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Governo vai trazer milho argentino para o Nordeste sem licitação

postado em 05/04/2013

6 comentários
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Devido a problemas de infraestrutura e logística, o governo federal vai importar milho, mesmo mais caro, da Argentina para abastecer o Nordeste e evitar a morte em massa de mais rebanhos castigados pela seca. A decisão foi tomada na última quarta-feira (03) no Planalto depois da audiência realizada na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) presidida pelo senador Inácio Arruda.

Segundo ele, foram avaliadas várias hipóteses para viabilizar o cumprimento da promessa feita pela presidente Dilma Roussef, em visita ao Ceará na última terça-feira (02), de enviar 340 mil toneladas do grão para atender a demanda da região nos meses de abril e maio.

"O próprio Ministério da Agricultura chegou a conclusão que só nos resta esta alternativa, pois mesmo promovendo leilões para contratar o frete de caminhões, as empresas não estariam interessadas nesse momento em transportar milho para o Nordeste. Isso porque elas estão agora transportando soja e depois será a vez do açúcar. Ou seja, não é a hora do milho", conclui o senador.

Ele explica que, embora haja bastante milho disponível em Goiás, Mato Grosso e Rondônia, não tem como o produto ser exportado para o Nordeste e defende a importação da Argentina. "Não vejo problema em importar milho de um país membro do Mercosul. Além disso, se perdemos no valor do grão, ganhamos no custo do transporte", diz.

Sem licitação

Devido ao caráter emergencial do problema, está sendo aguardada a qualquer momento uma portaria autorizando a compra do milho argentino sem o cumprimento de licitação. "Se o governo for licitar o frete de compra, essa questão só se resolveria em torno de junho. E aí o resto do gado já teria morrido ou sido vendido para outras regiões a preço vil", argumenta.

Falta logística

Conforme divulgado no Jornal do Senado, durante a audiência na CDR, o representante do Ministério da Agricultura, José Maria dos Anjos, admitiu problemas regionais de abastecimento, apesar de não faltar milho, lembrando que a produção do País superou 70 milhões de toneladas na safra de 2011-2012 .

Depois de confirmar o diagnóstico, o presidente da Sociedade Rural Brasileira, Cesário Ramalho, afirmou que o desafio é fazer o produto chegar ao Nordeste, em razão de problemas de infraestrutura e logística. "O que falta não é milho, é logística, que no Brasil é zero, é sucata", frisa.

Além de apontar a inviabilidade da alternativa rodoviária, os participantes reconheceram a dificuldade dos portos do Sul e Sudeste devido as operações de exportação da soja.

Inácio Arruda cobrou agilidade das obras de infraestrutura, como a ligação das ferrovias Transnordestina e Norte Sul. "Precisamos ter diversidade de modais, senão ficaremos eternamente prisioneiros de uma única modalidade: o rodoviário".

A reportagem é do Diário do Nordeste, adaptada pela Equipe AgriPoint. 

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Comentários

cincinato mendes ferreira filho

Montanha - Espírito Santo - Indústria de laticínios
postado em 05/04/2013

Esse governo nosso é muito bom mesmo não consegue nem transportar milho para o nordeste, e a transposição do rio São Francisco que começou de traz para frente. Mas ta bom.

wander

Fortaleza - Ceará - Produção de leite
postado em 05/04/2013

Precisamos de celeridade e continuidade no processo de aquisição e liberação do milho  nos armazéns da Conab, pois neste momento é a única fonte de energia que nos resta para a sobrevivência do nosso rebanho.

Boa Viagem - CE

Marcelo Borges Sampaio

Jeremoabo - Bahia - Produção de leite
postado em 05/04/2013

Quando ocorrem catástrofes pelo mundo afora, a exemplo do terremoto de Haiti, o governo gasta milhões para socorrer, de olho num acento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Porque não mobiliza as Forças Armadas com seus caminhões e aviões para o transporte emergencial do milho para o nordeste?

Geovani Marcos Dinon

Francisco Beltrão - Paraná - Estudante
postado em 07/04/2013

Nao temos também fábricas de ração no país para levar o produto pronto para lá.
Ainda bem que temos a Argentina para nos salvar.

Virgílio José Pacheco de Senna

Santo Amaro - Bahia - Consultoria/extensão rural
postado em 08/04/2013

Se o problema do Milho é a falta de transporte como vai ser com o Milho Argentino, ele vai chegar ao Nordeste do Brasil como ? ,via E-mail ou será virtual mesmo ,faz de conta que tem e os animais vao fazer de conta que come. O Brasil vive sua pior seca e uma crise nunca vista.Acho que o Governo quer é comprar Milho Argentino sem licitação é um grande negocio para quem compra como para quem vende, O PT e conhecido nas dispensas de licitações,Enquanto isso o Nordestino acaba seus rebanhos.Não tem Portos,Ferrovias nem Estradas mas teremos Copa do Mundo é pouco ou querem mais??

Aristofanes Carneiro Ribeiro

OUTRA - OUTRO - Produção de ovinos de corte
postado em 08/04/2013

Sou criador de ovinos,ou melhor faço recria e engorda,é uma vergonha o maior produtor de grãos do mundo,deixar morrer milhões de animais de fome no seu proprio território.A lógistica Argentina Nordeste é correta no momento,os navios saem da Argentina direto para os portos do Nordeste, cada Navio atraca em um pórto, o estrangulamento pode ser porto armazens da Conab,sem burocracia carreteiros regionais,a maioria pessoa física ,fazem esse percurso.

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