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Qual produto substitui o formol na prevenção de footrot (podridão de cascos)?

postado em 30/04/2012

10 comentários
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O produtor de ovinos de Navegantes/SC, Hercilio L. Venturini enviou uma carta para o artigo Controle do footrot (podridão dos cascos).

Abaixo, leia a carta na íntegra:

"Pesquisando sobre footrot, encontrei essa reportagem bem interessante. Há 20 anos crio ovinos e nunca tive esse tipo de problema no meu rebanho mas, por infelicidade, ganhei um macho da raça Dorper que estava infectado e passou a enfermidade para o meu rebanho. Estou tendo dificuldades para controlar o problema, mas não consigo adquirir formol, componente do pedilúvio. Gostaria de saber se existe algum outro produto que possa ser utilizado como substituição".

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Comentários

Jaime de Oliveira Filho

Itapetininga - São Paulo - Consultoria/extensão rural
postado em 30/04/2012

Bom dia,

Poderia ser útil em falar para você o uso de Sulfato de cobre ou Sulfato de zinco, na concentração de 10% em água para o pédiluvio.

Se o caso for muito adiantado é bom também usar um antibiótico a base Enrofloxacino, com o nome comercial de KINETOMAX, usar como pescreve a bula, caso a primeira dose não der 100% de resultado aplicar novamente, é muito bom.

Rafael Colonese

Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Produção de ovinos
postado em 30/04/2012

Caro Hercilio,

Você deve manejar seus animais utilizando o pedilúvio com soluções de sulfato de cobre ou zinco à 10% de forma profilática e se necessário a utilização de antimicrobianos para tratamento.

O pedilúvio deverá ser utilizado de forma criteriosa pois caso contrário poderá haver contaminação cruzada e o tiro acaba saindo pela culatra.

Já utilizei a vacinação como tratamento e vacinação e obtive ótimos resultados devendo esta ser uma alternativa a ser considerada.

Espero ter ajudado de alguma foma.
Um abraço,
Rafael

Rodrigo Martins de Souza Emediato

São Paulo - São Paulo - Indústria de laticínios
postado em 30/04/2012

Sr. Hercílio,

Você pode substituir o formol pelo sulfato de cobre ou sulfato de zinco. O sulfato de cobre tem melhor ação, mas você precisa ter o cuidado de não deixar os animais terem contato com o produto, pois é palatável e eles são sensíveis ao cobre.

No entanto, se você está tendo problema com os cascos, provavelmente precisará fazer os cascos dos animais para eliminar o acúmulo de terra e matéria orgânica sob as unhas dos animais e apenas o pedilúvio não resolverá o seu problema, assim ao casquear os animais, você identificará qual(is) pata(s) do animal está com o problema e precisará agir individualmente nos animais com os piores casos, utilizando o formoped (nome comercial).

Pode haver bicheiras sobre o podridão, assim, precisará curar a bicheira da forma tradicional, inclusive com a retirada das larvas e neste caso o pedilúvio não mata a bicheira, reforçando a importância de pegar animal por animal e verificar as condições do casco, até mesmo para separar os que estão sadios dos que estão doentes.

Edgar Caetano Jr

Juazeiro - Bahia - Consultoria/extensão rural
postado em 30/04/2012

                                     PEDILÚVIO EVITA O MAL-DOS-CASCOS
A umidade pode matar o rebanho inteiro, começando pelos cascos. O uso de pedilúvio é recomendado para prevenir a falência dos cascos.

         Em regiões de climas tropicais, a produção de ovinos exige um correto manejo, pois a umidade é perigosa. Quando chega o período das chuvas os cuidados com os animais devem ser em dobro, principalmente quanto aos cascos.
         Em época de chuvas, os ovinos ficam mais expostos a varias bactérias, entre elas a Dichelobacter nodoses, responsável por causar feridas nos cascos, provocando manqueira e mau cheiro. Essas feridas são identificadas pelo nome de pododermatite, ou "foot-root".
         Para prevenir a doença, basta seguir um simples ritual, destacando-se:
         - o casqueamento;
         - a instalação de um pedilúvio.
 
Casqueamento
         Os animais devem ser casqueados uma ou duas vezes ao ano, antes de iniciar as chuvas e no meio do período seco. Esta ação provoca oxigenação no casco, ajudando a combater a bactéria, já que ela sobrevive em ambientes anaeróbicos. No solo, a bactéria vive cerca de 10 dias - um período longo e perigoso para os animais.
 
