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Você acredita que a indústria está mais presente na ovinocaprinocultura brasileira?

postado em 26/04/2011

12 comentários
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Em países com a ovinocultura desenvolvida, a indústria teve importante papel. Na Nova Zelândia por exemplo, desde 1922 há um conselho regulador chamado New Zealand Meat Board, que coordena a indústria, desenvolve mercados e negocia preços e fretes. Uma das primeiras medidas do conselho foi a criação de uma marca que até hoje identifica o cordeiro neozelandês. A Nova Zelândia também apresenta condições favoráveis para a produção, porém, a indústria busca insistentemente melhorias na atividade visando a qualidade.

No Brasil, o incentivo da indústria na produção de carne ovina e caprina ainda é um gargalo, porém, atualmente é perceptível que novos programas estão sendo lançados na busca da formalização do setor. Novas regiões estão sendo desbravadas para a identificação de novos produtores e captação dos seus respectivos animais.

O FarmPoint pergunta: você acredita que a indústria está mais presente na cadeia da ovinocaprinocultura brasileira?

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Equipe FarmPoint

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Comentários

EDUARDO AMATO BERNHARD

Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Consultoria e Assessoria Veterinária
postado em 26/04/2011

Com certeza ainda estamos anos-luz atrás da Nova Zelândia e outros países, mas já avançamos na participação da indústria na cadeia. A indústria já vem atuando ativamente do fomento e já temos alguns projetos similares a sistemas de integração em algumas regiões. Porém, a indústria ainda pode fazer muito mais, através da parceria com produtores visando melhorar a qualidade dos cordeiros e pagamento diferenciado por  carcaças superiores. Já existem modelos no Brasil que podem ser seguidos, mas que ainda são pouco expressivos se considerarmos os volumes produzidos. O produtor precisa ser incentivado e precisa ter preços diferenciados que estimulem o investimento na criação. Ainda é importante lembrar, que os modelos que deram certo no mundo, são todos iniciativas do setor privado, através da união dos diversos agentes da cadeia, com apoio do poder público. Precisamos adequar esses modelos a nossa realidade e criar uma indústria do cordeiro forte e estruturada, com a participação de todos.

Joaquim

Candiota - Rio Grande do Sul - Produção de ovinos
postado em 26/04/2011

É bem como o Sr. Eduardo Amato comentou, a industria está fazendo o papel dela, varios projetos estão surgindo tipo " incentivo com juros 2 a 6% para ñ se desfazer de fêmeas tanto  cordeiras como ovelhas, embora as coisas estão andando a passos lentos,  o mais importante é que já foi dado o pontapé inicial. Acredito que está precisando é de uma maior divulgação junto aos produtores talvez por intermédio dos sindicatos rurais, das associações, por meio de comunicação (TV, Rádio, Internet ), o que ñ falta é meios para chegar estas informações até o produtor. Realmente existem industrias fazendo parceria com produtores mas ainda muito regionalizado, precisamos levar estas idéias e iniciativas para todo o Brasil ai sim podemos pensar grande em termos de ovinocaprinocultura brasileira.

Igor Vaz

Pelotas - Rio Grande do Sul - Produção de ovinos
postado em 26/04/2011

O Eduardo é grande autoridade na ovinocultura e falou tudo. Complemento dizendo que todo frigorífico quer abater ovinos, porém poucos tomam a iniciativa de buscar parcerias com produtores de modo a obterem um animal de qualidade com peso e engorduramento ideal. A reclamação que eu observo por parte da indústria é: não existe oferta suficiente de animais aptos e acabados. E o produtor reclama que não há preço, que quando tem o animal terminado não consegue preço justo. A cadeia não fecha pois o frigorífico não se comunica com o produtor e vice-versa. O produtor ainda tem o preconceito contra a indústria e não tiro a razão, na balança da fazenda aferida pelo inmetro o peso do animal é um, na balança do frigorífico o peso sempre é menor. É preciso haver entendimento. O frigorifico precisa tratar o produtor como um integrado e o produtor deve ter o frigorífico como parceiro.Um não sobrevive sem o outro. O frigorífico quer escala? Para produzir durante o ano inteiro um cordeiro de 35kg tem um custo, e o frigorífico tem que se comprometer a pagar. O frigorífico vai pagar o bonus pelo animal diferenciado? Então o produtor precisa se comprometer em entregar o animal terminado.
Quem está trabalhando desta forma, com parceria, integração, está tendo sucesso. Isso tanto na ovinocultura quanto na bovinocultura.

