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Você está em: Cadeia Produtiva > Espaço Aberto

A divulgação do agronegócio

Por Nei Antonio Kukla
postado em 16/09/2011

3 comentários
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Tenho acompanhado com muito entusiasmo a iniciativa que as entidades, associações, empresas, enfim, que pessoas e órgãos ligados ao agronegócio criaram recentemente através do movimento Sou Agro visando estreitar o relacionamento entre o agro e o urbano. Desta forma, tenta-se divulgar o agronegócio entre os moradores dos centros urbanos para que estes, aprendam como que os alimentos chegam a sua mesa e desta forma a nossa agropecuária receba o valor que merece.

Posso afirmar que há muitas pessoas que não tem noção de como um litro de leite chega bonitinho dentro de uma caixa sofisticada lá na gôndola do supermercado, ou que o bom vinho saboreado juntamente com um salame fabricado pelos gringos (que têm paciência de defumar e cuidar do produto para não apurar a fumaça) são levados à mesa dos consumidores.

O leite levado à mesa dos brasileiros para o saboroso café da manhã não entrou sozinho na caixinha, mas passou por um processo longo de criação da terneira para a geração de uma boa vaca, que após receber um volumoso cultivado sob a mercê da "sorte" do bom tempo e após a ordenha muitas vezes realizada de madrugada, saiu da propriedade e foi até a agroindústria para "entrar na caixinha" e ser servido nas mesas urbanas. E o vinho, que antes de chegar na bela garrafa teve um moroso cuidado na parreira. Vários tipos de pragas tiveram que ser combatidas, o inço teve que ser controlado e depois a uva colhida para ser beneficiada e transformada no vinho apreciado por grande parte da população.

Tudo isso parece um fato sem novidades, pois muitos meios de comunicação e muitos colunistas já mencionaram o assunto. Mas de fato, há a necessidade de sempre estarmos esclarecendo aos nossos amigos do lado urbano como os alimentos chegam até eles na mesa do seu dia a dia. Pasmem vocês amigos leitores, mas nossas crianças nas escolas quando aprendem algo sobre o tema é muito superficial, pois as professoras não estão totalmente capacitadas para tal. Ainda é ensinado o básico, o tradicional. As crianças não conhecem uma horta e se muitas delas olham alguém pegar na teta da vaca para tirar o leite, correm com nojo e nunca mais põe o leite na boca.

Há a necessidade de quebrar paradigmas em relação ao agronegócio. Devemos conscientizar as crianças para que quando adultas, valorizem o campo. Mas também precisamos educar os adultos-urbanos. Não tenho nada contra os urbanos. Vivi muitos anos no centro urbano, mas destaco a necessidade desta conscientização. O agricultor é sempre o culpado quando ocorrem enchentes na cidade por causa do desmatamento, mas a mídia e as pessoas esquecem que nos meios urbanos o "verde" não é preservado. E área verde que eu digo não é o jardim da frente de um edifício, mas sim área de mato a ser preservada. A compensação da área? Onde está?

Aqui me solidarizo com o movimento Sou Agro, pois este é o caminho. Vamos usar botas e chapéus não somente em festas de peão e rodeio, mas sim vestir a roupa do agro todos os dias. Fico feliz que minha filha de 5 anos já sabe o que é uma horta e pede ao pai o pacotinho de semente para semear. Se a mãe dela solicita uma salada, ela diz: "Deixa que eu vou buscar", e volta com o alimento saudável entre as mãozinhas.

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Comentários

José de Ribamar dos Santos

Brasília - Distrito Federal - Produção de leite
postado em 16/09/2011

Concordo com o comentário de que muitas pessoas não tem noção de como o leite, por exemplo, chega à mesa. Parabenizo as iniciativas que estão dando ao Agro. Porém,  ainda temos muito a fazer, esclarecendo ao mundo dos negócios e à população que as fazendas hoje são empresas e conscientizando as indústrias deste fato.

Laerte P. Silva

Brasília - Distrito Federal - Distribuição de alimentos (carnes, lácteos, café)
postado em 19/09/2011

Concordo plenamente com o comentário do colega, e botaria mas uma ressalva vamos
valorizar estes que se propõe a "fazer" o alimento para nos urbanoides,"Eles produtores rurais" normalmente ficam com a menor parte do valor do alimento que chega as nossas
mesas aguentam o frio a chuva e não tem feriado e muito menos ferias proporcionais.
Por isso agradeço essa 'GENTE BOA ' do campo.

José de Ribamar dos Santos

Brasília - Distrito Federal - Produção de leite
postado em 19/09/2011

É verdade. O produtor geralmente fica com a menor parte do valor dos alimentos que produz e chegam às mesas dos brasileiros. Nós temos que cobrir o desperdício que se vê nas Centrais de Abaestecimento (CEASA). A logística ainda não chegou ao campo e as perspectivas são as mais baixas possíveis, haja vista o papel das prefeituras que muitas vezes se deixam envolver por questões políticas e abandonam a parte técnica e financeira da questão. As Cooperativas, os Sindicatos rurais, as Emater, Ministério da Agricultura poderiam levantar esta bandeira porque temos muito que fazer para melhorar, é somente um pouco de boa vontade. As indústrias oferecem uma paraférnalia de máquinas, o crédito é muito burocrático e o alcance deixa a desejar. A nossa qualidade e produtividade ficam prejudicadas.

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