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Pesquisa: planejamento da atividade será o maior desafio para a ovinocultura brasileira em 2012

postado em 06/01/2012

4 comentários
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Em dezembro o FarmPoint perguntou aos seus leitores quais seriam os principais desafios para a produção de ovinos em 2012. A enquete contou com a participação de produtores de 22 estados brasileiros, e 15,85% das respostas apontaram o planejamento da atividade como a maior preocupação em 2012. O segundo desafio mais apontado pelos leitores foi o escalonamento e a padronização da produção, com 14,34% das respostas. A união dos produtores ficou em terceiro lugar com 12,83% das respostas.

Gráfico 1 - Qual será o maior desafio para a ovinocultura em 2012?



Além das opções propostas pelo FarmPoint, alguns leitores sugeriram outros desafios para 2012:

- Definição de uma boa raça produtora de carne;
- Aumento do rebanho;
- Mercado estável;
- Cultura brasileira;
- Expansão da produção com base tecnificada;
- Padronização da qualidade da carne;
- Existência de frigoríficos específicos para o abate;
- Melhoramento genético;
- Manutenção do preço atual do cordeiro;
- Organização para a comercialização da carne ovina;
- Gestão da Informação.

Dentre os leitores participantes da enquete, os paulista tiveram maior participação (25%), seguido dos gaúchos (21%) e dos mineiros (8%).

Comentários de destaque

"Já alcançamos níveis excelentes na genética. Esse ganho tem que ser transferido ao produtor final. As informações de gestão têm que chegar ao pequeno e médio produtor".

"O desafio é planejar a realização de ações concretas que consigam tirar o setor do status de atividade secundária na propriedade".

"Há muitos anos trabalho com ovinos como técnico e criador e observo que todas as tentativas de desenvolvimento do setor tem esbarrado na falta de organização de toda a cadeia produtiva. Os produtores não se profissionalizam, as entidades têm focos direcionados para melhoramento, etc. O setor industrial também não considera a atividade importante comercialmente. Portanto enquanto não houver organização do setor seguiremos nesta gangorra de avanços e recuos que acabam desestimulando qualquer pessoa que queira ser efetivamente um ovinocultor".

"Muitos criadores estão na informalidade por falta de escala, a união dos produtores pode ser uma saída para o escalonamento da produção e a integração vertical da cadeia (produtores/indústria) pode ser uma grande saída para esse entrave da ovinocultura de corte".

"Não há projetos contundentes no Rio Grande do Norte. Os existentes não tem políticas sérias no setor, a produção é totalmente clandestina e a mão de obra desqualificada, pois mesmo tendo cursos oferecidos, geralmente pelo Sebrae, são pouquíssimos que se interessam, até mesmo pela própria cultura dos funcionários das fazendas serem analfabetos, dificultando assim o aprendizado".

"Em vários supermercados do Rio Grande do Norte e outros estados do Nordeste a carne de caprinos e ovinos está a preços altíssimos. É necessário produzirmos para que o produto compita com outras carnes vermelhas, aumentando a oferta do produto".

"É necessário investir no aumento e manutenção de matrizes no campo e priorizar o aumento de produtividade do rebanho nacional".

"Um dos grandes problemas da ovinocultura de corte na minha opinião é a dificuldade de ampliação do rebanho com matrizes de qualidade, principalmente matrizes com um bom estado de sanidade".

"Conforme levantamento que fizemos junto a pessoas envolvidas com a ovinocultura no Sul do Brasil, algumas ações relacionadas ao manejo dos rebanhos também são interessantes de serem destacadas: aprimoramento dos cuidados com os neonatos; melhoria do planejamento alimentar de matrizes e de cordeiros; melhoria dos índices de prolificidade elevando a escala de produção. Percebemos que alguns desses itens estão ligados a eficiência de mão de obra que é outro item que aparece nas opções dessa enquete. Que o sucesso do setor se mantenha em 2012".

"Em 2011, houve estoques encalhados de ovinos e mercado retraído (isto a nível regional). Rondônia possui produção razoável e o mercado só reagiu de setembro em diante".

