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Obama promete fim de barreiras comerciais

postado em 21/03/2011

6 comentários
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu ontem rever a situação para suspender as barreiras comerciais impostas aos produtos brasileiros. Em visita ao Brasil durante o final de semana, o chefe de estado norte-americano disse, em discurso no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro, que há esforços para acabar com as barreiras.

A declaração de Obama foi uma resposta à cobrança da presidente Dilma Rousseff, com quem esteve reunido durante todo o sábado. Durante o encontro, Dilma pediu o fim de barreiras protecionistas a setores produtivos da economia americana, como condição para intensificar relações comerciais entre os dois países. Em declaração conjunta à imprensa no Palácio do Planalto, Dilma citou setores como o de biocombustíveis, especificamente o etanol, exportação de carne, algodão, suco de laranja e aço, produtos brasileiros que precisam enfrentar sobretaxas para entrar nos Estados Unidos.

O Brasil e os Estados Unidos travam várias disputas comerciais em decorrência das barreiras impostas pelo governo norte-americano a vários produtos nacionais. A presidente defendeu o equilíbrio das relações comerciais numa referência ao déficit que há na balança brasileira em relação ao intercâmbio comercial com os Estados Unidos.

De 2000 a 2010, a balança comercial entre o Brasil e os Estados Unidos passou de um superávit em favor do Brasil de US$ 290 milhões para um déficit de mais de US$ 7,7 bilhões, de acordo com dados consolidados no ano passado pela área econômica. No discurso deste domingo, Obama não mencionou detalhes sobre os esforços feitos para resolver a questão e nem citou o problema do déficit.

Sábado, Dilma disse que está preocupada com os "feitos agudos gerados pelas crises recentes", mas que reconhece os esforços feitos pelo presidente Obama para dinamizar a economia norte-americana, abalada pela crise dos últimos anos. "Somos um país que se esforça para sair de anos de baixo desenvolvimento. Por isso buscamos relações comerciais mais justas e equilibradas. Para nós, é fundamental que sejam rompidas as barreiras que se erguem contra nossos produtos", defendeu a presidente Dilma.

O tom do discurso foi classificado pela própria presidente como de franqueza. "Se queremos construir uma relação de maior profundidade, é preciso também com a mesma franqueza tratar de nossas contradições", argumentou Dilma, que chegou a falar da necessidade de apreender com os erros, ao tratar da necessidade de reforma dos fóruns internacionais. "Preocupa-me igualmente a lentidão das reformas nas instituições multilaterais que ainda refletem um mundo antigo."

Dilma citou a ampliação da participação de países emergentes como o Brasil no Banco Mundial e no Fundo Monetário Internacional (FMI), mas ressaltou que foram mudanças limitadas e tardias, se olhadas sob o contexto da crise econômica. A presidente afirmou que o pleito do Brasil de ter assento permanente no Conselho de Segurança das Organizações das Nações Unidas (ONU) não é movido pelo interesse menor da ocupação burocrática dos espaços de representação.

"O que nos mobiliza é a certeza de que um mundo mais multilateral produzirá benefícios para a paz e harmonia entre os povos. Mais ainda, senhor presidente, nos interessa aprender com os nossos próprios erros", afirmou Dilma. "Foi preciso uma gravíssima crise econômica para mover o conservadorismo que bloqueava as reformas das instituições financeiras", ressaltou.

A reportagem é do Jornal do Comércio, resumida e adaptada pela Equipe FarmPoint.

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Comentários

Luiz Henrique da Silva Mussio

Lins - São Paulo - Frigoríficos
postado em 21/03/2011

Infelizmente o discurso e a intenção de qualquer presidente norte-americano esbarra no protecionismo de seus representantes politicos.

Evándro d. Sàmtos

Guarulhos - São Paulo - Revenda de produtos
postado em 21/03/2011

A presidente Dilma me surpreendeu positivamente,na recepção e na forma de se dirigir ao presidente Obama,gostei muito mesmo!

Possa ser que as barreiras comerciais caiam mais rapidamente mesmo,primeiro porque subsídios têm elevados custos ao país que o concede,segundo porque há uma necessidade gritante dos EUA vender seus produtos,terceiro porque os EUA têm grande interesse em um parceiro que sugira confiança no fornecimento de petróleo.

Precisamos entender que o Obama veio até aqui sobre tudo para vender,e muito menos do para comprar.

Este homem (Obama) é,de fato,muito importante para o nosso tempo atual,pena o país dele,durante todo o seu governo,estar atravessando uma crise tão profunda.

Mas neste momento ele luta para manter a liderança política e econômica mundial,e isto vem ocorrendo em varias frentes,inclusive a que envolvem a força bélica.

Energia,commodities,apoio,é disto que o senhor Obama esta atrás.

Contudo isto,neste momento,para nós de todo não é ruim,sobre tudo se nossos governantes estiverem comprometidos com os reais interesses da nação e de seu povo.

Oportunamente,Obama falou de ciências e tecnologia,falou também infra-estrutura,falou de melhor formação de mão de obra,de educação,justo em nosso país e falando para a nação brasileira,teria sido ao acaso,ou por acaso,ele abordar tais temas?

Obama precisa fazer parcerias,precisa empregar seu povo,ainda que estes empregos sejam fora de seu país.

