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Austrália: menos cordeiros em 2011

postado em 22/12/2011

Em 2011, o total de cordeiros nos leilões da Austrália, reportados pelo Serviço Nacional de Informações Pecuárias (NLRS) do Meat and Livestock Australia (MLA), 1% com relação aos números de 2010. A menor oferta foi resultado de um lento começo de ano, com a produção melhorando desde o inverno.

Os preços da carne de cordeiro nos quatro meses de abertura de 2012 ficaram abaixo dos preços do mesmo período de 2011, com o período do meio de fevereiro até o começo de maio registrando preços 20-30% menores. Entretanto, deve-se ter em conta que os preços no começo de 2011 ultrapassaram os níveis recordes anteriores. Os preços recordes em 2011 foram principalmente resultado do primeiro ano completo de boas condições de produção, estimulando maiores compras de cordeiros e ovinos para terminação ou reabastecimento.

Os caprinos estão se tornando um grande negócio na Austrália, tanto que o país acabou de formar uma Rede Nacional de Comunicação da Indústria Caprina, que vai lançar um amplo guia de boas práticas na produção caprina.

Em junho, os estados orientais da Austrália abateram 2% menos cordeiros que no mesmo mês de 2010, enquanto os abates durante o ano financeiro de 2010-11 caíram 7% com relação ao ano anterior, de acordo com dados do Meat and Livestock Australia (MLA).

Os produtores de cordeiros da Austrália podem esperar receber preços fortes nos próximos anos, embora o rebanho nacional deva reduzir. Essas previsões fazem parte das Projeções da Indústria Ovina 2008 do Meat and Livestock Australia (MLA), recém divulgadas. O relatório do MLA também nota que um declínio no rebanho de cria, o aumento nas dívidas rurais e nos custos deverão limitar a expansão da indústria de cordeiros nos próximos cinco anos.

Os preços instáveis da lã e um declínio no comércio de ovinos vivos têm levado alguns produtores australianos a buscar diversidade, adotando raças africanas voltadas ao mercado de carne ovina orgânica.

Estimativas preliminares divulgadas pelo Australian Bureau of Statistics na semana passada indicam que o rebanho ovino da Austrália em junho de 2009 totalizava 71,6 milhões de cabeças, uma queda de 7% (ou 5,4 milhões de cabeças) com relação ao mesmo período do ano anterior. Isso segue uma queda de 10% no rebanho registrada em junho de 2008 - o maior declínio anual do rebanho ovino australiano desde 1973.

A pesquisa mostrou que a recuperação da seca requereria a cria durante vários anos porque existiam poucos ovinos disponíveis para compra. Entretanto, o rebanho ovino australiano poderá se recuperar rapidamente porque 72% de todos os ovinos eram ovelhas.

O Comitê Australiano de Previsão de Produção de Lã (AWPFC) na semana passada anunciou uma queda de 5 milhões de quilos, para 345 milhões de quilos, na produção prevista de lã para 2012/13. Isso veio junto com a afirmação de que a produção de 2011/12 também caiu em 3 milhões de quilos, com relação aos 345 milhões de quilos estimados. De acordo com o Australian Wool Innovation, a revisão foi baseada nos menores números finais de ovinos reportados pelo Australian Bureau of Statistics (ABS).

Enquanto os níveis de abates de 2006 foram os maiores desde 2002, os números totais permaneceram bem abaixo dos níveis registrados durante a década de noventa, quando os abates anuais ficavam em entre 14,5 a 18,75 milhões de cabeças.

Uma pesquisa do Trangie Agricultural Research Centre, na Austrália, contribuiu para um estudo que mostrou que a qualidade e a quantidade de cortes de lombo, topside e round de cordeiro podem ser impulsionadas pelo aperfeiçoamento da raça. A cientista do Departamento de Indústrias Primárias de New South Wales, na Austrália, Sue Mortimer, disse que novas informações genéticas revelando os níveis de herdabilidade para uma série de características de composição de carcaça de cordeiros foram relacionadas com características do animal vivo pela primeira vez.

