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MT: ovinocultura ganha espaço entre produtores

postado em 15/10/2009

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As perspectivas para a ovinocultura em Mato Grosso, especialmente na região sul do Estado, são animadoras e têm despertado o interesse cada vez maior de produtores que começam a se dedicar à atividade. Um estímulo a mais aos produtores da região foi a inauguração de um frigorífico de ovinos em Rondonópolis, em fevereiro deste ano, contribuindo para fomentar a cadeia produtiva regional. As estimativas indicam a existência de um rebanho de mais de 500 mil ovinos em Mato Grosso.

Nesta semana, uma reunião da Associação de Criadores de Ovinos da Região Sul de Mato Grosso (Ovinosul) discutiu as perspetivas da atividade e os meios de incentivar a produção de carne ovina na região. A Associação se comprometeu em criar um grupo de trabalho com o intuito de fazer um levantamento de dados que possam gerar decisões. O número ao certo de produtores de ovinos na região, por exemplo, não existe oficialmente.

Mesmo sem números concretos, a ovinocultura tem ainda muito a crescer na região. O zootecnista Dr. Antônio Rodrigues da Silva, do Curso de Zootecnia do Campus de Rondonópolis/UFMT, observa que, na região sul do Estado, é comum ainda constatar produtores que trabalham com diversas atividades, incluindo os ovinos, mas que não têm a ovinocultura como a atividade principal da propriedade.

Apesar dos dados positivos, ainda existem empecilhos para o crescimento da atividade, assim como da sua produtividade. Antônio Rodrigues enfatiza a necessidade de avanços nas diversas fases do processo produtivo. Na nutrição e alimentação, observa que é preciso produzir no Estado uma pastagem específica para ovinos. Na área da sanidade, uns dos problemas são doenças como as verminoses, a dermatite e a linfadenite caseosa. Além disso, salientou a necessidade de avanços relativos ao melhoramento genético e reprodução. O mercado, segundo ele, exige animais mais precoces e com mais carne. Na área do consumo, a carne ovina ainda fica abaixo das principais carnes, sendo procurada em situações esporádicas.

A ovinocultura tem, por outro lado, grande potencial competitivo, pois não exige grandes investimentos em estruturas e capital. O custo para iniciar a atividade, conforme Antônio, é relativamente baixo. A recomendação é a existência de um reprodutor para 25 fêmeas.

Os bons preços da carne são atrativos também, além do fato de o processo de produção também poder incrementar a renda de pequenas e médias propriedades. Quanto ao mercado para comercialização do produto, ele diz que o produtor não deve se preocupar com isso, principalmente porque existe mercado viável para a carne ovina hoje no mundo todo. No começo das atividades, o frigorífico local abatia uma média de 80 cabeças por dia e hoje já está em torno de 800 cabeças dia.

Em Mato Grosso, as principais raças existentes são a Santa Inês, Ile de France, Suffolk e Texel.

Para quem pretende ingressar na atividade, o Professor Antônio Rodrigues recomenda, inicialmente, procurar um profissional capacitado na área da ovinocultura, para o fornecimento de todas as informações inerentes ao processo produtivo.

O Brasil possui hoje um rebanho de cerca de 16 milhões de cabeças, sendo que desse total 9 milhões estão no Nordeste brasileiro.

A reportagem é do jornal A Tribuna/MT, resumida e adaptada pela Equipe FarmPoint.

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