Fechar
Receba nossa newsletter

É só se cadastrar! Você recebe em primeira mão os links para todo o conteúdo publicado, além de outras novidades, diretamente em seu e-mail. E é de graça.

Exportação de milho do Brasil bate recorde e seguirá forte em 2013

postado em 23/10/2012

4 comentários
Aumentar tamanho do texto Diminuir tamanho do texto Imprimir conteúdo da página

 

As exportações de milho do Brasil no acumulado de 2012 bateram o recorde anual antes mesmo do final do ano, segundo dados do governo brasileiro, e deverão continuar fortes em 2013 diante da firme demanda internacional, de acordo com analistas.

O Brasil, terceiro exportador global atrás dos Estados Unidos e da Argentina, embarcou de janeiro até a terceira semana de outubro 11,87 milhões de toneladas, apontou nesta segunda-feira a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O resultado sepultou, em menos de dez meses, o recorde anual de 10,9 milhões de toneladas de 2007.

"O Brasil pode superar muito facilmente as 15, 16 e bater as 17 milhões de toneladas de exportação em 2012", afirmou Aedson Pereira, analista de grãos da Informa Economics FNP, em entrevista à Reuters.

Segundo ele, se isso acontecer, o país poderia superar a Argentina na exportação de milho pela primeira vez.

"A Argentina teve quebra de safra e só faz uma safra (o Brasil faz duas safras de milho ao ano), e ela tem limitação do governo, que colocou um teto de 16,5 milhões de toneladas na exportação", ressaltou Pereira, lembrando que o governo do país vizinho mantém o controle sobre os embarques para garantir a oferta interna e evitar pressão inflacionária.

Pereira lembrou que a Argentina esperava colher um safra de 28 milhões de toneladas, mas colheu cerca de 20 milhões de toneladas na temporada passada.

Por parte do Brasil, ao contrário, uma conjunção de fatores está favorecendo as exportações.

O país produziu um recorde superior a 72,5 milhões de toneladas na safra passada, os preços dispararam no mercado internacional com a quebra de safra dos Estados Unidos, o câmbio está favorável às vendas externas e há estoques abundantes, observou o analista.

Além disso, a União Europeia, afetada por uma seca, também está de olho no cereal brasileiro.

Prova disso é que os europeus, em geral contrários a produtos transgênicos, derrubaram nesta segunda-feira barreiras a uma variedade geneticamente modificada semeada no Brasil.

As exportações de milho ganharam mais força nos últimos meses, tendo registrado um recorde de 3,14 milhões de toneladas em setembro, um volume que poderá ser batido em outubro, considerando os embarques realizados nas três semanas deste mês (2,47 milhões de toneladas).

Segundo o analista da Informa, as exportações brasileiras tendem a recuar em outubro em relação aos meses de pico de embarque (julho, agosto e setembro), já que a partir deste mês os Estados Unidos começam a exportar a nova safra. Mas neste ano, pela drástica quebra de safra norte-americana, o cenário é distinto.

"Está havendo um deslocamento da demanda, está mais competitivo aqui, pelo câmbio... Fazendo uma conta bem básica, milho no Golfo dos EUA está 290, quase 300 dólares por tonelada. No Brasil, está 275 dólares, então está competitivo o milho do Brasil."

O Brasil, inclusive, está exportando milho para algumas regiões dos EUA.

Mesmo com uma exportação de 17 milhões de toneladas, um novo recorde histórico, o Brasil ainda fecharia o ano com estoques relativamente altos, de 10 milhões de toneladas, segundo o analista da Informa.

Próximo ano

Outra consultoria, a Céleres, projeta exportações de milho do Brasil em 2012 de cerca de até 15 milhões de toneladas e prevê um novo recorde em 2013, de 20 milhões de toneladas.

"As exportações de milho (da última colheita) devem desacelerar somente em fevereiro, com a chegada da soja no porto", afirmou o diretor da Céleres, Anderson Galvão, em entrevista.

Quando começa a exportação de soja da safra nova normalmente são reduzidos embarques de milho, principalmente pela falta de condições logísticas para a exportação de grandes volumes das duas commodities.

"Pelos nossos dados, a gente acredita na continuação das exportações de milho em janeiro e fevereiro. Agora é só milho. Até entrar com a oferta de soja no mercado, e a gente só vai começar a ser mais ativo com soja no final de fevereiro, a maioria dos contratos é para março e abril", acrescentou Pereira, da Informa.

Outra indicação de fortes vendas para 2013, segundo Pereira, é que foram registrados alguns negócios de milho da safra nova de verão, algo bastante incomum. Normalmente, o forte da exportação é com o produto da segunda safra, com a primeira ficando no mercado interno. No Rio Grande do Sul teriam sido fechados negócios para exportação de 350 mil toneladas, para embarques entre fevereiro e março.

Segundo ele, isso mostra que o Brasil pode ser capaz de continuar atendendo o mercado global de milho até março de 2013, antes de os embarques ganharem força novamente no segundo semestre, como tradicionalmente acontece.

A matéria é do Reuters, adaptada pela Equipe AgriPoint.

Avalie esse conteúdo: (e seja o primeiro a avaliar!)

