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BC reforça compromisso para redução da inflação

postado em 04/01/2011

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O novo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, defendeu nesta segunda-feira (03/01) que no futuro a meta de inflação seja reduzida, convergindo para o patamar praticado na maioria dos países emergentes. Em seu discurso de posse como presidente do BC, Tombini afirmou que a consolidação da atual política econômica e o aperfeiçoamento do marco legal e regulatório no Brasil vai permitir que se discuta a convergência da meta de inflação brasileira para patamares mais baixos. "Creio que esse é um processo que devemos ter ambição de perseguir no futuro", afirmou.

Tombini também defendeu que um sistema financeiro sólido e eficiente é condição para crescimento sustentável. E disse que o BC não hesita em tomar medidas corretivas ou punitivas sempre que julgar necessário. Tombini destacou ainda que é fundamental o fato de o BC ser tanto responsável pela política monetária como pela supervisão bancária, modelo que tem sido copiado por outros países. "O modelo de regulação e supervisão do sistema financeiro no Brasil é referência mundial", disse.

O novo presidente da autoridade monetária também destacou em seu discurso o crescimento do crédito nos últimos anos, mas ponderou que o crédito ao consumo deve perder ritmo, enquanto o financiamento imobiliário tende a ganhar espaço, o que é uma mudança considerada por ele "salutar". Mas ele alertou que é necessário cuidar para evitar o surgimento de bolhas. "O BC monitora e tomará as medidas necessárias para evitar problemas no mercado de crédito", disse.

Tombini assumiu o compromisso de assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda brasileira e com a estabilidade do sistema financeiro nacional, tarefas que estão no mandato do Banco Central. Em seu discurso de posse, Tombini afirmou que a inflação baixa e controlada é uma demanda da sociedade e desafio permanente de todo o governo, mas com responsabilidade especial por parte do BC.

"O crescimento sustentável só pode ser alcançado com estabilidade e inflação baixa", afirmou, destacando que a luta incansável e intransigente pela preservação do poder de compra da moeda foi uma exigência da presidente Dilma Rousseff quando o convidou para o cargo.

Tombini defendeu o regime de metas de inflação, que considera o mais adequado para cumprir o objetivo de preservar a estabilidade econômica. Segundo ele, o sistema facilita a coordenação de expectativas e é de fácil aferição pela sociedade. O novo presidente da autoridade monetária disse que o regime de metas tem sucesso "inquestionável", atua com flexibilidade, absorvendo choque, e é parte do tripé macroeconômico (composto ainda de câmbio flutuante e de política fiscal consistente), que produziu importantes resultados para o Brasil. "O compromisso com metas de inflação é um dos pilares da economia brasileira", disse.

O novo presidente do Banco Central disse em seu discurso de posse que os desafios do BC "continuam grandes". Apesar disso, ele avalia que a instituição tem condições para superar esses desafios "com sucesso". Um desses desafios citados por Tombini é na área de gestão, já que a instituição tem sofrido com a baixa de diversos servidores que têm se aposentado. "Isso requer bastante atenção. Por outro lado, é um momento propicio para avaliar processos e rotinas", disse.

No fim do discurso, Tombini, ao afirmar que hoje é um dia especial, homenageou seu antecessor, Henrique Meirelles, ao citar que nesta segunda-feira está sendo concluída uma das "mais longas e melhores gestões" de quase cinco décadas do BC. "Como participei dessa gestão, a minha humildade não permite dizer que foi a melhor", disse Tombini, tirando gargalhadas da plateia repleta de ministros, banqueiros e nomes do mercado financeiro.

A matéria é de Fabio Graner, Adriana Fernandes e Fernando Nakagawa, da Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

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