja que a empresa vai "assumir" o animal na fase final, o tempo de permanência com eles é menor e com isso o risco também pode ser menor, assim como o custo. Para a empresa pode compensar investir alguns dias na terminação e ter garantia de produto no padrão que desejam com certeza de "entrega" para abate conforme o cronograma pré-estabelecido. Com certeza a empresa sabe o custo de produção para ela, diferentemente de muitos produtores que não sabem seu custo e assim até perdem poder de negociação com essas empresas!

Então para saber o resultado real, somente fazendo os cálculos para venda de animais terminados e animais para serem terminados!

Acho que é possível escrever um artigo sobre esse tema, pois há muito a comentar!!!

CARINA BARROS

OSASCO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 08/01/2010

Prezado Alex Cicinato Paulino de Oliveira,

No nosso caso a alimentação do confinamento foi muito cara e aumentou bastante o custo. Quando há possibilidade de produzir na propriedade ou utilizar subprodutos da região o cenário muda. Além disso, no caso de terras de alto valor - dependendo da região - o confinamento tmbém pode ser mais rentável porque o investimento em terra seria menor (menor área). Portanto, cada caso é um caso mesmo!!!

É muito interessante saber sobre outras regiões diferentes da nossa, e para os leitores enriquece e complementa os artigos postados. E o importante é despertar o interesse dos produtores pela parte econômica!!!

Sucesso nos seus negócios!
CARINA BARROS

OSASCO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 08/01/2010

Prezado Francisco de Assis de Carvalho Pires,

É muito pertinente seu comentário.

Em local de produção tem-se um sistema de produção mais adequado e que pode variar, inclusive conforme o ano pela disponibilidade de alimentos aos animais.

Sempre me preocupo ao escrever artigos na área com o fato de que o resultado demonstrado ocorreu naquelas condições específicas e ualquer mudança em qualquer item vai refletir em alterações nos resultados.

O produtor deve se concientizar que obrigatoriamente tem que saber seu custo de produção a fim de ajustar o sistema produtivo e torná-lo mais rentável. Para isso é recomendável que busque auxílio de um técnico especializado na área e leia bastante, como já citou.

Esperamos que haja essa conscientização de buscar o melhor para cada propriedade e não receitas mágicas que podem funcionar no vizinho, mas podem ser inadequadas para si.

Saudações
CARINA BARROS

OSASCO - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 08/01/2010

Prezado Caio Foroni Genovez,

É exatamente isso que precisamos: postura empresarial dos produtores, dessa forma a cadeia tem mais força para conquistar mais mercado e permanecer nele!
CAIO FORONI GENOVEZ

SÃO CAETANO DO SUL - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE OVINOS

EM 07/01/2010

Primeiro gostaria de parabenizar todos os autores !!

Assim como já foi dito anteriormente, é muito importante esclarecer os dois lados da criação e saber que não há nada milagroso que de tanto dinheiro !! A criação de ovelhas é um mercado novo, que cada um fala diz o que acha melhor e muitos seguem e acabam desistindo !! Não tenho esse dado, mas acredito que o número de pessoas que desistem seja maior que as que começam a criação !!

Para o sucesso da criação, primeiro de tudo as pessoas precisam entender que o sitio, chacara ou gdes fazendas devem ser tratadas como empresas, e essas devem conhecer minuciosamente todos seus custos fixos e variáveis para decidir o melhor caminho para seguir, afinal ninguém gosta de jogar dinheiro no lixo !!
CAIO FORONI GENOVEZ

SÃO CAETANO DO SUL - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE OVINOS

EM 07/01/2010

Agora analisando o artigo e seus resultados !! Devemos todos pensar a respeito, analisar os custos e repensar em investir na velha e salvadora pastagem , e também no melhoramento genético sério dos animais, visando melhores resultados a campo, conversão alimentar, precocidade, DEP´s e tudo que envolve o melhoramento !!!

Por que será que nossos vizinhos produzem animais tão baratos e bons animais ??? Será que eles estão tão errados de como as pessoas falam, largam no pasto ?? Vamos pensar nisso !!!

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