Fechar
Receba nossa newsletter

É só se cadastrar! Você recebe em primeira mão os links para todo o conteúdo publicado, além de outras novidades, diretamente em seu e-mail. E é de graça.

Você está em: Cadeia Produtiva > Especiais

Dificuldade para encontrar mão de obra qualificada no campo: confira a opinião dos leitores

postado em 30/08/2011

1 comentário
Aumentar tamanho do texto Diminuir tamanho do texto Imprimir conteúdo da página

 

No início do mês, o FarmPoint lançou uma enquete perguntando aos leitores sobre as atuais dificuldades para encontrar mão de obra qualificada no campo.

Na ovinocaprinocultura, assim como em outras atividades, um dos grandes gargalos é a ausência de mão de obra qualificada e especializada para desenvolver as atividades básicas na produção de ovinos e caprinos. Muitos produtores notam que alguns funcionários manejam ovinos e caprinos da mesma forma que são manejados os bovinos, pois grande parte dos contratados são oriundos de propriedades que têm como foco a bovinocultura, o que gera impactos negativos. Essa falta de mão de obra especializada dificulta a adesão dos produtores a novas tecnologias, como a utilização da inseminação artificial e outras práticas de manejo mais complexas, pois para isso, é necessário pessoal capacitado.

A visão da propriedade rural como uma empresa faz também remeter a essa questão. Hoje qualquer empresa, em qualquer área, busca encontrar profissionais que desenvolvam um trabalho qualificado. Esta excluído do mercado aquele que se apresentar improdutivo e ineficiente. Nas propriedades rurais, na maioria das vezes, essa situação é diferente, pois há um crescente deslocamento de pessoas da zona rural para a zona urbana na busca de melhores condições de vida, fazendo com que os contratadores tornem-se menos seletivos. Uma outra diferença é que em comparação com a indústria e os serviços, a mão de obra rural é a mais despreparada e desqualificada.

Confira os comentários de destaque

O mestrando em Nutrição Animal de Londrina/PR, Cicero Leandro de Sousa, comentou que a questão de mão de obra qualificada deve ser revista, pois todos os anos são formados milhares de técnicos nas instituições de ensino e muitos ficam desempregados por não terem a chance de uma primeira oportunidade. "Sou aluno de pós graduação e vejo muito dificuldade de encontrar essa primeira oportunidade. Sempre é exigido experiência, mas como colocar em prática toda a teoria e vontade de trabalhar que temos ao sair da faculdade se não há espaço?" Corroborando com a opinião anterior, o zootecnista Paulo Andrade de São Paulo/SP, frisou que o mercado está aquecido mas que ainda falta mão de obra qualificada. "Eu no papel de técnico vejo que muitos produtores preferem contratar uma mão de obra barata e não especializada ao invés de ter uma pessoa técnica que esteja capacitada para trabalhar com esse tipo de criação. Muitos alegam de a contratação de um zootecnista é um gasto muito alto, entretanto não sabem que trata-se de um bom investimento".

De acordo com Jaime de Oliveira Filho, consultor de Itapetininga/SP, todo profissional de qualquer área deve entender que para conseguir a confiança do produtor, ele deve ter preços modestos no seu primeiro contato. "Com o tempo, o profissional tem condições de mostrar para o produtor que os resultados valem a pena e então o produtor passa a divulgar para os outros. É lógico que todo profissional que se forma tem vontade de iniciar a carreira ganhando bem, mas na realidade não é bem assim".

Para Nei Antônio Kukla, consultor de Porto União/SC, vivemos numa carência imensa de capital humano. "Ao longo dos anos vários problemas foram aflorando no meio rural como diminuição da margem de lucro, fracionamento das propriedades, investimento maciço de empresas em reflorestamento, falta de investimento concreto numa extensão rural eficiente que levasse soluções aos agricultores, principalmente jovens. Não vamos nem falar em mão de obra qualificada, pois não há mão de obra nem que você queira treiná-la. Muitos produtores tem a sua exploração limitada ao fator de capital humano, sendo que não podem aproveitar ao máximo o potencial de suas propriedades em decorrência da falta de pessoas para trabalhar. Repito, vivemos um colapso de capital humano. Acho que está na hora de empresas, principalmente as que trabalham em extensão rural, sejam elas públicas ou privadas, refletirem melhor às suas ações e conduzir os seus extensionistas a fazerem um trabalho de resultados".

Equipe FarmPoint

Avalie esse conteúdo: (e seja o primeiro a avaliar!)

Comentários

RICARDO MEDEIROS

Natal - Rio Grande do Norte - Produção de ovinos de corte
postado em 02/09/2011

o maior problema que persiste a muitos anos é a mentalidade do produtor rural.

não investe em um profissional capacitado para investir em genetica e animais que não serão tratados a contento.

Na minha opinião dão um tiro no proprio pé

saudações

Ricardo medeiros

Quer receber os próximos comentários desse artigo em seu e-mail?

Receber os próximos comentários em meu e-mail

Envie seu comentário:

3000 caracteres restantes


Enviar comentário
Todos os comentários são moderados pela equipe FarmPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

Copyright © 2000 - 2024 AgriPoint - Serviços de Informação para o Agronegócio. - Todos os direitos reservados

O conteúdo deste site não pode ser copiado, reproduzido ou transmitido sem o consentimento expresso da AgriPoint.

Consulte nossa Política de privacidade