E nós somos compradores,ou se preferirem importadores de mão de obra de médio e alto nível.

Obama veio dizer também,que o mundo atual é mais serio,muito menos corrupto do que o nosso país,e que o custo Brasil é muito alto,e isto se dá muito pela endêmica corrupção existente na coisa publica e mesmo dentro de nossas empresas.

E quando não somos corruptos,somos,ainda,descomprometidos com projetos de médio e longo prazo.

A classe intermediária que atua em nossas empresas,em sua maioria,atua primeiramente em seu próprio nome e interesse,somente depois se houver possibilidades se olha e se defende,de fato,os interesses das empresas que os acolhe.

As cartas estão postas,tudo,ou quase tudo foi dito,mesmo que lido nas entre linhas.

Saudações,

EVÁNDRO D. SÀMTOS.

Evándro d. Sàmtos

Guarulhos - São Paulo - Revenda de produtos
postado em 21/03/2011

Precisamos deixar de ser exportadoras de matérias primas básicas.

Necessitamos urgentemente de investimentos reais em EDUCAÇÃO,CIÊNCIA,TECNOLOGIA.

Precisamos de um judiciário mais atuante e equânime,que faça,de fato, valer as leis de forma igualitária.

Precisamos ser mais transparentes com a coisa publica.

Precisamos punir com veemência a corrupção,o trafego e trafico de influencias.

Precisamos ganhar as características e conceito de país e de pessoas serias.Isto em nossos governos e também por nossas empresas,sejam elas de quaisquer que sejam os ramos de atividades.

Precisamos ser éticos.

Saudações,

EVÁNDRO D. SÀMTOS.

Carlos Henrique Moreira Cassimiro

Água Azul do Norte - Pará - Frigoríficos
postado em 21/03/2011

Esperamos que com essa visita realizada pelo Sr. Barack Obama - Presidente EUA ao Brasil venha-se a melhorar a nossa Relação Comercial EUA = BRASIL, principalmente no que se diz respeito as "Barreiras Protecionistas" - Comerciais (Práticas que distorcem os preços e as condições de concorrência (subsídios ou incentivos às exportações)), impostas pelos nossos companheiros americanos relacionadas aos nossos produtos: Bens de Consumo/Commodities: Gerados pelo AGRONÉGOCIO BRASILEIRO, produtos estes que não deixam "a desejar", ou seja, não fica atrás de nenhum outro produto, de nenhum outro país importador, preferencialmente no quesito de QUALIDADE e PRODUÇÃO (Demanda Global). São várias as commodities que podemos produzir e exportar, mais uma se torna em especialmente em destaque a CARNE BOVINA BRASILEIRA, produto este que já estão em sintonia com Responsabilidade Sócio-Ambiental, Produtos "IN NATURA", processados e manipulados em modernos processos de industrialização e obedecendo as mais rígidas normas e leis sanitárias Nacionais e Internacionais (ANVISA/ MAPA / FAO Etc..). Lembrando que:
O Brasil possui atualmente uma economia forte e sólida. O país é um grande produtor e exportador de mercadorias de diversos tipos, principalmente commodities minerais, agrícolas e manufaturados. As áreas de agricultura, indústria e serviços são bem desenvolvidas e encontram-se, atualmente, em bom momento de expansão. Considerado um país emergente, o Brasil ocupa o 10º lugar no ranking das maiores economias do mundo (dados de 2007). O Brasil possui uma economia aberta e inserida no processo de globalização.
PIB (Produto Interno Bruto): R$ 3 675 trilhões (ano de 2010) ou US$ 2,21 trilhões
Principais produtos exportados pelo Brasil (2009): minério de ferro, ferro fundido e aço; óleos brutos de petróleo; soja e derivados; automóveis; açúcar de cana; aviões; CARNE BOVINA; café e CARNE DE FRANGO.

Danilo Machado Fontenla

Viradouro - São Paulo - Frigoríficos
postado em 23/03/2011

Eu só gostaria de saber se o senhor Obama comeu em restaurantes brasileiros nesses dias em que nos visitou... Aí fica a pergunta, se o "todo poderoso" presidente americano pode comer nossa carne e não passou mau em momento algum (se tivesse passado teriam feito um escândalo na mídea), por que nossa carne é imprópria para entrar em território americano? Por que temos higiêne para recebê-lo aqui e não temos higiêne suficiente para exportar carne para seu povo?

Gostaria que essa pequena reflexão fosse levada adiante e, quem sabe com um bom marketing, não precionamos mais essas barreiras.

Grande abraço a todos,
Danilo Fontenla.

Carlos Magno Frederico

São Paulo - São Paulo - Distribuição de alimentos (carnes, lácteos, café)
postado em 24/03/2011

Prezados(as) Leitores(as),

Não esqueçam de que ele (Obama) não tem poder absoluto para tal decisão, tal qual foi com seus antecessores, ou seja, o congresso americano tal como é aqui no Brasil é que legisla, executa e outorga as permissões; Porém o Brasil está com uma grande carta na manga que são as previsões de dobrar em quase 5 anos as nossas reservas de petróleo e gás, além das que já descobrimos e temos um grande conhecimento em energia limpa. Nos resta torcer, porém sem grandes expectativas para que a frustração não seja grande novamente!
Abç
Carlos

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