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Ivan Saul, Médico Veterinário, Mestre pela UFPEL e sócio da Granja Po'a Porã

postado em 08/09/2010

5 comentários
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Ivan Saul

Ivan Saul é médico veterinário, mestre em medicina veterinária pela UFPEL - Pelotas/RS. Atuou como professor universitário na área de biologia e fisiologia celular e no presente, voluntariamente aposentado, sente falta da sala de aula e desfruta a vida criando "ovelha lanada" em clima subtropical.


Breve descrição pessoal

Ivan Saul, Médico Veterinário e Mestre em Medicina Veterinária pela UFPEL - Pelotas /RS. Atuei como professor universitário na área de biologia e fisiologia celular e no presente, voluntariamente aposentado, sinto falta da sala de aula e desfruto a vida criando "ovelha lanada" em clima subtropical.

Atuação profissional

A Granja Po'A Porã (prosperidade - em tradução livre do idioma guarani) é uma propriedade de pequeno porte situada na região metropolitana de Curitiba, com área de preservação ambiental correspondente a mais de um terço de sua superfície, que se presta ao estudo da viabilidade da ovinocultura intensiva e sem suporte externo (financeiro ou técnico - público ou privado). Criamos Hampshire Down, sobre fêmeas mestiças em diversos graus de sangue Ile de France, Texel e Suffolk e selecionamos, principalmente, "habilidade materna" à qual se segue a "resistência às parasitoses" e ao "foot rot". À partir deste casco inicial de boas mães rústicas, estamos buscando a definição racial que nos permita alcançar o registro genealógico da integralidade do rebanho.

Qual é a sua maior realização?

Ser ovelheiro podendo trabalhar numa atividade tão gratificante que está no limite entre a economicidade e o vício. As maiores realizações humanas são: biologicamente - sobreviver, e filosoficamente - ainda vão acontecer. No futuro, quem sabe uma roseta de Grande Campeão da EXPOINTER simbolizando alguma contribuição para a ovinocultura nacional.

O que está melhorando no setor

A publicidade, pelo menos se discute a atividade; e os investimentos em todas as áreas correlatas que vão, eventualmente de cima para baixo, estabelecer uma cadeia produtiva. Tudo que dá muito certo economicamente, se estabelece assim - ao inverso, vende-se um produto do qual ninguém precisa que se torna uma obrigação para todos. Assim foi com a indústria automobilística e de informática, por exemplo.

O que acha que falta no setor

A panacéia - remédio para todos os males - da ovinocultura seria o desenvolvimento do senso crítico do consumidor ao ponto que o capacitasse para discernir entre as opções que tem a sua disposição. Quem quer carne de cordeiro, paga por carne de cordeiro e não come ovelha de descarte do Uruguai; assim como usa lã e não se veste com resíduo de petróleo.

6) Qual personalidade admira no setor?

O ícone da ovinocultura brasileira, Francisco José PERELLÓ Medeiros - Superintendente do Registro Genealógico da ARCO. Pelo seu exemplo de perseverança, parece que já estava "lá" quando todos nós chegamos (e que vai continuar quando tivermos ido). Os "velhos", Ory Antunes da Silveira, Mário Burck Santos, e assim vai...

7) Qual empresa admira no setor?

É cedo para dizer quanto as empresas mais recentes, Paramount LANSUL, com certeza.

8) Dica de sucesso ou frase preferida:

"Reze pelo melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier." (Provérbio hebraico)
"O dicionário é o único lugar em que o sucesso vem antes do trabalho." (Albert Einstein)
"Não me interessa nenhuma religião cujos princípios não melhorem, nem levem em consideração, as condições dos animais." (Abraham Lincoln)

9) Quais os serviços do FarmPoint você utiliza mais?

A "newsletter" é o mais importante no meu ponto de vista, é uma forma ágil de informação especializada.

10) Como o FarmPoint lhe auxilia no dia-a-dia?

"A comunicação é a arma do comando e a informação é sua munição", sem querer ser doutrinário, sendo. É muito importante saber o que os outros atores envolvidos na atividade pensam, dizem e como agem; senão para reagir, no mínimo para ter assunto na beira da lareira.

Saudações ovelheiras.

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Comentários

Edgar Miquelanti

Atibaia - São Paulo - Consultoria/extensão rural
postado em 08/11/2010

Excelente entrevista. Parabéns pela iniciativa. Se houver alguma forma de compatirlhar sua experiência como ovelheiro independente seria interessante para os novos interessados que como eu acredita que algum projeto possa vingar à margem da intensiva organização comercial-industrial que coloca pressão no produtor, mais uma vez repetindo o velho modelo bovino no Brasil.

Saudações,

Ivan Saul

São José dos Pinhais - Paraná - Produção de ovinos
postado em 09/11/2010

Prezado Miquelanti e demais colegas de FarmPoint.

Agradeço a gentileza da tua postagem, acredito que esta seja a "minha missão", acabar com tanto mistério na ovinocultura da atualidade. Esta mística em torno do tema serve exclusivamente aos interesses daqueles poucos que sempre levam vantagem em tudo no nosso Brasil, os que só aparecem por vaidade e nunca somam à atividade produtiva.

