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Tortuga alerta: urolitíase em ovinos e caprinos

Por Regina Valle
postado em 20/10/2008

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Esta seção é reservada aos nossos anunciantes.
As informações veiculadas nesta seção são de caráter comercial e não necessariamente representam o pensamento do conselho editorial do site.

 

O que é?

Urolitíase ou cálculo urinário é uma doença metabólica comum em machos ovinos e caprinos. A doença ocorre quando o cálculo (pedra), geralmente composto por sais de fosfato, localiza-se no aparelho urinário e impede que o animal urine. Normalmente, nos ruminantes o fósforo é reciclado através da saliva e seu excesso é excretado através das fezes. Dietas ricas em grãos e pobres em volumoso diminuem a formação de saliva e, portanto, aumentam a quantidade de fósforo excretada via urina. A principal causa de urolitíase é o uso de dietas que contêm níveis excessivos de fósforo e magnésio e/ou quando a relação de cálcio:fósforo está desbalanceada. A falta de água e fontes de água ricas em minerais também são fatores que contribuem para a formação dos cálculos.

Quais categorias animais são susceptíveis?

Embora a urolitíase possa ocorrer em machos inteiros, os machos jovens são os mais susceptíveis devido à castração, a qual impede a influência hormonal (testosterona) necessária para o desenvolvimento pleno da uretra e órgãos genitais. Cordeiros castrados durante o primeiro mês de vida são os mais vulneráveis. A melhor recomendação é a avaliação cuidadosa do sistema de produção para determinar se é necessário ou desejável castrar cordeiros e cabritos. Machos inteiros se desenvolvem mais rapidamente e produzem carcaças mais enxutas, e não há qualquer diferença entre a carne proveniente de cordeiro ou de cabrito castrado ou inteiro. Nas fêmeas, também pode ocorrer a formação de cálculos, mas elas não apresentam dificuldades para excretá-los devido a diferenças anatômicas entre o trato urinário de machos e fêmeas.

Quais são os sintomas?

Os sinais clínicos são variáveis. Eles geralmente começam com agitação e ansiedade. Animais afetados podem sentir dor abdominal, dificuldade para urinar (urinar em gotas), distensão e ruptura da uretra e possível perda de apetite. Os animais podem apresentar o dorso arqueado, edema na região ventral, ranger de dentes e urina com sangue. Com o aumento da dor e desconforto, o animal doente se isola. Nos caprinos, pode haver um aumento da vocalização e contração muscular da cauda. Se não tratados, os animais afetados morrem quando a bexiga se rompe. Neste caso, a urina vai para a cavidade peritoneal e é absorvida pela corrente sangüínea. Às vezes, pode ser necessário o sacrifício de um animal doente para evitar mais sofrimento.

Qual o tratamento?

O tratamento da urolitíase depende da localização do cálculo e pode ser tão simples como a retirada do apêndice vermiforme, processo este que permite a saída dos cálculos. A administração de analgésicos e antiespasmódicos pode ajudar a expelir naturalmente alguns cálculos. Nos casos mais avançados, a intervenção cirúrgica pode ser necessária para salvar animais de alto valor ou animais de estimação. O médico veterinário deve ser procurado, assim que o animal apresentar os primeiros sintomas da doença.

Como prevenir?

Como na maioria das doenças, é melhor prevenir do que tratar. A urolitíase pode ser evitada através do fornecimento de uma alimentação adequada, em que a relação cálcio:fósforo seja de, pelo menos, 2:1. A relação cálcio:fósforo nunca deve estar abaixo de 1:1. Dietas ricas em cálcio são eficazes para reduzir a absorção do fósforo no trato gastrintestinal. Não se faz necessário o acréscimo de magnésio ou fósforo ao concentrado das dietas, sendo importante que elas contenham quantidades adequadas de vitamina A. Suplementos e rações indicadas para outras espécies não devem ser fornecidos a ovinos e caprinos, por não estarem adequadamente balanceados para estes animais. O cálcio extra é bem tolerado pelos ovinos, sendo que, nas dietas em que este elemento mineral está desequilibrado, pode-se adicionar calcário, nunca fosfato bicálcico. Fenos de leguminosas (alfafa, trevo, etc.) são boas fontes de cálcio. Além, o uso de volumoso aumentará a ruminação e a salivação, o que irá aumentar a quantidade de fósforo excretado na urina. Grãos de cereais (milho, cevada, etc.), por outro lado, têm uma relação não desejável de cálcio:fósforo variando de 1:4 a 1:6.
Quando não for utilizada ração comercial (comprada pronta) para ser fornecida aos animais, o técnico que fizer a formulação deverá contar com uma fonte de minerais (núcleo mineral) ou uma fonte de cálcio (como o feno de leguminosas ou calcário calcítico). Os animais devem ter acesso ao suplemento mineral próprio para a espécie, pois ele contém os níveis adequados de minerais sem causar prejuízo aos animais. A oferta adequada de água também é importante, pois a ingestão inadequada da água faz com que a urina se torne mais concentrada, o que propicia a formação de cálculos. A utilização de cloreto de amônio, adicionado à ração ou ao sal mineral, contribuirá para acidificar a urina e evitar a urolitíase.

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Regina Valle    Botucatu - São Paulo

Consultoria/extensão rural

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