Roberto Rocha

Belo Horizonte - Minas Gerais - Produção de ovinos
postado em 26/04/2011

Aqui em Minas Gerais com certeza estamos abandonados tanto pela indústria quanto pelo Governo. Continuamos criando na esperança de em breve a coisa melhorar...

Lutero de Andrade Oliveira

Piripiri - Piauí - Produção de ovinos
postado em 26/04/2011

A Nova Zelândia assim como o Brasil apresentam condições favoráveis para a produção, de excelentes carcaças de ovinos e caprinos, Agora só na Nova Zelândia a indústria busca insistentemente melhorias na atividade visando a qualidade através de uma integração entre os setores da indústrias e setor produtivo. Já no Brasil, o incentivo da indústria na produção de carne ovina e caprina deixa muito a desejar, esta parceria é vista como gargalo, porém, atualmente é perceptível que novos programas estão sendo lançados na busca da formalização e integração destes setores. Em todas as regiões do País estão sendo desbravadas para a identificação e capacitação de novos produtores com garantia de padronização e qualidades de seus animais.

Bruno Fernandes Sales Santos

Dunedin - Otago - Nova Zelândia - Produção de ovinos
postado em 26/04/2011

Boa tarde a todos,

Discussão de alto nível e de suma importância. A monha opinião é que a indústria está mais presente do que nunca na Ovinocultura brasileira. Esta presença no entanto, deve ser melhor ajustada e fazer com que todos sejam beneficiados. Temos observado grande movimento em torno da cadeia produtiva devido aos altos preços do mercado, demanda crescente e ausência de cordeiros de qualidade para atender o consumidor.

Ao mesmo tempo nós produtores ainda tentamos buscar maneiras de aumentarmos a receita e cobrir os custos com a produção, mas ainda assim a conta é difícil de fechar pois não temos cordeiros suficientes para cobrir a folha de pagamento, os insumos (alimentação, medicamentos, manutenção, investimentos e etc. O que nos retira o lucro é a nossa própria ausência de produtividade, isto é, desmamar maior número de cordeiros do que o número de matrizes do rebanho, todos os anos. Isto eleva muito nosso custo de produção e nos dá a falsa impressão de que a atividade não é boa.

A empresa frigorífica passa pela mesma situação com relação ao processamento da carne ovina. Trta-se de uma indústria que opera muito abaixo da capacidade de produção, porém, os custos fixos são altos e os problemas dentro das linhas são enormes em termos de manutenção, mão de obra, perdas e desperdícios, estoques e etc. O maior problema, no entanto, refere-se à impossibilidade de determinar uma rotina de abates, devido à falta de cordeiros de qualidade no mercado, com poucas exceções. Existe ainda, o fato dos abates utilizarem animais desuniformes, que viajam longas distâncias e muitas vezes fora das especificações. Nas linhas de abate é frequente verificarmos carcaças  danificadas por facas e pelos próprios funcionários da linha, o que reflete em baixos rendimentos e queda na qualidade das carcaças.

Pessoal, se os produtores precisam melhorar muito os aspectos gerenciais e produtivos, os frigoríficos ainda tem que evoluir muito também. E rápido para poder acompanhar a velocidade da ovelha. Temos todos muito a melhorar, pois é impossível haver evolução se não hopuver comprometimento de todos. A Nova Zelândia conta com organizações poderosas como o New Zealand Meat Board e Beef and Lamb New Zealand, de propriedade dos produtores e totalmente integrado com o mercado, pesquisa e desenvolvimento, promoção da atividade e etc. As maiores empresas de abate, processamento e comercialização, são coperativas de produtores. As empresas privadas trabalham dentro dos modelos estruturados para que todos tenham participação na cadeia de valor.