Em 30 de junho de 2006, o rebanho ovino da Austrália foi estimado em 91 milhões de cabeças, menos que a estimativa anterior, de 92,7 milhões de cabeças. Isso representa um declínio de 10 milhões com relação à estimativa para 2005 e um declínio de 20 milhões desde o censo anterior de 2001. O rebanho ovino australiano está passando por um período extenso de liquidação desde que atingiu a marca de 170 milhões de cabeças em 1990 e agora está em seu nível mais baixo desde o início da década de 1920.

Segundo o Meat and Livestock Austrália (MLA), os principais fatores que reduziram os preços dos cordeiros foram o aumento na oferta de animais, a forte competição com outras carnes e o alto dólar australiano. Os maiores números de cordeiros de segundo cruzamento disponíveis em 2006-07 (após um ano de produção razoável em 2005-06) e a seca levaram ao aumento no número de abates de cordeiros de cerca de 8% no ano.

Um conjunto de programas de educação e treinamento de produtores está gerando melhoras substanciais na produtividade e nos lucros da indústria ovina da Austrália. Os produtores estão mudando suas práticas agrícolas pois vêm participando de workshops, de acordo com o Centro Cooperativo de Pesquisa para Inovação da Indústria Ovina (Sheep CRC).

O Departamento de Agricultura e Alimentos da Austrália Ocidental lançou seu primeiro aplicativo de smartphone chamado "Flystrike Assist" para ajudar os produtores a controlar a miíase. A responsável pelo desenvolvimento do Departamento, Mandy Curnow, disse que o aplicativo tornará mais fácil e rápido o acesso às informações sobre tratamentos preventivos e períodos cruciais de retenção.

Autoridades do Reino Unido estenderam a zona de restrição imposta ao redor do cluster de casos da doença da língua azul após animais na região de Essex, sudeste da Inglaterra, terem sido encontrados com a doença.

O que você procura como produtor?

postado em 29/02/2012

Os desafios e oportunidades para uma produção rentável de ovinos nunca tiveram um melhor momento do que o atual. É fundamental que os ovinocultores não apenas "zelem" pelo patrimônio genético adquirido ao longo dos anos de produção como também busquem melhorar o rebanho por meio da compra de animais geneticamente superiores. Desta forma, o melhoramento genético é uma estratégia a longo prazo com principal objetivo focado no aumento da rentabilidade. A negligência dessa ferramenta tão imprescindível é refletida diretamente nos índices zootécnicos do rebanho.

Tornar a gestão da propriedade rural mais eficiente e competitiva. Este é um dos objetivos da Assistência Gerencial e Tecnológica (Agetec) aplicada em quatro regiões da Bahia com criadores de ovinos e caprinos. O trabalho é baseado na metodologia idealizada pelo Projeto Educampo realizado em Minas Gerais em 1997, pensado como um modelo intensivo de assistência técnica e gerencial para grupos de produtores de uma mesma atividade econômica, ligado a uma agroindústria. A intenção é possibilitar a capacitação gerencial e técnica desses grupos para que seja possível desenvolver os aspectos de gestão da propriedade.

Mais credibilidade, mais profissionalismo. Esses são alguns dos resultados registrados em apenas cinco meses de implantação da assessoria gerencial na Cooperativa dos Empreendedores Rurais de Jussara (Coperj), na Bahia, que abriga 470 produtores de ovinos e caprinos. A Assessoria Gerencial integra a estratégia de apoio do Sebrae baiano ao projeto de verticalização da ovinocaprinocultura da Bahia.

Representante do Movimento Fundo de Pasto, que reúne 506 comunidades e 90 mil famílias de agricultores rurais e pequenos produtores da região, Paulo Saulo sintetizou a importância do Centro Vocacional Tecnológico Territorial, inaugurado, na última sexta-feira (10), em Senhor do Bonfim, município do Território do Piemonte Norte do Itapicuru. "Os pequenos produtores e a agricultura familiar da nossa região não tiveram até agora uma oportunidade como esta". Voltado para a ovinocaprinocultura e derivados da carne de ovinos e caprinos, o CVTT é uma iniciativa da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado (Secti), em convênio com a prefeitura local. Trata-se do terceiro equipamento do gênero inaugurado na Bahia.

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