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Consumo em 2010 deve ser superior ao nível pré-crise

postado em 28/09/2009

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Os brasileiros devem retomar em 2010 - um ano de eleições presidenciais - um nível de consumo igual ou até superior ao de antes da crise. Passada a turbulência, as estimativas dos economistas indicam gastos recordes para as famílias brasileiras no ano que vem. A lista de fatores que vão favorecer o consumo no próximo ano é longa: retomada do emprego, crescimento da renda, juros baixos, a volta do crédito e a gastança do governo federal.

Pelas contas da consultoria MB Associados, a população terá R$ 90,3 bilhões a mais em 2010 em comparação a este ano. O montante é bem maior que o crescimento do consumo em 2009, que foi de R$ 52,6 bilhões. E supera, até mesmo, em R$ 5 bilhões, o aumento de R$ 85,3 bilhões em 2008.

O economista-chefe da LCA Consultores, Braúlio Borges, calcula que o consumo das famílias deve crescer 6,3% em 2010, um ritmo parecido com o de 2007. Em 2008, o consumo das famílias aumentou 5,4% e, neste ano, 3,4%. Borges destaca a força do crédito, que já está voltando à normalidade, e a importância das transferências do governo para impulsionar a demanda doméstica. "A grande novidade para 2010 é o reajuste dos aposentados e pensionistas da Previdência."

Nos últimos anos, explica, quem recebia aposentadoria e pensão acima de um salário mínimo tinha reajuste de acordo com a inflação. Mas, no ano que vem, terá um aumento real de 3%, conforme já foi anunciado pelo governo. Para os que recebem benefícios de até um salário mínimo, o aumento real será de 5,7% em 2010.

O economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, atribui os bons prognósticos para a economia no ano que vem a uma combinação de política fiscal expansionista e política monetária frouxa. Ele afirma que o Brasil está com o nível de juros mais baixo de sua história e que, por conta da defasagem, os efeitos dos cortes da taxa Selic este ano serão percebidos em 2010.

Atentas a esse cenário, as empresas começam a se preparar para 2010, com novos produtos e investimentos. Frederico Trajano, diretor de Vendas e Marketing do Magazine Luiza, diz que está extremamente otimista em relação ao mercado de varejo de bens duráveis para 2010. A Whirlpool, fabricante de eletrodomésticos de grande porte, como fogões, geladeiras e máquinas de lavar, está bastante confiante no desempenho do mercado interno em 2010.

Na indústria automobilística, que foi fortemente beneficiada pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados este ano, o clima também é positivo, apesar da previsão de fim do benefício. O diretor de assuntos corporativos da Ford, Rogelio Golfarb, estima um crescimento das vendas de 5% em 2010 em relação a 2009 - um ano que superou 2008, apesar da crise.

As fabricantes de alimentos, que praticamente não sofreram com a crise, já planejam ampliação de capacidade. "Estou otimista com 2010, porque o mercado interno quase não foi afetado este ano", disse o presidente da cooperativa mineira Itambé, Jacques Gontijo. No próximo ano, ele vai investir em uma nova fábrica de leite UHT em São Paulo e na ampliação da unidade de refrigerados em Pará de Minas. As exportações da empresa, por outro lado, foram fortemente atingidas e ainda não dão sinais de reação. "O mercado externo ainda está muito nebuloso."

A matéria é de Raquel Landim e Márcia De Chiara, publicada no jornal Estado de S.Paulo, adaptada e resumida pela Equipe AgriPoint.

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