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Chile teve ano recorde para ovinos

postado em 23/12/2010

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O ano de 2010 foi muito positivo para o setor ovino do Chile. Apesar da queda do dólar e dos problemas que alguns tiveram para entrar com seus produtos em países da União Europeia (UE), o setor terminará este ano com exportações de US$ 30 milhões até novembro, o que é 17% a mais que as vendas de 2009, de acordo com dados do Consórcio Ovino. A expectativa é que o ano termine com exportações que superem os US$ 50 milhões, dado recorde para o setor.

Um consumo estável na Europa e a demanda de outros países se uniram à queda nos rebanhos dos principais países exportadores - Nova Zelândia e Austrália -, para manter forte a demanda e elevar os preços, tanto da carne, inclusive de animais adultos, como da lã.

"Os preços alcançaram níveis recordes em comparação aos últimos 12 meses e estão próximos aos valores no mercado mundial até antes da crise global do ano de 2008", disse o presidente do Consórcio, Juan García.

O futuro também está sendo previsto como positivo. No último Congresso Mundial da carne, em Buenos Aires em setembro, foi apresentada a carne ovina como uma das melhores perspectivas quanto à demanda e preço para os próximos 10 anos. De acordo com os dados entregues pela consultora francesa Gira, projeta-se um crescimento mundial das importações de carne ovina de 100 mil toneladas extras até 2020, às quais se somarão ao déficit presente hoje estimado em aproximadamente 300 mil toneladas.

Com essas condições, a expectativa é que haja um rápido surgimento de novos investidores interessados em desenvolver ou ampliar a atividade. No entanto, a realidade é que é difícil que isso ocorra de forma rápida pelos altos custos de mão-de-obra, pelos ciclos biológicos envolvidos e pelo fato de que os elevados preços no mercado trazerem junto a busca por re-capitalizar os anos ruins através da venda e abate de animais adultos, indica o informe Consórcio.

Embora exista a oportunidade, é necessário convertê-la em realidade. "É necessário encarar os desafios com uma visão de longo prazo focada no aumento da produção, na conquista de novos mercados e numa estratégia de nicho para conseguir melhores preços, diferenciando-se da oferta ovina de outros países, por exemplo, definindo a posição do setor frente à mudança climática. O desenvolvimento do setor ovino a nível nacional continuará não sendo um êxito seguro, se não se desenvolver uma estratégia comum que consiga reunir de forma sólida e duradoura toda a cadeia de produção ovina", disse García.

O Chile representa menos de 2% do total da carne ovina que se movimenta no mercado mundial, dominado pela Nova Zelândia e Austrália. No entanto, nos últimos anos, a América do Sul está adquirindo um maior peso no cenário internacional. "Nesse contexto, o Chile tem possibilidades para se converter em um membro relevante dentro desse grupo, produto de seu acesso a mercados, condições climáticas, disponibilidade de superfície, complementação com outros sistemas pecuários e por suas condições sanitárias".

Até agora nessa temporada, os preços para cordeiros para a UE estão 25% acima dos da temporada passada (US$ 4 contra US$ 3,2 por quilo de carcaça). No entanto, ainda estão abaixo dos preços do Uruguai, Nova Zelândia e Austrália.

O que explica essas diferenças é que nesses países as plantas abatedoras estão enfrentando baixa disponibilidade de matéria-prima e o fato de que o Chile ainda não pode ter acesso com grandes volumes aos melhores preços no destino. Porém, há outros fatores. "Uma baixa integração entre os elos da cadeia produtiva ovina que permitam um melhor planejamento do negócio para todas as partes; parte importante da oferta ovina a nível nacional não tem a condição PABCO UE (certificação para exportar carne à UE), requisito auto-imposto pelo Chile para poder exportar a nosso principal mercado".

Embora nos últimos 10 anos o preço ao produtor tenha quadruplicado seu valor e apresente uma tendência de alta permanente, persiste o problema da informalidade do mercado interno.

"Há que considerar que um cordeiro produzido para ser vendido em setembro tem muitas vezes o dobro do preço que um produzido para venda de outubro em diante, pois os níveis de produtividade alcançados com partos em invernos são geralmente menores aos alcançados no final do inverno e primavera, dado pela curva de produção de pastos. Adequando os sistemas de produção à disponibilidade de alimento um produtor pode abastecer perfeitamente o mercado interno e apoiar o processo de exportação, podendo, então, planejar o crescimento de seu estabelecimento que se tem mostrado confiáveis, seguros e com preços cada vez mais atrativos e estáveis durante a temporada".

A reportagem é do El Mercurio, traduzidas e adaptadas pela Equipe FarmPoint.

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