Ovelhas e cabras alimentam a humanidade há milhares de anos, existiam antes da domesticação e continuarão existindo, nem que seja nos zoológicos, depois que todos os humanos se tornarem ecochatos, verdes, orgânicos, vegetarianos, e outras bobagens da moda (ou da miséria que se oculta nela - quem não come não gasta).

O preço da independência é o cofre raspado, meu colega. Porém, minha limitada experiência e conhecimentos, estão ao teu dispor e de todos aqueles que participam da atividade ovinícola nacional e têm interesse no estabelecimento de uma cadeia produtiva justa e forte, exceto "o zorro, o carancho e outros predadores" que embora façam parte da atividade não lhe agregam valor.

Se eu posso fazer alguma recomendação aos que estão começando, e se ainda der tempo, comecem pequenos e resistam às tentações do crescimento até estarem completamente estruturados e estabelecidos, do contrário serão obrigados a aceitar as pressões e os preços aviltantes "só para desocupar o campo!" Embora a danada da ovelha insista em nos dar 1, 2, 3 ou mais cordeiros todo ano.

Obrigado e um grande abraço meu parceiro.

Saudações ovelheiras!
Ivan Saul D.V.M., M.Sc.Vet. - Granja Po´A Porã, 09/nov/2010.

waldir morosini

São Paulo - São Paulo - Produção de ovinos
postado em 25/05/2012

parabens Ivan...com ovelheiros pensando como voce...as 100 milhoes de cabeças neste pais estao proximas.

Ivan Saul

São José dos Pinhais - Paraná - Produção de ovinos
postado em 29/05/2012

Caro Morosini e demais colegas de FarmPoint.



Agradeço o contato e aceito orgulhoso o cumprimento!



Temo te chatear dizendo que não acredito em expansão do rebanho e, como base e explanação para este pensamento, cito a grande novidade da "Instrução Normativa 11/2012 da SDA/MAPA" (publicada há poucos dias e noticiada aqui mesmo no FarmPoint), da qual transcrevo um trecho abaixo.



MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 11, DE 22 DE MAIO DE 2012

O SECRETÁRIO SUBSTITUTO DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, blá,blá,blá... resolve:



Art. 1º Publicar o Subprograma de Monitoramento em Carnes (Bovina, Aves, Suína e Equina), Leite, Pescado, Mel, Ovos e Avestruz para o exercício de 2012, referente ao Plano Nacional de Controle de Resíduos Biológicos em Produtos de Origem Animal - PNCRB, na forma dos Anexos I e II à presente Instrução Normativa. (Fonte: D.O.U.)



Quero dizer, se o Governo, que é parceiro necessário para o crescimento de qualquer atividade econômica, omite a espécie ovina do seu "Plano", que inclui equinos e avestruzes como espécies de valor para a pecuária de corte... "TAMO FERRADO!!!"



Em algum lugar, chegam a usar a justificativa da defesa da saúde do consumidor brasileiro, quando se percebe facilmente que o objetivo é proteger os frigoríficos exportadores das barreiras protecionistas externas (por via e força de Lei). O tal plano, ao não incluir carne ovina, esfrega na nossa cara que somos considerados um bando de amadores que ninguém leva a sério. Como dizia meu velho -"uns diletantes"!



Assim, ao não legislar para a espécie, estão condenando a atividade ao vazio legal que, enfim, resulta no bom e velho "quem pode mais chora menos" ou, quem detém o poder econômico regula a coisa conforme lhe seja mais vantajoso no momento.



Outras questões:

- quem fiscaliza/inspeciona a carne importada, procede de acordo com qual norma?

- ou não precisa inspecionar as importações já que a norma uruguaia ou neozelandesa é melhor que a nossa, só o que brasileiro produz é porcaria?

- diante da ausência de alternativas terapêuticas, como fica o produtor de leite que vive mergulhado em mamite, fecha o tambo e vamos comprar leite na Holanda como compramos batatas da Bélgica?



Olhar o mundo desde um gabinete em Brasília é fácil, meu amigo, não precisa medir consequências e ainda dá para viajar de férias, comprar carrão e ´otras cositas más´, por conta de quem fornece essas idéias brilhantes. Burros somos nós que insistimos em trabalhar para viver!



Desculpa o pessimismo e muito obrigado pela tua postagem! É uma injeção de animo que recebo, já que me sinto bastante desestimulado pelos rumos que a atividade vem tomando nos últimos tempos, é muito bom saber que alguém mantém o entusiasmo!



Ao teu dispor por aqui... Forte abraço!



Saudações ovelheiras!

Ivan Saul D.V.M. M.Sc.Vet. - Granja Po´A Porã, 29/mai/2012.

ivansaul.blogspot.com - granjapoapora.com

Gustavo A C Mendez

Itajaí - Santa Catarina - Varejo
postado em 25/07/2012

Feliz; de Encontrar un Amigo.colega e personalidade como é Ivan Saul...tal vez não lembre de mim pois não estou ligado a sua profissão e sim  a sua pessoa ;  Humana e Solidaria...se pasaram tantos anos, gostaria entrar em contato via e-mail ..uruguaioten@gmail.com
Meu Nome Gustavo Camandulli
última vez que nos falamos 1997 - em Centro de Integração do Mercosul-Ufpel - RS
Abraços..

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