Fechar
Receba nossa newsletter

É só se cadastrar! Você recebe em primeira mão os links para todo o conteúdo publicado, além de outras novidades, diretamente em seu e-mail. E é de graça.

MST, a imagem do atraso

postado em 17/01/2011

9 comentários
Aumentar tamanho do texto Diminuir tamanho do texto Imprimir conteúdo da página

 

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) ocupou no último dia 10 as sedes de quatro prefeituras no Sul da Bahia - Prado, Mucuri, Itabela e Itamaraju - e ameaçou invadir, nos dias seguintes, outras 50 na mesma região. Menos de 48 horas depois, suas lideranças anunciaram que os prédios estavam sendo desocupados em função do "êxito total" nas negociações com as administrações municipais e desmentiram novas invasões.

Ao mesmo tempo, anunciava-se que o movimento dito social planeja uma série de invasões de propriedades rurais e de repartições públicas em todo o País - um "janeiro quente" destinado a testar o comportamento do governo Dilma. Nenhuma novidade. Com a imagem desgastada junto à opinião pública e sua credibilidade comprometida em todos os níveis do poder público, parece não restar ao MST senão o jogo de cena, como recurso para demonstrar que está vivo e continuar fazendo jus aos enormes privilégios e benesses que conquistou ao longo dos oito anos do governo lulista.

O MST foi criado em 1984, em pleno processo de redemocratização do País, por iniciativa de sindicatos de trabalhadores rurais, organizações sociais voltadas para os problemas do campo e, especialmente, a Comissão Pastoral da Terra, então vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, mas que adquiriu autonomia, na medida em que se abriu para fiéis de outros credos cristãos e, mais importante do que isso, passou a ser dominada pelo pensamento marxista e pelos sectários da Teologia da Libertação. Num país marcado por forte desigualdade social, o MST nasceu inspirado pela ideia generosa de criar condições para que o homem do campo possa se integrar na economia agrícola, como produtor em seu pedaço de chão. Consequentemente, a grande bandeira içada pelo movimento foi a da reforma agrária.

Mas o sectarismo ideológico acabou transformando os assentamentos rurais que o MST controla em todo o País, todos fortemente dependentes de financiamento governamental, numa tentativa anacrônica de preservar uma estrutura de produção de subsistência. Uma ideia que bate de frente com as exigências da economia globalizada, que estimulam o aprimoramento tecnológico e de gestão do agronegócio. Até o governo do presidente Lula se deu conta do furo n"água que representa a concepção de reforma agrária do MST.

Mas esse mesmo governo, se, por um lado, estimulava o agronegócio (responsável por mais de um terço do PIB brasileiro), por outro, bajulava as lideranças "progressistas" do MST, incluindo seus quadros no aparelhamento da máquina federal, especialmente nas áreas do Desenvolvimento Agrário e do Incra, e abria generosamente os cofres públicos para atender às demandas dos assentamentos. Isso possibilitou, por exemplo, o desenvolvimento de uma ampla atividade educacional nos domínios do MST, sujeitando milhares de crianças e adultos à doutrinação marxistoide e à incitação da luta de classes.

E há que se registrar ainda o fato de que os assentamentos do MST são frequentemente denunciados como palco de graves irregularidades, como a comercialização de lotes - o que a lei proíbe - por parte de pessoas que se habilitam à propriedade de um pedaço de terra apenas para daí extrair vantagens pecuniárias. Golpistas, enfim.

A liderança do MST costuma acusar a imprensa de, na defesa dos interesses das "elites dominantes", promover campanhas sistemáticas de desmoralização do movimento, com o objetivo de comprometê-lo com a opinião pública. O que já comprometeu irreversivelmente a imagem do MST são as reiteradas agressões ao estado de direito, o deliberado desrespeito ao direito de propriedade, a constante incitação à violência, a ostensiva manipulação da ignorância e da desesperança. Em resumo, seu menosprezo à consciência cívica dos brasileiros. Depois de quase 30 anos, no momento em que o Brasil parece disposto a caminhar mais celeremente para a frente, o MST revela-se a imagem perfeita e acabada do atraso.

As informações foram publicadas no jornal O Estado de São Paulo, adaptadas pela Equipe AgriPoint.

Avalie esse conteúdo: (5 estrelas)

Comentários

fernando bueno torres megiani

Votuporanga - São Paulo - Consultoria/extensão rural
postado em 17/01/2011

quero ver quem é que produz o alimento que esses membros do MST se sustentam, se não formos nós. o governo faz alguma coisa

Guilherme Zóia milteburg

Holambra - São Paulo - Produção de gado de corte
postado em 17/01/2011

Parabens pela reportagem , retrata exatamento o que é o MST !!!