No Brasil temos muitas vezes de acompanhar os abates para não sermos lesados pelos frigoríficos. Por outro lado, frequentemente enviamos um lote de cordeiros para abate com pesos que vão dos 25,0  aos 45,0 kg. Quando não enviamos alfuma sovelhas velhas no meio.....

O mercado está aí precisamos nos organizar, sentar e discutir, todos tem de estar comprometidos e rápido!

Bruno Santos.

Edgenalvo Azevedo Feitosa

Garanhuns - Pernambuco - Técnico em Agropecuária
postado em 27/04/2011

A industria da ovinocaprinacultora no Brasil  ainda esta um ouco aquem do pode ser feito.Esta presicisando háver maior intregração entre o produtor  e á indutria e esta oferecendo incentivos ao produtor  para que  haja melhorias no setor produtivo .

Edemario Marques de Almeida

Pintadas - Bahia - Abate beneficiamento e comercialização de ovino/ca
postado em 27/04/2011

Prezado Eduardo!  parabenizo sua explanação que muito contribui com o debate nacional da caprinovinocultura. Só lamento o fato de ainda  haver a deconfiança entre produtor e frigorífico, referente ao peso da carcaça. Temos várias experiências de pesos no balanção, assim conhecido, que realmente não tem conferido, não porque praticamos atos ilícitos, muito pelo contrário chamamos o produtor pra dentro da indústria e orientamos todo o passo a passo, desde a logística, descanso "jejum hídrico", abate, toalete e pesagem. Sou gerente do frigorífico de uma cooperativa e quase não há  essa desconfiança por aqui, nossa relação tem sido muito transparente ganha*ganha. Infelizmente convivemos com essa cultura, que em alguns momentos tem sido desgastante más superaremos.
Abçs
Edemário Marques

Walter Celani Junior

Uberaba - Minas Gerais - Consultoria/extensão rural
postado em 27/04/2011

Olhar para os países que fazem sucesso, sempre é bom para nortearmos nosso desenvolvimento.

Porém, temos que observar vários aspectos.

1 - Nova Zeândia exporta 90% daquilo que produz, o seja, o consumo é alto, mas a produção é muito maior. Isso aqui no Brasil é o inverso, o que prejudica um pouco a padronização.

2 - Devido ao fato de não produzirmos o suficiente, a padronização fica em segundo plano, já que o produtor tem a garantia de vender qualquer coisa que produz.

3 - A indústria por sua vez, compra qualquer coisa, ja que a demanda é grande e não temos, hoje, a interferência da concorrência estrangeira.

Poderia enumerar uma série de outras coisas, mas não seria o caso aqui.

Quanto à indústria, temos que analisar de maneira muito prudente, já que, o Brasil é muito grande e fica difícil estabelecer unidades em todos os estados, o que limita a ação dos frigoríficos.

Não há como negar que a indústria está a todo vapor e quem tem produto está vendendo tranquilamente e a preços muito bons. Aqui na região de Uberaba ou no triângulo mineiro como um todo, não há o que reclamar.

No que diz respeito à qualidade, existem algumas empresas que estão abatendo e pagando muito bem pela qualidade, como é o caso da VPJ. Eles estimulam o cruzamento indústrial, dão consultoria aos produtores e pagam um preço muito bom pelo animal de qualidade.

Temos que entender a indústria, que, para colocar produtos padronizados no mercado, tem que exigir melhor trabalho dos produtores.

Portanto, os produtores tem que trabalhar com controle de  custos, orientação técnica adequada, logística, cooperação de parceiros, etc.

Não se cria ovinos como se cria bovinos, tanto é que hoje, o preço mínimo que recebemos é de R$ 150,00 por arroba. Isso não é ilusão, é realidade.

Compram animais de 30 quilos de pv a R$ 5,00 reais  o quilo para fazer terminação.

Tem muita gente produzindo, mas não sabe os meandros da comercialização. Onde eu atendo meus assistidos, temos vendido toda a produção e não temos tido nenhum problema.

Pessoal, aproveitem que  a a tividade está em alta e invistam em orientação profissional.

É isso!!!!!!!!!