Comentários

Alexandre Benvindo Fernandes

Rio Branco - Acre - Consultoria/extensão rural
postado em 23/10/2012

Meu questionamento é sobre o valor do milho aqui pro Brasil. Os valores da saca continuarão altos?

Guilherme Alves de Mello Franco

Juiz de Fora - Minas Gerais - Produção de leite
postado em 24/10/2012

Prezados Senhores: Acostumano-mos a criticar aos Argentinos, como se eles fossem, sempre, os vilões da história. Mas, no caso do milho, eles se mostram anos luz a nossa frente, porque protegem seu mercado interno das ondas de aproveitadores, impedindo a saída do produto que poderá danificar outros sistemas produtivos do País.


Na contramão, o Governo Brasileiro, que, anos a fio, vem nos demonstrando sua incompetência no trato com as "commodities" agropecuárias (vide a fraqueza com que o País trata as questões com os povos do Mercosul, que nos peitam a toda hora), e na condução dos meios rurais (vetos ininteligíveis ao Código Florestal, desatenção com as denúncias de importação desenfreada de leite em pó, entre outras), deixa os produtores desprotegidos por completo.


Por isso, apesar de recordes e mais recordes de produção, o preço do milho e da soja, que alimentam nossos rebanhos bovinos, à suinocultura e à avicultura, está cada vez mais proibitivo, fazendo com que muitos de nossos colegas produtores desistam de suas atividades. Esta debandada vai ser sentida daqui a poucos anos, se não houver uma reserva de mercado, tal como acontece na Argentina e em todos os Países mais desenvolvidos.


Portanto, enquanto os produtores brasileiros passam por enormes dificuldades, não há o que comemorar pelos dados  apresentados no texto em comento, que são motivos muito fortes para que nos envergonhemos ante o profissionalismo de países muito menores e com áreas infinitamente mais reduzidas que as nossas e da certeza de nosso amadorismo capital.

GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO


FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG


=HÁ SETE ANOS CONFINANDO QUALIDADE=

Paula Cristina Marcondes Lários

Itiquira - Mato Grosso - Consultoria/extensão rural
postado em 24/10/2012

2012 foi um ano excelente para os produtores de grãos, pois muitos quase quebraram ou até mesmo quebraram na crise de 2005-2006.


Tivemos que compensar o ano exportanto e garantir os bons frutos, as expectativas de 2013 também são boas, mas 2014 não sabemos.


Como não podemos prever o clima com 100% de certeza é melhor exportar e obter lucros esse ano e em 2013 para poder fazer investimentos nas propriedades, comprar novos maquinários e quitar eventuais débitos


Para o pecuarista, grajeiros não foi um ano bom, devido aos preços das rações subirem, mas a economia tem seus ciclos,agora grãos está favorável, mas amanhã não se sabe.


Governo tem que ajudar e não permitir que a produção animal tenha prejuízos para arcar com o preços da alimentação, tem que fazer leilões a preço justo para quem precisa.





Tudo é incerto

Dr. JAIRO PINTO DE CARVALHO

Salvador - Bahia - APRECIADOR DE LEITES E SEUS DERIVADOS.
postado em 29/10/2012

Salvador-Bahia,29.10.2012-2ª feira.



Ao MilkPoint.

Prezados senhores:



O que NÃO CONSIGO ENTENDER, REPITO, É A DESFAÇATEZ  NA QUESTÃO DAS NEGOCIAÇÕES DO MILHO !

HÁ DIAS ATRÁS, DIZIA-SE QUE A PRODUÇÃO DE MILHO, NO BRASIL, ESTAVA COMPROMETIDA EM RAZÃO DA SECA QUE A AFETOU.

JÁ, ULTIMAMENTE, TENHO LIDO QUE TEMOS UMA GRANDE SAFRA E QUE VAMOS SUPRIR  A ESCASSEZ OCORRIDA NOS U.S.A., EM RAZÃO DA SECA LÁ NO HEMISFÉRIO NORTE !

REALMENTE, SOMOS UM PAIS SINGULAR !

E OS PECUARISTAS NO ALTO SERTÃO OS QUAIS FORAM IRREMEDIAVELMENTE ATINGIDOS PELA SECA, COMO FICAM, NA MISÉRIA TOTAL, EM RAZÃO DA DESENFREADA GANÂNCIA DOS AGRICULTORES DO MILHO E DA INDIFERENÇA DOS GOVERNOS ?

É PRECISO UMA ATITUDE DRÁSTICA POR PARTE DA SOCIEDADE !

Grato pela atenção.

Jairo Pinto de Carvalho

Quer receber os próximos comentários desse artigo em seu e-mail?

Receber os próximos comentários em meu e-mail

Envie seu comentário:

3000 caracteres restantes


Enviar comentário
Todos os comentários são moderados pela equipe FarmPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

Copyright © 2000 - 2024 AgriPoint - Serviços de Informação para o Agronegócio. - Todos os direitos reservados

O conteúdo deste site não pode ser copiado, reproduzido ou transmitido sem o consentimento expresso da AgriPoint.

Consulte nossa Política de privacidade