Pedilúvio
         O objetivo do pedilúvio é evitar que os animais levem para dentro das instalações os germes que provocam infecções nos cascos. Deve ser instalado na entrada do aprisco.
         O pedilúvio vem depois de um "aquolúvio", que contem apenas água limpa. O objetivo do "aquolúvio" é deixar os cascos livres de sujeiras (esterco, terra, etc.). Apenas cascos limpos devem mergulhar no pedilúvio, que afinal de contas, é enchido com material químico que custa dinheiro.
         Tanto o pedilúvio como o "aquolúvio" podem ter a extensão de 2,5m a 3,5m para melhor manejar os animais.
         O pedilúvio deve ser raso o suficiente para que os animais molhem apenas os cascos, a fim de evitar que o produto químico atinja a pele. A solução química pode "queimar" a pele do animal.
       - Solução química - a solução utilizada é a seguinte:
                  - glicerol a + de 95 %
                  - sulfato de zinco
                  - sulfato de cobre
                  - água sempre limpa
          Para cada 20 litros de água, recomenda-se 500g de sulfato de zinco; 1kg de sulfato de cobre; 2 L de glicerol. Misturar tudo em um balde, e logo em seguida, despejar no pedilúvio.

          A freqüência com que ele pode ser usado depende da época do ano e da situação. como método preventivo em épocas de excessiva umidade, o ideal é que cada animal permaneça no pedilúvio, pelo menos, cinco minutos, uma vez a cada 7 ou 10 dias.
 
Tratamento
          Animais infectados devem ser isolados do rebanho e passar pelo tratamento a cada dois dias, até que tenha cura total do casco.
          O pedilúvio tem, no entanto, de tratamento local, ou seja, sozinho não tem poder curativo quando a pododermatite encontra-se em nível avançado. Neste caso é necessário a aplicação de antibióticos específicos para matar a bactéria que já se encontra no tecido do casco e na falange.
         Os mais indicados são à base de norfloxacina e seftiofur. Como auxilares licor de vilate e oxitetraciclina em pó. Em caso de animais com o casco já muito defeituoso e escancarado aconselha-se o descarte, pois estes animais são facilmente portadores de bactéria, podendo espalhar o mal pelo rebanho inteiro.
                                                                   Edgar Jr - M. Veterinário
                                                                     cone.mve@hotmail.com

André Luiz Cokely Ribeiro

Descalvado - São Paulo - Indústria de insumos para a produção
postado em 30/04/2012

Caro Sr. Hercílio,

Para o efetivo controle desta enfermidade seguem as medidas abaixo:
- Identificar quais os animais estão clinicamente doentes (cascos  e tecidos adjacentes danificados), e isolá-los em área com controle de trânsito de pessoas e outros animais. para esta área é indispensável a instalação de pedilúvio esponja, no qual a solução desinfetante ideal se faz com Iodofor (Iodo ativo acrescido de substâncias potencializadores da ação deste primeiro). Uma sugestão está no link, onde detalhes das diluições serão encontrados. http://www.vansil.com.br/index.php?page=shop.product_details&flypage=flypage_images.tpl&product_id=100&category_id=19&option=com_virtuemart&Itemid=223;
- Tratar os animais isolados com antibióticos de largo espectro à base de Penicilinas. Acessar link para consulta. http://www.vansil.com.br/index.php?page=shop.product_details&flypage=flypage_images.tpl&product_id=53&category_id=12&option=com_virtuemart&Itemid=216;
- Vacinar todos os outros animais do rebanho com vacina específica. Não adianta vacinar os animais doentes, pois a vacina não é curativa. Após estes animais serem curados pelo tratamento sugerido acima, vaciná-los 60 dias após;
- Realizar controle semanal, através de inspeção, animal por animal, dos cascos, isolando os animais com alterações e tratando-os em seguida;
- Caso haja mais que um curral/barracão/estábulo, instalar pedilúvio na entrada e saída de cada um deles. As medidas sugeridas são de 50 cm de largura, 1,5 m de comprimento e 20 cm de profundidade, no qual, cuja capacidade será de 100 litros, havendo necessidade de se usar somente 200 ml de Iodofarm. Este pedilúvio terá 15 com de lâmina d'água, suficiente para cobrir todo o casco;
- Para que a solução desinfetante em pedilúvio funcione é necessário que os animais estejam com os cascos livres de excesso de sujidades, ou que estas estejam pelo menos de fácil remoção, portanto, é vital que se faça os pedilúvios duplos, com uma rampa de 1,5 metros entre os dois, sendo que o primeiro contenha somente água para a remoção/amolecimento da crosta de sujeira contida nos cascos;
- Realizadas estas operações, e controlado o Foot Rot, criar esquema de "quarentena" para animais adquiridos, mesmo que estes se originem de rebanhos ditos "controlados para a doença", ou que estejam em outro "retiro",  pois o veículo de transporte pode ser o portados do agente;
- Manter esquema de vacinação sistemático conforme recomendação do fabricante.
- Dúvidas, consulte sempre um veterinário para esclarecimentos.
Sucesso no controle deste surto.

