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Importações de carne ovina no 1º trimestre do ano

Por Marina A. Camargo Danés
postado em 19/04/2007

3 comentários
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As importações de carne ovina no mês de março totalizaram U$ 1245,18 mil, equivalentes a 576 toneladas, representando um aumento de 78% em valor e 36% em volume em relação ao mesmo período do ano passado. Já em relação a fevereiro deste ano, o aumento foi de 215% em valor e 137% em volume.

O mês de fevereiro havia apresentado uma queda no volume importado de 54% em relação a janeiro, mas apenas 6% em relação ao mesmo período de 2006, o que indica uma redução típica nesse período.

O aumento no mês de março é justificado pelo hábito do consumidor brasileiro, que concentra em datas festivas - no caso deste mês, a Páscoa - o consumo de carne ovina. Entretanto, desde 2004, a importação no mês de março vem aumentando significativamente, impulsionada, talvez, pela valorização da moeda nacional em relação ao dólar, mas também indicando um provável crescimento do consumo.

Gráfico 1. Importação de carne ovina no mês de março dos últimos 10 anos, em volume (toneladas) e valor (mil U$ e mil R$)


A novidade no último mês, foi a participação da Argentina como fornecedor de carcaças e meias-carcaças congeladas. Há mais de dois anos o país não aparecia nas origens da carne ovina importada pelo Brasil. Uma possível causa para isso seja a redução dos abates no Uruguai nas duas últimas semanas do mês, o que indisponibilizou essa categoria do produto. Segundo conceituado jornal daquele país, as fortes chuvas registradas nesse período ocasionaram transtornos e impediram os abates.

Gráfico 2. Distribuição da carne ovina importada pelo Brasil no mês de março (em volume - ton), por categoria, e seus fornecedores


As importações acumuladas no primeiro trimestre do ano também estão em ascensão contínua desde 2004. Apesar da queda registrada em Fevereiro (242 toneladas), o acumulado dos três meses é o terceiro maior dos últimos 10 anos.

Gráfico 3. Importação acumulada no primeiro trimestre do ano, em volume (ton) e valor (U$)


Esses valores seguem a tendência de crescimento que as importações brasileiras de carne ovina vêm apresentando nos últimos anos (veja o artigo Análise das importações de carne ovina, clicando aqui).

Essa tendência, por sua vez, indica um mercado consumidor em franco desenvolvimento, que não pode deixar de ser explorado pela produção interna, uma vez que o Brasil tem perfeitas condições para se tornar competitivo em relação à carne uruguaia.

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Comentários

Roberis Ribeiro da Silva

Salvador - Bahia - Consultoria/extensão rural
postado em 19/04/2007

O IBRACO está elaborando um estudo preliminar e juntamente com as agroindústrias brasileiras irá apresentar a algumas instituições como (MAPA, MRE, MPEs, CNA, Camara setorial e a quem mais de direito), este estudo intitulado "Os Impactos sócio-econômico causados pelo abate clandestino e importações de carne Ovina do Mercosul sobre o agronegócio caprino e ovino no Brasil", esperamos sensibilizar os governos federal e estaduais. Essa será a primeira ação conjunta dos agroindustriais dessa cadeia no Brasil, mas outras ações virão de forma conjunta para não só reverter o quadro como também aumentar o consumo per capita no mercado interno.

O Consumo elevou no Brasil em função dos baixos preços comercializados pelo Uruguai, hoje é possível observar carcaças de ovinos sendo comercializada com empresas brasileiras por US$ 1.650 a tonelada e cordeira mamão a US$ 1.800 a tonelada e cordeiro superpesado a R$ 2.000 a tonelada. Já o abate clandestino esta comercializando a US$ 2.750 a tonelada ou seja até o clandestino já esta vendendo mais caro que o Uruguai.

Enfim, estamos vivendo novos tempos e é este o momento de gritar de forma articulada com dados estatistico. Dados este que a companheira Marina sempre esta informando aos agentes da cadeia, por meio deste site.

Não podemos permitir que nossos frigorificos e agroindustrias fechem e reduzam seus abates e nem os projetos futuros de frigorificos deixem de se estabelecer.

Ou vamos tornar o Brasil um mega frigorifico que se chama "FRIGOMATO" comercializando aproximadamente 50 a 60 mil toneladas de carne ano e por outro lado as IMPORTAÇÔES comercializando 7 a 9 mil toneladas, restando aos pioneiros e verdadeiros herois do processamento da carne caprina e ovina brasileira, serem distribuidores de carne importada ou se aliarem ao FRIGOMATO.

Vamos trabalhar o ambiente institucional da cadeia produtiva da carne caprina e ovina. Esse é o momento.

João Luiz Lopes/Tecnovinos

Goiânia - Goiás - Ovinos/Caprinos
postado em 19/04/2007

Novamente volto a insistir na premissa de que os criatórios brasileiros precisam se profissionalizar, ou seja, enquanto pensarmos de forma amadora daremos lucros aos nossos vizinhos (principalmente).

Senhores criadores temos que tomar uma atitude.
A atitude de produzirmos com qualidade, de forma contínua e a um custo satisfatório. Isso só será possível quando nos organizarmos (toda a cadeia produtiva).

Basta que demos o primeiro passo. Temos condições edafo-climáticas satisfatórias, temos terras, temos vontade e temos quem compra, porém nos falta empreendedorismo e profissionalismo.

Quero ver, ao longo dos meus dias, esse setor progredir. Basta que começemos a traçar metas com objetivos reais de alcançe. Deixemos de lado esse "governo" que não nos dá nenhuma chance (tributação excessiva, nenhuma política racional de produção, linhas de crédito escassas e caras, etc.) e traçemos nossos caminhos fincados no melhor de nós para todos.

Somos bons e queremos ser mais (suprir a demanda interna e exportar), temos potencial (profissionais). Vamos chegar lá. Portanto, abraçemos a causa.

VAMOS PRODUZIR OVINOS E CAPRINOS COMO GENTE GRANDE.

Ralf Krause

São Paulo - São Paulo - Produção de ovinos
postado em 08/05/2007

Também acho que está na hora de tomarmos uma atitude.

Temos que decidir se queremos produzir um cordeiro precoce de 120 dias com qualidade ou se vamos produzir um cordeiro de um ano (a pasto) como o Uruguaio e ver as pessoas dizendo que carne de cordeiro cheira bode.

Não dá pra produzir cordeiro precoce com preço de Uruguai. São dois produtos com custos de produçao diferentes - um extensivo e outro intensivo - e precisam ser tratados de forma diferente pelo comerciante.

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