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Embrapa: carneiros Booroola receberão certificação

postado em 19/11/2012

1 comentário
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Os produtores de ovinos que já possuem carneiros com a genética Booroola poderão a partir de agora certificar esses animais, graças à recente parceria firmada entre a Embrapa Pecuária Sul, a Secretaria Estadual de Agricultura Pecuária e Agronegócio (Seapa), a Universidade Federal do Pampa (Unipampa), o Serviço nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco). A certificação dos machos reprodutores portadores da genética Booroola tem como objetivo consolidar esse nicho de mercado, com vistas ao incremento da produção de carne por meio da prolificidade. Como já se sabe, a genética Booroola proporciona maior número de nascimentos por parto e é uma tecnologia que, desde 2004, vem sendo trabalhada pela Embrapa Pecuária Sul em ovinos da raça Texel e Corriedade, importantes no Rio Grande do Sul e mais exploradas na produção de carne.

Os novos produtores interessados em adotar a tecnologia Booroola terão agora, com a certificação, a garantia de que seus carneiros detêm o gene, o que agrega valor aos animais. Desta forma também poderão fazer a seleção adequada na hora da reprodução, tanto no que diz respeito ao alimento, quanto à escolha de fêmeas compatíveis com partos múltiplos. Os produtores já adotantes da genética, em um encontro em prol da certificação, promovido em junho deste mesmo ano, na Embrapa, manifestaram sua opinião sobre o Booroola. Por meio de um questionário aplicado no encontro, e também diante do público, demonstraram satisfação em trabalhar com essa tecnologia em seus rebanhos. E afirmaram terem sido recompensados financeiramente apesar do aumento de trabalho atrelado à atividade (conhecido como efeito Booroola). Vale constar que um carneiro possuidor do gene já vem sendo comercializado pelo dobro do preço de um macho comum.

Para o Chefe Geral da Embrapa Pecuária Sul, Alexandre Varella, a certificação do Booroola vai trazer ao produtor maior segurança ao adquirir carneiros com essa genética. "Trata-se de uma parceria muito importante entre as instituições e que vai permitir a disponibilidade e certificação de uma tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Embrapa Pecuária Sul. Neste caso, a certificação de reprodutores ovinos com a mutação Booroola trará segurança aos produtores que desejam adquirir uma genética que estimula a prolificidade no rebanho e o aumento de produção de carne, quando aliado a boas práticas na criação", observa Varella.

De acordo com o Coordenador do Programa de Ovinocultura da Seapa e Coordenador da Câmara Setorial da Ovinocultura, José Galdino Garcia Dias, este projeto vem se somar ao trabalho que está sendo desenvolvido pela Secretaria da Agricultura para a recuperação do rebanho do estado que diminuiu "assustadoramente" nos últimos anos. "Com a certificação dos animais portadores do gene Booroola estaremos proporcionando aos produtores a disponibilização de reprodutores não somente portadores do gene responsável por partos múltiplos. Desta forma, estaremos contribuindo para um aumento no rebanho mais rapidamente. Somos sabedores, também, que este trabalho deverá ter continuidade, pois precisamos de projetos que preparem estes produtores para que consigam suportar em suas propriedades este aumento de assinalação e de ovelhas com partos múltiplos. É um trabalho que está iniciando, mas que não termina por aqui", explica Galdino.

Como certificar?

Para os produtores que quiserem a certificação do gene Booroola será necessário, primeiramente, entrar em contato com a Embrapa Pecuária Sul, por meio do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) e se cadastrar, fornecendo dados como o número e a localização dos animais. Em seguida, o produtor rural receberá a visita de um técnico da Seapa, que fará a identificação e pré-seleção dos animais e a coleta de sangue para realizar a genotipagem.

Esse processo de genotipagem terá o custo de R$ 20,00 por animal e será realizado posteriormente em laboratório pela Embrapa Pecuária Sul, em Bagé, e pela Unipampa, em Uruguaiana. Essa parceria com a Universidade vai permitir a ampliação das identificações dos animais portadores do gene que se localizam no noroeste do estado. Após a confirmação, um técnico da Arco retornará à propriedade para certificar os animais, por meio de uma tatuagem na virilha.

Inicialmente há produtores, espalhados por cerca de 20 municípios do Rio Grande do Sul, que já demonstraram interesse na certificação dos seus carneiros Booroola. E o número de interessados tenderá a crescer cada vez mais, já que novos criadores de ovinos interessados na tecnologia somente aguardavam a certificação para comprarem seus exemplares. Os produtores que quiserem realizar a certificação de seu rebanho devem entrar em contato com o SAC da Embrapa pelos telefones 53-3240.4650 e 3240.4654 ou pelo e-mail sac.

As informações são da Embrapa Pecuária Sul, adaptadas pela Equipe FarmPoint.

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Comentários

Flavio Schirmann

Formigueiro - Rio Grande do Sul - Ovinos/Caprinos
postado em 22/03/2013

Alguma notícia novas em relação a este assunto?Esta é uma ferramenta importante para a ovinocultura...

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