EDUARDO LOPES ROSSI

Formigueiro - Rio Grande do Sul - Produção de ovinos
postado em 30/04/2012

Sr Hercilio
Resolvi o problema de casco do meu rebanho , ao construir um galpão para ovinos com piso ripado com frestas de 1,5 cm e as ripas de 3 cm , duas vezes por ano aparo os cascos, passo no pedilúvio com sulfato de cobre a 10 %, e ao primeiro sinal de manqueira uso direto no casco um produto que acho milagroso de nome comercial Formoped uso no aplicador um caninho tipo o de aplicar desingraxande que da um jato fininho diretamente na frieira , com isto tambem economizando o produto., apos estas praticas  NUNCA MAIS TIVE PROBLEMAS,

Reinaldo Micai

Itu - São Paulo - Consultoria/extensão rural
postado em 30/04/2012

Caro Hercílio,

As recomendações feitas pelos colegas são de bastante eficácia, mas aproveito para fazer algumas observações; no caso do sulfato de cobre, muita atenção pois é bastan-
te  tóxico para os ovinos e lembrar que tem efeito acumulativo.
Lembrar que o agente infectante permanece nos locais em que acumula barro junta-
mente com fezes, havendo a necessidade de bom controle nesses  focos.
Finalizando faço sugestão de um produto comercial com nome de Friezol Pé de Lúvio,(Laboratório Pinus) este apresenta a vantagem de não ter na fórmula o sulfato de cobre, indica-se usar diluido em água no pedilúvio, ou na forma original pó para asper-
ção nos locais lamacentos  e instalações.
Abraço
Reinaldo Micai

cezar calovi

Alegrete - Rio Grande do Sul - Médico Veterinário
postado em 01/05/2012

Prezado colega produtor de ovinos Hercílio, realmente o substitudo do formol,é o sulfato de cobre.Porém ,como já disse o Rodrigo Martins,somente o pedilúlio não resolve.Deves primeiro separar os animais doentes,passar primeiro no pediluvio os sãos.Os doentes  pegos um a um,colocados em uma mesa com formato de coxo,ficando com as patas para cima ,imagina um xis como apoio.Com uma tesoura,faz apara dos cascos desse animal,que geralmente estão crescidos,causando um acúmulo de sujidades,meio propício para o desenvolvimento do foot-root.O tratamento pós limpeza e apara,pode ser local com formoped spray,o próprio sulfato preparado em uma garrafa com tampa furada.Nos casos mais graves,uso de terramicina é indicado.Esses animais depois de tratados,devem permanecer até a cura completa ,isolados dos demais.Campos muito úmidos,favorecem o surgimento da manqueira.Nos animais que estiverem com miíases, evidentemente que devem ,também serem tratados para tal.

adolfo caldas freire jr

Salvador - Bahia - Produção de caprinos de corte
postado em 23/05/2012

Uso sempre no pediluvio cal virgem a 60% é mais barato e simples para evitar problemas futuros nos cascos dos caprinos,olhe, resolve.

paulo sampaio

Tomé-Açu - Pará - Produção de ovinos
postado em 21/11/2012

o tratamento preventivo e muito importante para se manter o seu rebanho saudavel em  se tratando dos cascos dos animais. ja tive muitos problemas aqui no para  no meu rebanho, hoje eu reduzi 99% dos casos utilizando na cabanha o cal virgem nas istalaçoes e pediluvio. paulo sampaio-tome-açu-pa.

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