Fechar
Receba nossa newsletter

É só se cadastrar! Você recebe em primeira mão os links para todo o conteúdo publicado, além de outras novidades, diretamente em seu e-mail. E é de graça.

Você está em: Cadeia Produtiva > Entrevistas

Confira a entrevista exclusiva realizada pelo FarmPoint com István Wessel, proprietário da Wessel Carnes

postado em 27/11/2012

6 comentários
Aumentar tamanho do texto Diminuir tamanho do texto Imprimir conteúdo da página

 

Em 2010 o consulado da Nova Zelândia marcou uma visita da maior cooperativa de ovinos do seu país, que desejava exportar a carne para o Brasil: o Alliance Group. Produtor da linha Pure South, o grupo tem 65 anos e exporta para quase 70 países, principalmente Europa e Ásia. Depois de conversarem com diversos "players" do mercado, escolheram a Wessel para representá-los.

Em 2012, a Wessel, depois de viagens para Nova Zelândia para conhecer com detalhes a produção e seus diferenciais, fechou acordo com o Alliance Group para importar exclusivamente o cordeiro da Pure South, reconhecida mundialmente por sua alta qualidade.

István Wessel, proprietário da Wessel Carnes ressalta o alto nível da produção da Pure South: "em algumas das 5.500 fazendas cooperadas que visitamos, além da paisagem deslumbrante, os animais são criados em pasto, soltos e com todo rigor em relação à sua saúde e bem-estar. Um dos frigoríficos que conhecemos processa 30 mil animais por dia, aliando tecnologia, alto controle de qualidade com impecável higiene", finaliza.

Os rigorosos controles na criação, alimentação e abate resultam em uma carne macia e suculenta. Wessel explica que o cordeiro é o animal novo, abatido com até cinco meses, que possui a carne mais delicada, rosada e macia por sua tenra idade, o que a torna uma carne premium. Já o carneiro, animal na fase adulta, tem uma carne mais vermelha, rija e de sabor acentuado. No Brasil, a preferência é pelo cordeiro.

Confira abaixo a exclusiva entrevista realizada pelo FarmPoint com István Wessel:

Figura 1 - István Wessel.



FarmPoint - Desde quando a Wessel está no mercado e qual o principal objetivo da empresa?

István - A Wessel foi fundada em 1958 (há 54 anos). O principal objetivo da empresa é o comércio de carnes, mas o diferencial é a exigência na qualidade do produto e a preocupação com a inovação.

FarmPoint - Qual foi a principal motivação para iniciar as importações de carne de cordeiro neozelandesa?

István - Como disse, estamos sempre preocupados em trazer inovação para o mercado, e principalmente em elevar a qualidade do produto oferecido aos nossos clientes, que são muito exigentes. Além do consumidor direto, atendemos mais de 700 restaurantes que são extremamente cuidadosos com a qualidade da matéria-prima dos seus pratos. Sabíamos há tempos que havia uma demanda para a melhoria da qualidade do cordeiro oferecido internamente. Por isso fizemos esse acordo de fornecimento com a Pure South da Nova Zelândia, que é o maior produtor do país, com uma qualidade de carne irrepreensível.

FarmPoint- Como os produtos importados serão colocados no mercado brasileiro e quais são os cortes importados?

István - Inicialmente o nosso cordeiro será vendido para o mercado de food service (restaurantes) e alguns supermercados selecionados. Além de vendas diretas pelo nosso site (www.wessel.com.br) e loja da Avenida Faria Lima, 2383, em frente ao Shopping Iguatemi. A Wessel começa a distribuição com 7 cortes diferentes: o tradicional e cobiçado Carré de Cordeiro, a Alcatra de Cordeiro, que o mercado chama erroneamente de Picanha, o Lombo de Cordeiro com 100% de carne, sem nervos ou gordura, o macio e único Filé Mignon de Cordeiro, o Pernil de Cordeiro com aproximadamente 2 kg cada, a Paleta de Cordeiro, famosa nos rodízios do país e o Ossobuco de Cordeiro, ou Stinco, popular na gastronomia francesa ou italiana.

Figura 2 - Cortes importados.



FarmPoint - Como funciona a ovinocultura na Nova Zelândia?

