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Governo renegociará até 90% da dívida agrícola

postado em 13/05/2008

5 comentários
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O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou nesta segunda-feira que a medida provisória que trata da renegociação da dívida agrícola deverá ser assinada ainda nesta semana e englobará cerca de 90% do total estimado em 87 bilhões de reais.

"Vai renegociar praticamente tudo, 90 por cento dos 87 bilhões de reais. Isso já foi transformado em medida provisória, estamos levando quase 30 dias para deixá-la em condições de assinatura porque tem tudo o que aconteceu em 30 anos nessa dívida", afirmou Stephanes após o início do 16o Seminário do Agronegócio para Exportação, promovido pela Fiesp em São Paulo.

A renegociação do endividamento rural pode aliviar dificuldades financeiras de milhares de produtores, principalmente na área de grãos, que saíram recentemente de uma das piores crises em décadas, e permitir novos investimentos para elevar a produção.

"Para se ter uma idéia, o texto da medida provisória tem 28 páginas e tudo indica que nesta semana será assinada". Anteriormente, as discussões entre o governo e o setor privado indicavam que a renegociação atingiria cerca de 76% do total da dívida.

Essa dívida, que remonta a 30 anos de pendências com o setor financeiro e que vem sendo prorrogada ano após ano, é considerada pelo ministro como um dos fatores que poderão ajudar o produtor a assegurar uma rentabilidade na próxima safra de verão, que começa a ser plantada no segundo semestre.

"Se o agricultor consegue ter renda e se capitalizar, ele aumenta a produtividade, então a renegociação de toda a dívida é importante, mas não é o único item (para estímulo da produção)", disse Stephanes, admitindo que o Brasil apenas conseguirá equacionar o problema do aumento de custos no médio e longo prazo.

As informações são de Roberto Samora, da agência Reuters.

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Comentários

haroldo geraldo sacramento

guaraí - Tocantins - Pesquisa/ensino
postado em 13/05/2008

Fico feliz em saber que, enfim, deixaremos de ver apenas medidas paliativas relacionadas à crise do endividamento agrícola brasileiro. Agora com essa medida Federal, poderemos exercer com mais confiança os planejamentos obtidos para o agronegócio brasileiro, uma vez que as negociações, diferente das prorrogações, darão fôlego e rentabilidade para a agricultura, fatos relevantes para a elevação da produtividade agropecuária do Brasil, fortalecendo cada vez mais o agronegócio, propulsor do superavit comercial brasileiro.

Iria Maria Davanse Pieroni

Cuiabá - Mato Grosso - Advogada e Produção de Gado de Corte
postado em 13/05/2008

Quiça pudessemos realmente comemorar. Na verdade o Governo Federal dá com uma mão e tira com a outra, quando exige para obter empréstimo que seja o tomador "obrigado" a apresentar licenciamento ambiental, quando sabemos que os agropecuaristas não dispõe de recursos (capital) para investir em reflorestamento. Logo, obrigar o agropecuarista a assinar um termo de conduta quando ele já sabe que não tem como cumprir com esta obrigação é o mesmo que enviá-lo para o corredor da morte.

jose carlos santana cavenague

Barretos - São Paulo - Consultoria/extensão rural
postado em 14/05/2008

Tá bom, já ajuda bastante, mas sto é um remendo, pois o correto seria, já que somos produtores de alimentos, e temos que matar a fome do brasileiro e também exportar, teríamos que ter:

1- preço minimo decente

2- seguro que realmente cubra as despesas e a remuneração do produtor, pois como somos profissionais do campo, quando jogamos no solo o diesel, adubo, herbicida, defensivos e semente, não podemos ficar apreensivos se vai chover porque este ano é da "la nina ou do el ninõ" e o diabo qualquer. Não somos jogadores de cassino que tem que torcer para dar certo uma jogada arriscada. Vivemos do campo e é isso que gostamos e sabemos fazer, pois a nossa função é produzir alimentos.

Na Europa o produtor planta e se eventualmente da uma zebra na produção ( por qualquer problema climático), o governo mediante a produção média da região ve o que ele colheu e complementa o restante, e assim ele paga as suas dividas, troca o seu trator, o seu carro, tira as suas férias etc; isto sem contar que ele tem qualquer coisa como 400 euros por ha , mesmo que tudo tenha corrido bem.

Sendo assim quem produz carro, vende. Quem produz trator, vende. E a cadeia continua em harmonia. Aqui não, se o clima pega o produtor não consegue honrar seus compromissos, quem produz trator, colhedeira etc, diminui a produção, solta os empregados, o governo dá uma canseira danada na gente, e depois de muita humilhação vem com ar de paternalista e é essa insegurança total. É muito facil; seguro, preço minimo e seriedade na fiscalização.

Monica Bernardi

São Paulo - São Paulo - Instituições governamentais
postado em 16/05/2008

Isso é uma bola de neve, não acredito que irá resolver os sérios problemas enfrentados pelo setor quanto à rentabilidade agrícola.

Falta medidas mais sérias , maior comprometimento do governo, maior respeito ao produtor e ao pecuarista brasileiro.

As chaves são: seguro de safra subsidiado, acesso à tecnologia e política de preço justo, não o mínimo experimentado, que é vergonhoso.

Ricardo de Macedo Chaves

São Luís - Maranhão - Pesquisa/ensino
postado em 20/05/2008

Gostaria sinceramente que isto realmente resolvesse nossos problemas. O Brasil precisa de políticas sérias no setor agropecuário. Já chega de medidas paliativas e de curta duração.

Os produtores contam com pouquíssima ajuda do governo federal que apenas ajusta impostos e taxas, não valorizando a nossa real capacidade de produzir alimentos.

Reitero o que dizem vários. Faltam medidas mais sérias, mais justas, com o devido comprometimento do governo e que realmente valorize o setor produtivo do nosso país.

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