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Am. Latina: biocombustíveis afetarão os mais pobres

postado em 15/04/2008

1 comentário
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Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) a produção de biocombustíveis pode colocar em risco o acesso a alimentos pelos setores sociais mais pobres da América Latina e do Caribe. "Isso (expansão dos biocombustíveis) pode ocasionar mudanças na demanda, no comércio exterior, na destinação de insumos produtivos como terra, água, capital etc., e, finalmente, um aumento nos preços dos cultivos energéticos e tradicionais, pondo em risco o acesso aos alimentos para os setores mais pobres", aponta trecho do documento da organização.

O assunto foi discutido nesta segunda-feira (14) no primeiro dia da 30ª Conferência Regional da FAO para América Latina e Caribe, que vai até sexta-feira no Itamaraty, em Brasília. "Não temos, neste momento, propostas, soluções imediatas. Não existem fórmulas rápidas para a solução de um tema que tem várias questões envolvidas", afirmou um dos técnicos da FAO envolvidos no estudo, Guilherme Schultz.

Os EUA, que destinarão 31% da safra de milho para produção de álcool, foram alvo de críticas. "Não é o cultivo mais adequado tecnicamente para produzir álcool", disse Schultz. Segundo o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto, a Europa também distorce o comércio de alimentos com subsídios para a produção de biocombustíveis e tarifas na importação de produtos agrícolas. "O Brasil produz sem subsídio e de uma forma que não compete com alimentos", destacou.

Para o relator especial das Nações Unidas para o Direito à Alimentação, Jean Ziegler, a queima de centenas de milhares de toneladas de trigo, cereais, arroz e outros produtos para produzir biocombustíveis é um fator primordial para as altas do preços dos alimentos. Apesar disso, ele admitiu que os combustíveis não são os únicos responsáveis.

Outros fatores apontados pelo relator da ONU para a disparada da inflação dos produtos alimentícios foram a especulação dos mercados e a política do FMI (Fundo Monetário Internacional) que, segundo ele, obriga muitos países em desenvolvimento a priorizar sua produção agrícola para a exportação ao mesmo tempo em que têm uma economia voltada à subsistência.

As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

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Comentários

Vicente Romulo Carvalho

Lavras - Minas Gerais - Trader
postado em 16/04/2008

Estamos cansados de manchetes sobre a preocupação dos governantes com os preços do alimentos. E, não vemos nenhum preocupação com o preço do barril de petróleo. A turma do petróleo pode tudo, os produtores de alimentos, nem um preço justo podem. Com comida não se brinca, a coisa é séria e o dia que os produtores encontrarem um preço justo, tudo vai se normalizar, vamos aguardar.

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