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Espanha perdeu 23.000 fazendas de ovinos em cinco anos

postado em 04/11/2011

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A Espanha perdeu 23.000 fazendas de ovinos nos últimos 5 anos, segundo cálculos dos produtores, devido à baixa rentabilidade pelo aumento nos alimentos animais e em outros insumos e pela queda do consumo de carne no país considerada como "um luxo" para o consumidor em tempos de crise.

No entanto, a recuperação dos preços de alguns produtos ovinos e das exportações alivia a situação de um setor em contínua reestruturação, com perda paulatina de propriedades, mas com as que sobram estando cada vez mais produtivas e dimensionadas.

Sobre a proposta de reforma da Política Agrícola Comum (PAC) apresentada pela Comissão Europeia em 12 de outubro, as organizações agrárias espanholas concordam em criticá-las abertamente, porque não considera a especificidade do setor pecuário espanhol, que nem sempre conta com terras em propriedade para ativar as ajudas europeias que priorizarão o hectare. Elas questionam o que acontecerá com os profissionais que pastoreiam "onde podem", em pastos alheios ou comuns.

O presidente da Interprofissional Interovic, Marco Antonio Calderón, e o maior responsável setorial das Cooperativas Agro-Alimentares, destacou que no último ano, as receitas aumentaram em 15% pela recuperação do valor da pele e da lã, enquanto se mantêm estáveis às da carne, o que tem permitido paliar em parte o aumento dos custos e evitar assim uma catástrofe. A pele e a lã são um "balão de oxigênio" para o setor que "está com água até o pescoço" atualmente, disse ele.

O responsável pela pecuária de corte da Associação Agrária de Jovens Agricultores (Asaja), Adolfo Alcalde, recordou que os censos caíram em 6% entre 2009 e 2010, para 18,5 milhões de cabeças, das quais cerca de 16 milhões são reprodutoras - enquanto que, entre janeiro de 2010 e o mesmo mês de 2011, o número de fazendas caiu para 107.000, frente às 123.000 que havia em 2007. Alcalde reconheceu que os preços "não estão ruins" no momento em que há menos oferta e sempre que os cordeiros são vendidos desde pequenos, porque se engordam, perde-se a rentabilidade devido ao grande aumento do valor dos alimentos. O consumo nacional "quase desapareceu" e caiu até somente 2 quilos por habitante por ano.

O responsável setorial da Coordenadora de Organizações de Agricultores e Pecuaristas (COAG), Vicente Calderón, citou a grande queda no rebanho como fator negativo para a Espanha, ainda que, no lado positivo, tem aumentado as exportações para França e Itália, enquanto cai também a pressão das importações da Nova Zelândia, bem como a oferta europeia. Ele disse que tem-se obtido preços "interessantes" de 90 euros (US$ 123,80) por cordeiro de 25 quilos vivo e que se abrem perspectivas nos mercados externos que animam o setor a seguir adiante, apesar da complicada conjuntura pela alta dos custos de produção.

Sobre a futura PAC, ele disse que há muitas incertezas e não se sabe como ficará, ainda que também detecta elementos positivos: a Espanha poderia destinar até 10% da ficha financeira para programas de qualidade de produtores e os parlamentares europeus poderão influenciar na reforma pela primeira vez.

Os serviços técnicos da União de Pequenos Agricultores (UPA) indicaram que os preços da carne melhoraram nesse ano com relação ao ano anterior, que foi ruim, mas que a recuperação foi absorvida pelo grande aumento, de até 30%, nos custos dos alimentos durante o primeiro semestre de 2011, tendência que se repete também no leite. Sobre o fechamento de fazendas, ressaltaram que pode haver muitas causas por trás da falta de rentabilidade, como o aumento dos alimentos e outros custos, a precariedade desse tipo de tarefas que tornam menos atrativa a atividade e o desacoplamento dos subsídios europeus à necessidade de produzir.

Em 03/11/11 - 1 Euro = US$ 1,37563
0,72687 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)


A reportagem é do Infocarne, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.

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