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Especialista comenta sobre o scrapie no Brasil

postado em 31/03/2008

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O especialista em medicina animal e leitor do FarmPoint Luiz Alberto Oliveira Ribeiro,professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul comenta sobre o artigo "Scrapie", publicado no Radar Técnico de Sanidade. O especialista contribui comentando os trabalhos recentes sobre scrapie em ovinos no Brasil. Confira:

"Li com curiosidade a revisão sobre scrapie publicada neste site. Como contribuição gostaria de mencionar trabalhos recentes em ovinos no Brasil, assim como dados sobre prevalência dos diferentes genótipos em ovinos do rebanho nacional por nós publicado.

O scrapie foi introduzido no Brasil pela importação de ovinos da raça Hampshire Down de rebanhos ingleses em 1978. Desde então, devido à política de importação de ovinos da Europa ou mais recentemente da América do Norte (Canadá / USA), foram registrados sete surtos da doença ocorridos nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul (RS). Os dois últimos casos da doença envolveram ovinos criados no MS e RS. Até 2001, a doença foi registrada em ovinos importados. O que preocupa é que os registros de scrapie de 2003 (PR) e os dois registrados em 2006 foram em ovinos nascidos no Brasil, o que sugere que essa enfermidade não pode ser mais considerada exótica em nosso rebanho.

Já está bastante consolidado na literatura internacional que a manifestação clínica do scrapie, assim como sua transmissão, está associada a fatores genéticos. Pesquisadores ingleses determinaram que a susceptibilidade à doença, especialmente em ovinos das raças Down (H. Down e Suffolk), é determinada por combinações nos códons 171 e 136 do DNA. Assim, os animais podem ser classificados como AARR (R1- risco mínimo), AAQR (R3 - pouco a médio risco), AVQR (R4- médio a alto risco) e AAQQ (R5- muito sensível). O trabalho de genotipagem para scrapie realizado em ovinos das raças H. Down e Suffolk por pesquisadores das Faculdades de Veterinária da ULBRA e UFRGS mostrou alta prevalência de animais AAQQ (55,04%) e somente 5% AARR. Os dados indicam presença de animais altamente sensíveis ao scrapie no rebanho nacional. Por outro lado, genotipagem realizada em ovinos da raça Santa Inês criados no nordeste mostrou que 41% dos animais pertenciam ao grupo de alto ou médio risco e somente 10% foram do genótipo resistente.

Finalmente, deve-se mencionar que a genotipagem para scrapie tem despertado interesse, embora seja uma técnica relativamente nova e de custos razoáveis para o criador. Alguns poucos centros veterinários realizam exames para resistência ao scrapie. Em particular o Laboratório de Biotecnologia Veterinária - ULBRA em Canoas está credenciado pelo Ministério da Agricultura para realizar esse exame."


Mariana Paganoti de Oliveira, Equipe FarmPoint.

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