István - A Nova Zelândia é um país com 4 milhões de habitantes e 35 milhões de ovinos! Imagine qual a importância da produção desse animal. Os rigorosos controles na criação, alimentação e abate resultam em uma carne macia, suculenta e de qualidade consistente durante todo o ano. A ovinocultura na Nova Zelândia é muito profissional e avançada. Várias empresas participam da cadeia produtiva. Por exemplo, a AbacusBio alia biotecnologia com pesquisa de opinião para entender como o consumidor reage a cada alteração feita pelos agrocientistas. A Oritain, uma empresa que certifica os produtos agrícolas neozelandeses, por meio de análises geoquímicas, atesta a origem de cada produto exportado pelo país. O mercado é bem grande. Somente a Alliance Group, dona da marca Pure South, tem 5.500 fazendas cooperadas.

FarmPoint - Qual a sua opinião sobre a ovinocultura brasileira hoje?

István - A ovinocultura no Brasil ainda está apenas começando. Com o grande aumento no consumo, nas duas ultimas décadas, certamente o Brasil será um importante produtor de cordeiro. O maior desafio é justamente a consistência na qualidade ao longo do ano. E isso não é fácil de atingir, já que a ovelha tem cio, seu período fértil, por um curto período do ano. Consequência disso é a grande produção em um período curto do ano e uma longa entressafra. A Nova Zelândia, conseguiu, através da diversidade de climas e de temperaturas, cruzar as fêmeas durante oito meses em cada ano estendendo a produção por um longo período. Certamente o Brasil conseguirá resolver esse problema no futuro.

Para mais informações acesse www.wessel.com.br

Equipe FarmPoint

Avalie esse conteúdo: (5 estrelas)

Comentários

eldar rodrigues alves

Curitiba - Paraná - governo
postado em 28/11/2012

OLa
Parabens , porem ressaltamos que as femeas da raça POLL DORSET  ciclam praticamente o ano todo, inclusive as F1    

Miguel Angel

Paso de los Toros - Tacuerembo - Uruguai - Frigoríficos
postado em 28/11/2012

Felicitaciones para Istvan por su empuje.
Pero que no se olvide que en Uruguay (Paso de los Toros) tenemos mucho más cerca corderos de muy buena calidad que él ya los cocino y los probó.

Flavio Schirmann

Formigueiro - Rio Grande do Sul - Ovinos/Caprinos
postado em 28/11/2012

A tecnologia está disponível, o que falta é a organização da cadeia produtiva. Um passso importante seria a criação de uma Câmara Setorial (se é que ainda não existe) onde  todos os "elos" da cadeia pudessem  discutir uma ação integrada na eliminação dos "gargalos" que vão desde a produção até a distribuição ao consumidor final.

wagner giraldi

Mongaguá - São Paulo - Mercado de longa vida
postado em 28/11/2012

fantastico saber que esta tecnologia se expande a todo Planeta, mas, nos somos seu criador, muita sorte a todos e persistencia sempre.

Marcia Maria Nunes Nery

Cáceres - Mato Grosso - Produção de gado de corte
postado em 29/11/2012

Acredito que o problema do Brasil,é a falta de organização da cadeia produtiva.Temos carne
de qualidade,e a tecnologia está disponivel,como bem disse o Flávio do Rio Grande do Sul.
Quem é criador,fica desanimado na hora de vender seu produto! Só não podemos desistir.......e acreditar que tudo vai melhorar!

luiz ferreira dos santos

Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Revenda de produtos agropecuários
postado em 17/11/2013

Prezados Senhores:Gostaria de adquirir os cortes de cordeiro mamão da Nova Zel
ândia,seria possível informar algum revendedor ,para entrar em contato?Agradeço atenção

Quer receber os próximos comentários desse artigo em seu e-mail?

Receber os próximos comentários em meu e-mail

Envie seu comentário:

3000 caracteres restantes


Enviar comentário
Todos os comentários são moderados pela equipe FarmPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

Copyright © 2000 - 2024 AgriPoint - Serviços de Informação para o Agronegócio. - Todos os direitos reservados

O conteúdo deste site não pode ser copiado, reproduzido ou transmitido sem o consentimento expresso da AgriPoint.

Consulte nossa Política de privacidade