"Meses atrás busquei encontrar qual é a real porcentagem de abates sem inspeção de ovinos e caprinos em relação ao abate total do Brasil e achei dados de média nacional de 90%. Aqui na Bahia falam em mais de 98%. Ficando as perguntas, como divulgar, padronizar, ter confiança em um produto com índices alarmantes como estes! Temos aqui na Bahia 5 plantas exclusivas para abate destas espécies e mais 7 plantas que abatem também bovinos e suínos, num total de 12 que prestam serviço de abate terceirizado para abate de caprinos e ovinos. Destas, temos algumas com mais de 90% de ociosidade em função da concorrência desleal dos abates clandestinos".

Participe você também deixando o seu comentário sobre os desafios da cadeia ovina para 2012! O FarmPoint desde já agrade a sua contribuição!

Raquel Maria Cury Rodrigues, Equipe FarmPoint.

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Comentários

Rômulo Ranalho

Sobral - Ceará - Professor
postado em 06/01/2012

Sobre essa pesquisa gostaria de saber o percentual de produtores do Nordeste que responderam e quais os estados ?
Abraço
Agradeço desde já a atenção !!!

Raquel Maria Cury Pereira

Piracicaba - São Paulo - Mídia especializada/imprensa
FarmPoint - postado em 06/01/2012

Olá Rômulo, bom dia. 20% dos participantes correspondem ao Nordeste.

Os estados foram: Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe!

Um grande abraço e continue participando conosco!

Wilson Ashidani

Madre de Deus de Minas - Minas Gerais - Cereais, reflorestamento e ovinocultura corte
postado em 06/01/2012

Pelo jeito dessa pesquisa me parece que a cadeia carece de ações em todas frentes...
Vou comentar as outras ações dispostas.

- Definição de uma boa raça produtora de carne;
Acho que já temos uma boa base genética com que trabalhar. Precisamos agora, é de sistemas de produção que integrem essa genética às peculiaridades de cada região produtora, pois uma raça que vai bem no Nordeste, pode não ir bem no Sul ou Sudeste, seja por adaptabilidade da mesma ou de mercado consumidor (característica da carne).

- Aumento do rebanho;
Não creio ser o maior problema. Um aumento desordenado só fará cair as cotações tornando a criação menos lucrativa. O melhor é crescer com sustentabilidade (aumento de rebanho com aumento de mercado) mantendo as cotações que dão lucratividade ao setor.

- Mercado estável;
Se for estável "aquecido", concordo! rs

- Cultura brasileira;
A coisa mais difícil de se trabalhar junto ao mercado da carne... mas aos poucos a carne ovina está conquistando o paladar do cosumidor nacional, atributos para isso tem de sobra.

- Expansão da produção com base tecnificada;
É o que ajudará a dar sustentabilidade à esse crescimento.

- Padronização da qualidade da carne;
Questão a ser observada, principalmente quando o mercado começar a ficar abastecido e mais exigente.

- Existência de frigoríficos específicos para o abate;
Coisa difícil de se concretizar hoje em dia, pois um frigorífico precisa abater muitos animais pra se viabilizar... o MAPA já deu sinais de que pretende mudar isso (facilitando a homologação de plantas de abate menores e mais simples) visando diminuir a clandestinidade. Sou mais o incentivo aos frigoríficos de abate de suínos para adaptação de linhas de abate também pra ovinos...

- Melhoramento genético;
O melhoramento se deu muito em cima de animais de elite. Precisamos agora, sem perder o ganho em qualidade da carne, focar em animais mais rústicos e resistentes que facilitarão o manejo, diminuindo o uso de produtos veterinários e barateando o custo de produção.

- Manutenção do preço atual do cordeiro;
O preço ao consumidor não pode ser tal que invibilize o consumo. Por outro lado, deve acompanhar o crescente aumento do custo de produção, caso contrário, lá pra frente trabalharemos no vermelho...

- Organização para a comercialização da carne ovina;
O Sudeste poderia muito bem produzir cordeiros na entressafra da região Sul, com vantagens no manejo da criação.

- Gestão da Informação.
Importante em qualquer atividade empresarial, na ovinocultura de corte, não poderia ser diferente.

jose leodecir messa de deus

Tangará da Serra - Mato Grosso - Ovinos/Caprinos
postado em 06/01/2012

  Sobre a pesquisa poderia informar qual a parti
cipaçao do centro oeste . Ea percentagem de paticipantes do mato grosso . se for posivel.                                                                                                                                                                             Obrigado . abraço

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