Fechar
Receba nossa newsletter

É só se cadastrar! Você recebe em primeira mão os links para todo o conteúdo publicado, além de outras novidades, diretamente em seu e-mail. E é de graça.

FAO: índice de preços dos alimentos permanece estável em patamar elevado

postado em 06/05/2011

1 comentário
Aumentar tamanho do texto Diminuir tamanho do texto Imprimir conteúdo da página

 

Após interromper uma sequência de oito valorizações mensais e recuar em março, o índice de preços globais de alimentos da FAO permaneceu praticamente estável em abril. Segundo levantamento divulgado na quinta-feira pelo braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, o indicador fechou o mês passado em 232 pontos, ante os 231 de março e o recorde histórico de 237 pontos batido em fevereiro. Em relação a abril de 2010, a alta ainda chega a 36%.

A relativa estabilidade apontada na comparação entre abril e março indicada pela FAO ocorreu apesar do salto dos grãos, que foi compensado pelas baixas de arroz, açúcar e lácteos. Carnes e oleaginosas oscilaram pouco. Em comunicado, um dos diretores da FAO, David Hallam, diz que a degringolada do dólar e a alta do petróleo ajudam a manter elevados os preços dos produtos alimentares, sobretudo grãos. A demanda continua forte e as perspectivas de um retorno a preços "mais normais" dependerão da produção e dos estoques globais nesta temporada.

A quinta-feira, porém, foi de fortes quedas dos grãos e das commodities em geral nas principais bolsas internacionais. Incertezas em relação à economia europeia enfraqueceram o euro e deram sobrevida ao dólar, reduzindo a competitividade dos produtos americanos e provocando uma tsunami baixistas sobretudos nas bolsas dos Estados Unidos. Mesmo assim, as agrícolas permanecem em elevados patamares e com fundamentos de oferta e demanda "altistas".

No Brasil, onde as projeções de valor bruto da produção agrícola nacional sinalizam um novo recorde em 2011, graças a boas colheitas e preços remuneradores, as cotações no campo continuam sustentadas, apesar de as disparadas terem arrefecido. Exemplo disso é o IqPR, índice de preços recebidos pelos produtores de São Paulo. Pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), vinculado à Secretaria da Agricultura do maior Estado consumidor do país, o indicador recuou 0,61% em abril - a primeira queda mensal após oito valorizações seguidas -, mas ainda acumula ganho de 26,16% nos últimos 12 meses.

Em linha com o diagnóstico da FAO, algumas das maiores altas em 12 meses em São Paulo são percebidas pelos produtores de grãos. No caso do milho, chega a 72,58%; no do trigo, a 30,33%, enquanto na soja atinge 29,12%. Mas, na lista de 18 produtos pesquisados pelo IEA, nenhum subiu tanto quanto o café: 88,29%. Também apresentam variações positivas consideráveis no período as carnes de frango (27,43%) e bovina (25,63%) e os ovos (33,94%).

"Os preços agropecuários evoluíram em percentuais muito superiores aos dos indicadores da inflação brasileira, como resultado da pressão de demanda derivada do crescimento da massa salarial e da conjuntura altista de importantes preços internacionais. Os maiores preços agropecuários internos, ao derivarem diretamente da demanda, ainda se mantêm muito mais elevados que no ano anterior. Ou seja, a queda mensal significa que os preços agropecuários deixaram de subir, mas não reverteu o padrão de patamar elevado em relação ao ano anterior", afirmam os pesquisadores do IEA em comunicado.

Os relatórios estão disponíveis em www.fao.org e www.iea.sp.gov.br

A matéria é de Assis Moreira e Fernando Lopes, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Avalie esse conteúdo: (e seja o primeiro a avaliar!)

Comentários

Daniel Brilho

Árvore Grande - Mato Grosso do Sul - Produção de leite
FarmPoint - postado em 06/05/2011

Artigo interessante!

Quer receber os próximos comentários desse artigo em seu e-mail?

Receber os próximos comentários em meu e-mail

Envie seu comentário:

3000 caracteres restantes


Enviar comentário
Todos os comentários são moderados pela equipe FarmPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

Copyright © 2000 - 2024 AgriPoint - Serviços de Informação para o Agronegócio. - Todos os direitos reservados

O conteúdo deste site não pode ser copiado, reproduzido ou transmitido sem o consentimento expresso da AgriPoint.

Consulte nossa Política de privacidade