Fechar
Receba nossa newsletter

É só se cadastrar! Você recebe em primeira mão os links para todo o conteúdo publicado, além de outras novidades, diretamente em seu e-mail. E é de graça.

BR: real acumula 124,2% de valorização desde 2002

postado em 29/07/2008

Comente!!!
Aumentar tamanho do texto Diminuir tamanho do texto Imprimir conteúdo da página

 

O real já acumula 124,2% de valorização frente ao dólar desde o início do governo Lula. Segundo levantamento feito pela empresa de informações financeiras Economática, a moeda brasileira teve o maior avanço entre países da América Latina e União Européia, no período que vai de 31 de dezembro de 2002 a 25 de julho de 2008. A segunda maior valorização da amostra ficou com a Colômbia, de 61,6%, metade da verificada no Brasil.

Nem o euro conseguiu bater o real no período. A moeda da União Européia aumentou o seu valor em 50% ante o dólar americano. Conforme o levantamento, a única moeda que apresentou desvalorização foi o bolívar venezuelano, cuja queda foi de 34,7%. Em 2008, porém, o campeão de valorização foi o peso colombiano, que até este mês acumula alta de 13,6% ante 12,5% do real. O euro aumentou 6,9% seu valor.

Na avaliação de especialistas, pelo menos no curto prazo não há expectativa desse cenário ser revertido. Com a economia americana enfraquecida e juros baixos, os investidores têm procurado outras opções mais rentáveis de aplicações, especialmente em moedas de países emergentes. O economista da Austin Rating, Alex Agostini, diz que, apesar do mercado mais turbulento, a liquidez do mercado internacional ainda é grande.

Ele destaca que o governo federal já tentou no primeiro trimestre do ano conter a valorização do real frente ao dólar. Elevou para 1,5% a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas aplicações de investidores estrangeiros no País e também pôs fim à obrigatoriedade de os exportadores trazerem de volta ao Brasil os recursos oriundos de suas vendas externas.

As medidas, no entanto, não surtiram o efeito desejado. Na época, o dólar estava cotado na casa de R$ 1,71. Ontem estava em R$ 1,57. "Dificilmente uma medida conseguiria reverter a desvalorização da moeda americana ante as demais moedas locais", destaca Agostini. Na opinião dele, a única decisão que poderia mudar esse rumo seria uma alta dos juros americanos, o que atrairia a atenção dos investidores. "Mas isso está longe de acontecer."

Para o economista, o que os demais países podem fazer é tomar medidas para reduzir a velocidade da valorização das moedas ante o dólar. O Brasil conta com um agravante: o ciclo de aperto monetário. Na últimas três reuniões promovidas pelo Comitê de Política Monetária (Copom), os dirigentes do Banco Central elevaram em 1,75 ponto porcentual a taxa Selic, para 13% ao ano.

A taxa de juro real, que desconta a inflação projetada para os próximos 12 meses, está em 7,2% ao ano - taxa extremamente atrativa para os investidores estrangeiros. "Enquanto a bolsa perde dinheiro, há títulos e papéis atrelados aos juros, como títulos do Tesouro e debêntures, que têm ganhado cada vez mais recurso estrangeiro por causa de sua rentabilidade", diz Agostini.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Avalie esse conteúdo: (e seja o primeiro a avaliar!)

Envie seu comentário:

3000 caracteres restantes


Enviar comentário
Todos os comentários são moderados pela equipe FarmPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

Quer receber os próximos comentários desse artigo em seu e-mail?

Receber os próximos comentários em meu e-mail

Copyright © 2000 - 2024 AgriPoint - Serviços de Informação para o Agronegócio. - Todos os direitos reservados

O conteúdo deste site não pode ser copiado, reproduzido ou transmitido sem o consentimento expresso da AgriPoint.

Consulte nossa Política de privacidade