Mario F. A. Paoliello .MBA

Canyon - Texas - Estados Unidos - JBS FIVE RIVERS
postado em 17/01/2011

MST isso é uma vergonha nacional. Falta gente seria no governo para acabar com esse circo no campo.
http://www.youtube.com/watch?v=_gF7l1N4xdQ

JOAO LUIZ MELLA

Nova Andradina - Mato Grosso do Sul - Produção de gado de corte
postado em 17/01/2011

No mundo existem dois modelos de exploração da terra ; O de subsistência, e o modelo de agricultura empresarial. No Brasil temos tres modelos ; A agricultura empresarial, a agricultura de subsistência e a agricultura de sub subsistência. Que são os chamados sem terra. Possuem a terra e mesmo assim o governo tem que fornecer cestas de alimentos e outras necessidades.
O grande culpado desses absurdos, são os governos que passaram por esses ultimos anos. Por quererem a massa em suas mãos, nunca se objetivou, realmente, o principio da produção, e sim, o principio da dependência.

jose dagoberto franco de oliveira

Bagé - Rio Grande do Sul - Produção de gado de corte
postado em 17/01/2011

Nós produtores , estamos pressionados , de um lado o INCRA exigindo produtividade, de outro lado , os ambientalistas exigindo preservação , e essa gente ninguem fiscaliza , qto de dinheiro colocado fora, não produzem nada e recebem verba a fundo perdido. Só no Brasil acontece isso.

juliano miranda piedade

Três Pontas - Minas Gerais - Varejo
postado em 18/01/2011

Ainda bem que o MST se auto-destruiu. Em um país que está se desenvolvendo, com novas oportunidades para todos, ninguém está disposto a viver no campo sem ter renda, ou seja, vivendo às custas do governo e cheio de divida! Se, para os produtores consolidados, que possuem estrutura e conhecimento, as coisas não são fáceis, será que um pobre coitado, sem dinheiro suficiente, sem máquinas, etc., vai conseguir se sair bem? Acorda MST!

Artur Queiroz de Sousa

Cambuquira - Minas Gerais - Produção de café
postado em 19/01/2011

Este é um movimento que não respeita as leis, a constituição, e tão pouco as autoridades. O Governo é fantoche na mão desse movimento de guerrilha, encoberto com o dito Movimento Social. Na verdade é uma quadrilha montada para tomar dinheiro nosso, depositado no governo centra. Vamos provocar invasões, e com isso a gente arracada dinheiro do governo. Se der a gente fica quieto, se não der a gente promove a bagunça com o proprio dinheiro que já nos deram.
Precisamos de leis mais severas e que as mesmas seja cumpridas, pois já não existe mais segurança no campo.

Igor Vaz

Pelotas - Rio Grande do Sul - Produção de ovinos
postado em 19/01/2011

Essa turma não passam de bandidos xiitas do mesmo naipe dos narcoguerrilheiros das farc. Tudo isso bem azeitado e fianciados pelos 16 anos de governos de esquerda (94/10) e continuará por mais não sei quantos anos de neocomunas que virão nos ditar. Saudade do Medici e cia.

wagner martins borges

Araguaína - Tocantins - Produção de gado de corte
postado em 21/01/2011

O MST é um movimento realmente politico-ideológico marksista-leninista, que utiliza as classes carrentes de nossa população como massa de manobra, pregando a intolerância entre as classes sociais e a desobediência das leis e as instituições, golpista e radical. Prega o comunismo - na realidade, "uma ditadura do proletariado"- como sendo o regime político ideal; este na realidade se mostrou ser um regime onde todos seriam nivelados por baixo e onde a sociedade teria que se sugeitar ao estado como senhor e tutor de todos e de tudo, sociedade estagnada e sem mobilidade onde os incopetentes e indolentes se escoram nos mais capazes, e só o "PARTIDÃO, O EXÉRCITO, E OS APANIGUADOS DO ESTADO" que tem direitos e vantagens em detrimento dos valores e expoentes culturais, intelectuais e pessoais. Em suma: A TOTAL ANTI-DEMOCRACIA E CASAÇÃO DOS DIREITOS E LIBERDADES INDIVIDUAIS.
É passado da hora de todos, nos tornarmos agentes de divulgação e de concientezação da população brasileira e tirarmos a mascara desse movimento - MST - corrupto e parasita do estado, mantido pelos impostos pagos por todos nós, principalmente os trabalhadores, vejamos: cinco messes de trabalho de cada brasileiro e dado em impostos para o govermo, e o empresariado já está praticamente trabalhando na meia com o estado. São mais ou menos 1.300.000.000,00 de reais em impostos arrecadados pelo governo em 2010, e a culpa dos problemas nacionais perante os olhos dessa esquerda caolha ainda é do empresariado e pricipalmente do agronegócio - bode espiatório. A culpa é sim desse governo que não aplica os recursos estatais como nós os produtores rurais sabemos aplicar com copetência, dedicação e honestidade, que mesmo com toda a sorte de perseguições, desinterese e entraves provacados pelo estado, somos responsáveis por 1/3 do BIB "desse país".

VIVA O BRASIL RURAL.


WAGNER BORGES
ECONOMISTA E PRODUTOR RURAL

Quer receber os próximos comentários desse artigo em seu e-mail?

Receber os próximos comentários em meu e-mail

Envie seu comentário:

3000 caracteres restantes


Enviar comentário
Todos os comentários são moderados pela equipe FarmPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

Copyright © 2000 - 2024 AgriPoint - Serviços de Informação para o Agronegócio. - Todos os direitos reservados

O conteúdo deste site não pode ser copiado, reproduzido ou transmitido sem o consentimento expresso da AgriPoint.

Consulte nossa Política de privacidade