Nei Antonio Kukla

União da Vitória - Paraná - Consultoria/extensão rural
postado em 27/04/2011

A indústria vem enxergando a ovinocultura como um promissor nicho de negócio. Isto vem fazendo com que despertem o interesse para o setor, coisa que a pouco nem se importava e estão se deparando com um setor muito extrativista, ou seja, a atividade não é exercida com o profissionalismo que precisa. Neste sentido, a indústria começa a colocar-se ao "lado"do criador tentando introduzir o uso de tecnologia ou mesmo organização com um interesse por trás disso tudo.

KiLOViVO - Ovinocultura de precisão - (65)99784004

Tangará da Serra - Mato Grosso - Técnico
postado em 28/04/2011

Certamente, se olharmos para o passado, atualmente existe uma PRESENÇA maior de indústrias que processam, beneficiam e distribuem a carne ovina. No entanto, só consigo ver a PRESENÇA; faltam especificidades quanto às ações efetivas no sentido de promover a produção da CARNE DE CORDEIRO. Preciso fazer uma distinção entre dois tipos de empreendimentos que trabalham, atualmente, visando abastecer o mercado consumidor de carne ovina. Vou batizá-los de Nº 1 e Nº 2 para melhor poder distingui-los conforme segue:

Nº 1 - É edificante, inovador, arrojado e cada vez mais competente: são empreendimentos que investem primeiro na produção da matéria-prima que vai gerar o produto requerido pelo consumidor. É o resultado de um processo de transformação e beneficiamento que é realizado por indústrias frigoríficas CONTRATADAS para fazer, apenas, esse trabalho. A distribuição e/ou comercialização são realizados pela empresa que planejou, organizou e administra um trabalho que inicia em rebanhos específicos e termina na mesa de consumidores fieis e satisfeitos. Esse modelo tanto está sendo desenvolvido por empresários competentes e arrojados, como por ovinocultores organizados em sistemas associativos que são, também, igualmente competentes e arrojados. Pretendo identificar aí o início de algo que, num futuro não muito distante, estará disputando com a Nova Zelândia o mercado internacional da CARNE DE COREIRO.

Nº 2 - Estes são os empreendimentos que tem, VIA DE REGRA, um plano operacional que visa aproveitar as oportunidades de lucrar sobre a demanda cada vez maior por carne ovina e, para isso, optam por investir em plantas frigoríficas específicas. São empresas pequenas, médias e, também, MUITO grandes e poderosas que, infelizmente, são daninhas à Ovinocultura Brasileira por serem oportunistas, hipócritas, perversas e especialistas em aproveitar-se da boa vontade, da ilusão e da esperança de ovinocultores movidos por entusiasmos efêmeros. Têm como objetivo principal a compra de matéria-prima pelo MENOR preço POSSÍVEL para fabricar produtos finais para serem vendidos pelo maior preço que o consumidor pagar. A história nos mostra, há décadas, que assim como elas aparecem fazendo muito barulho, elas fracassam por motivos idiotas do tipo: falta de regularidade no abastecimento de MATÉRIA-PRIMA, falta de padronização da MATÉRIA-PRIMA, inviabilidade do custo de transporte da MATÉRIA-PRIMA, além da falta de incentivo e comprometimento com os seus fornecedores de MATÉRIA-PRIMA.

Bem, para não ser vencido pela tentação de dar NOME aos Nº 1 e aos Nº 2, vou atalhar por aqui este comentário que deveria estender-se para promover uma defesa mais eficiente da nossa ovinocultura. Acredito não ser este nem o momento e nem o local mais oportuno para comentar certas realidades.

É importante que saiamos da acomodação da platéia e passemos a ocupar posições definidas no cenário através da manifestação de opiniões, ensinamentos, experiências, críticas e sugestões.
Um abraço

Guterres

Rio de Janeiro - Rio de Janeiro
postado em 29/04/2011

Os registros de Eduardo Amato e Igor Vaz, condizem realmente com nossa realidade, já que perdemos competitividade ao longo de muitos anos sem investir no setor, mas, acredito, com as iniciativas pontuais que se observa, o Brasil chegará ao patamar da eficiência produtiva, com uma melhor capacitação dos ovinocultores para processos de produção de resultados mais rápidos e uma indústria mais audaz, com projetos de parceria, com resultados satisfatórios para ambas as partes.

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