O leitor do FarmPoint Hélio Cabral Junior ,participa na seção Fórum Técnico, tópico Nutrição, sobre diferença de feno e silagem. O leitor comenta das dificuldades de produção de feno em larga escala.
"Fenação não é algo tão simples em larga escala.
Outra coisa que pode induzí-lo ao erro é o conceito de "feno em pé"; o diferimento de forrageiras para utilização no período seco não é fenação. O diferimento implica em maturação e até senescência da forrageira, o que faz cair drasticamente seu valor nutricional. Por isso o ideal é utilizar forrageiras decumbentes, que apresentam menores índices de lignificação.
A PB chega a níveis tão baixos quanto 5/4% da MS, a lignificação aumenta e muito e a digestibilidade pode chegar a apenas 40%. Na verdade o que se tem é um material extremamente fibroso e de baixa digestibilidade, mas que com um bom proteinado é capaz de manter animais de menor exigência nutricional durante o período seco. Dependendo do proteinado, até pequenos ganhos são possíveis.
Fazer feno em pequena escala, é fácil. Fazê-lo em grande escala para servir de volumoso conservado é que complica.
Kg por kg de MS, o feno é dos mais caros volumosos conservados. Necessita-se de um terreno bem plano ou bem retificado, segadeiras, enleiradeiras e viradeiras de leiras, todas máquinas relativamente caras e de função bem especifica. O teor de umidade deve ficar entre 15 e 12%. Mais que 15% e haverá problemas fúngicos, com degradação da qualidade, agregação de toxinas e até incêndio, pela elevação da temperatura. Menos de 12% e as folhas se destacarão e haverá pulverização, levando também à perda de qualidade.
Muitos usam propionato de amônio para conservar fenos com maiores teores de umidade, mais isto encarece ainda mais o processo.
Há necessidade de sol pleno e cuidados inclusive com o orvalho noturno para se atingir um ponto ideal de fenação. Lembrar que um feno "chuvado" pode ser refenado, mas com perdas no valor nutricional.
Informe-se melhor, compare métodos e custos inerentes aos procedimentos de ensilagem, fenação, diferimento e suplementação com cana e ureia. Veja qual se adapta melhor à sua condição de produção.
Tome a decisão baseado em números e não em empolgação ou exemplos de terceiros; alguém pode ser um excelente produtor de feno, ou silagem, ou diferimento ou trato com cana, mas isto não significa que você e as condições de sua propriedade vão ter os mesmos resultados.
Faça aquilo que for mais conveniente ao seu sistema de produção e que você se sinta "confortável" com o método adotado."
Mariana Paganoti de Oliveira, Equipe Farmpoint.
"Fenação não é algo tão simples em larga escala.
Outra coisa que pode induzí-lo ao erro é o conceito de "feno em pé"; o diferimento de forrageiras para utilização no período seco não é fenação. O diferimento implica em maturação e até senescência da forrageira, o que faz cair drasticamente seu valor nutricional. Por isso o ideal é utilizar forrageiras decumbentes, que apresentam menores índices de lignificação.
A PB chega a níveis tão baixos quanto 5/4% da MS, a lignificação aumenta e muito e a digestibilidade pode chegar a apenas 40%. Na verdade o que se tem é um material extremamente fibroso e de baixa digestibilidade, mas que com um bom proteinado é capaz de manter animais de menor exigência nutricional durante o período seco. Dependendo do proteinado, até pequenos ganhos são possíveis.
Fazer feno em pequena escala, é fácil. Fazê-lo em grande escala para servir de volumoso conservado é que complica.
Kg por kg de MS, o feno é dos mais caros volumosos conservados. Necessita-se de um terreno bem plano ou bem retificado, segadeiras, enleiradeiras e viradeiras de leiras, todas máquinas relativamente caras e de função bem especifica. O teor de umidade deve ficar entre 15 e 12%. Mais que 15% e haverá problemas fúngicos, com degradação da qualidade, agregação de toxinas e até incêndio, pela elevação da temperatura. Menos de 12% e as folhas se destacarão e haverá pulverização, levando também à perda de qualidade.
Muitos usam propionato de amônio para conservar fenos com maiores teores de umidade, mais isto encarece ainda mais o processo.
Há necessidade de sol pleno e cuidados inclusive com o orvalho noturno para se atingir um ponto ideal de fenação. Lembrar que um feno "chuvado" pode ser refenado, mas com perdas no valor nutricional.
Informe-se melhor, compare métodos e custos inerentes aos procedimentos de ensilagem, fenação, diferimento e suplementação com cana e ureia. Veja qual se adapta melhor à sua condição de produção.
Tome a decisão baseado em números e não em empolgação ou exemplos de terceiros; alguém pode ser um excelente produtor de feno, ou silagem, ou diferimento ou trato com cana, mas isto não significa que você e as condições de sua propriedade vão ter os mesmos resultados.
Faça aquilo que for mais conveniente ao seu sistema de produção e que você se sinta "confortável" com o método adotado."
Mariana Paganoti de Oliveira, Equipe Farmpoint.
Envie seu comentário: