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Crescimento do consumo força alta dos alimentos

postado em 01/07/2008

3 comentários
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O crescimento de 7,1% da renda per capita dos países emergentes até 2013, contra os 2,2% dos países do G-7 será o principal fator para segurar a baixa oferta de alimentos e a alta dos preços agrícolas pelo dobro de tempo normal, que é de dois anos. Pelo menos é isso o que pensa o ex-ministro da agricultura, Roberto Rodrigues, que palestrou ontem na Câmara Brasil - Israel de Comércio e Indústria.

"Nos últimos cinco anos, o comércio nos países emergentes cresceu em média 25% ao ano, contra 12% dos países ricos", comparou.

Para ele, a alta nos preços dos fertilizantes e a crescente especulação financeira no mercado das commodities foram mais determinantes para a elevação dos preços que a agroenergia. "Os Estados Unidos utilizam cerca de 20% de sua produção de milho para fazer o etanol. A redução dos estoques foi causada pelo crescimento da demanda mundial", destacou.

Segundo o ex-ministro, a commodity deste século será a energia. A estimativa do setor é de que a demanda mundial deverá crescer 55% nos próximos 25 anos. Rodrigues não acredita que o petróleo deixará de ser utilizado, porém os crescentes custos para extração devem reduzir a demanda. Avaliou ainda que a cana-de-açúcar é de longe a melhor opção para produzir etanol e o clima necessário para seu crescimento é mais abundante em países emergentes. "O Brasil vive uma oportunidade única para assumir a liderança na produção de agroenergia mundial. Essa mudança pode melhorar o equilíbrio entre países ricos e pobres", prevê.

O ex-ministro ressaltou o potencial de aumento da produção brasileira com as áreas da pecuária. Dos 200 milhões de hectares, 71 milhões de hectares podem ser revertidos para a agricultura. "Cerca de 20 milhões tem potencial para produção de cana. Com o restante podemos alcançar a produção de 300 milhões de toneladas de grãos", ponderou.

As informações são de reportagem de Roberto Tenório, da Gazeta Mercantil.

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Comentários

Marcos Salazar de Paula

Lima Duarte - Minas Gerais - Produção de leite
postado em 01/07/2008

O leite vai pegar este trem? Se vai, será necessário tanto exigir qualidade quanto remunerá-la decentemente. Temos que pensar uma cadeia com produtores profissionais, satisfeitos com a atividade. Aquele escravo, fornecedor de coliformes e estafilococos, que só precisa de uma corda, uma caçamba e uma vaca para tirar leite, com certeza não vai abastecer este mercado.

Breno Augusto de Oliveira

Alto Araguaia - Mato Grosso - Consultoria/extensão rural
postado em 02/07/2008

Excelente análise mercadológica globalizada, é claro que se atendermos os consumidores com qualidade total e preço justo, o negócio prospera, clientes exigindo e pagando por qualidade!

Acredito também que o processamento e comercialização dos agroalimentos nacionais deveria ter maior ação de cooperativas e agropecuaristas profissionalizados. Podendo promover diversificação produtiva, aumento da renda, ganhos ambientais e sociais em todas as cadeias produtivas dos alimentos e agroenergia.

E principalmente diminuindo a representativa comercialização da produção primária que ocorre nos dias atuais no Brasil.

Evándro d. Sàmtos

Guarulhos - São Paulo - Frigoríficos
postado em 02/07/2008

Pelo descrito acima, 1/3 da área hoje destinada à pecuária vai para a agricultura, sendo, sobrou para a pecuária somente o semi-confinamento ou confinamento, sobre tudo em estados como: São Paulo, Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul (fora da região Pantaneira) e outros.

Aparentemente as relações comerciais deverão mudar, mais do que nunca os participantes deste seguimento terão que pensar na profissionalização qualificada em todos os setores, inclusive na área comercial.

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