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EUA e Brasil se unem contra controle de preços

postado em 04/02/2011

1 comentário
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Os Estados Unidos querem formar uma frente com o Brasil contra a proposta do presidente da França, Nicolas Sarkozy, de adoção de controle sobre o aumento de preços das commodities agrícolas.

Esse será um dos principais temas da reunião ministerial do G-20, grupo das maiores economias desenvolvidas e emergentes, marcada para o período de 17 e 19 de fevereiro em Paris. A aliança entre dois dos maiores produtores mundiais de alimentos será proposta pelo secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, à presidente Dilma Rousseff na segunda-feira (07).

Como preparação para o encontro do G-20, Geithner pretende ainda extrair um apoio mais claro do Brasil à campanha dos EUA em favor da mudança na política cambial da China. O objetivo americano tem sido deter - e reverter - a desvalorização artificial do yuan. Nos últimos meses, o Ministério da Fazenda passou a adotar um discurso mais próximo ao americano nessa questão.

No caso dos controles sobre os preços das commodities, o apoio do Brasil será disputado entre EUA e, com menor chance, pela França. Na semana passada, Sarkozy enviou uma carta a Dilma Rousseff - sua primeira correspondência com a nova presidente - sobre sua prioridade no G-20 na redução da volatilidade e da especulação dos preços dos alimentos. Sarkozy defende a adoção de medidas de transparência e de limites aos valores das transações.

Os setores produtores do Brasil e dos EUA - bem como da Argentina e do Canadá seriam duramente afetados pela iniciativa. Os planos de safra já se adequaram à perspectiva de preços mais elevados, em função do aumento da demanda mundial em um ambiente de maior crescimento econômico. Para países como os EUA e o Canadá, nos quais uma quebra de safra por razões naturais chega a atingir 50% a 70% da colheita, essa mudança seria ainda mais nociva.

A mesma autoridade do Tesouro americano afirmou haver boa vontade dos EUA em relação à maior transparência no mercado de commodities. Mas o controle de preço não será aceito. "Queremos trabalhar com o Brasil e outros países para fortalecer o mercado de commodities, conferindo maior transparência aos preços, em vez de impor limites aos contratos comerciais", afirmou. "Brasil e EUA podem se beneficiar com isso."

No âmbito global, o Tesouro americano preocupa-se particularmente com a pressão inflacionária em países emergentes que apresentaram forte aquecimento da atividade no último ano, como é o caso do Brasil e da China. Esse seria outro sério risco à continuidade da atual fase de recuperação da economia mundial. A incerteza sobre o comportamento do preço do petróleo, sujeito à pressão do aumento da demanda e também aos efeitos da crise do Egito, também assombra os economistas.

A reportagem é de Denise Chrispim Marin, para o jornal O Estado de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

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Comentários

José Roberto Puoli

Campo Grande - Mato Grosso do Sul - Produção de gado de corte
postado em 04/02/2011

Caro Miguel,
Talvez, acho eu, teu site nunca teve um desafio tão grande como uma contribuição neste assunto.
Em hipótese alguma podemos, seguer, deixar esta idéia de mexer nos preços das commodities alimentares. Isso somente destruirá tudo o que está sendo feito nos grandes paises produtores de alimento. Hoje, claramente, vise Paul Krugman
http://www.nytimes.com/2010/12/27/opinion/27krugman.html?_r=1&scp=1&sq=the%20world%20is%20finite%20paul%20krugman&st=cse
o mundo está demandando mais alimento. VAMOS LEMBRAR, que esta falta de alimento só não é maior, porque o agricultor tem investido muito no seu negócio. Independentemente, do preço dos alimentos ficarem muito baixos durantes as últimas duas décadas. Se não fosse por todo este empenho dos produtores agrícolas, estes preços estaríam muito mais altos.
Conforme o Paul Krugman concluiu, os preços estão altos pois a demanda de alimentos está alto e o mundo é finito. Nada tem a ver com especulações...... É oferta e demanda mesmo.
Então, Miguel, vamos de alguma forma, via CNA ou o que seja, ENFATIZAR O OPOSTO QUE ESTE PRESIDENTE FRANCÊS ESTÁ QUERENDO, vamos deixar bem claro que é o livre mercado que incentivará mais produção com bons preços e resolverá o problema de comida em 2050.
Se começarem a interferir nos preços agrícolas o futuro alimentar do mundo será muito feio. Não vamos deixar isso acontecer.
Vale lembrar que são justamente os franceses os primeiros a não querer alterar os subsídios agrícolas.........................

Estou ao seu dispor para o que precisar.
Abração
limão

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