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Leitor comenta sobre a cota de leite de cabra no RN

postado em 16/12/2008

1 comentário
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O zootecnista da Emater e leitor do FarmPoint Genildo Fonseca Pereira Grancindo, do Rio Grande do Norte, mandou uma carta complementando a noticia "RN: APASA decide cota de leite de cabra", publicada no dia 8 de dezembro. O leitor comenta que a APASA recebe do Governo do Estado uma cota de leite bem inferior a produção de leite coletada e isso obriga a associação a tomar medida de retrocesso, que limita a produção diária dos produtores. Leia abaixo a carta na íntegra.


"A caprinocultura leiteira no Rio Grande do Norte completou em 2008 dez anos de atividade, mostrando-se como mais uma atividade da agropecuária que contribui para a fixação do homem no campo, com geração de emprego e renda para os produtores rurais, principalmente para os pronafianos (produtores com propriedades menores que quatro módulos fiscais e que retiram pelo menos 80% da sua renda da propriedade rural).

Hoje, depois de dez anos de atividade, um dos problemas continua sendo o preço pago pelo litro de leite que é de R$ 1,05 desde 2003. Além disso, o sistema de cotas imposto pela principal usina de beneficiamento de leite caprino do Estado, a APASA (Associação dos Pequenos Agropecuaristas do Sertão de Angicos), a partir de 01 de dezembro de 2008, tem levado os produtores a pensarem na sustentabilidade dessa atividade que para muitos é a principal fonte de renda.

A APASA recebe do Governo do Estado uma cota de leite bem inferior a produção de leite coletada. Apesar de localizar-se na região Central do estado, no município de Angicos, a usina coleta leite de outras regiões como Agreste, Litoral e Seridó, e esse sistema de cotas obriga a associação a tomar medida de retrocesso, ultrapassada, que limita a produção diária dos produtores, fazendo com que o pequeno produtor não possa ultrapassar 10 litros de leite/dia, o que resulta em grande frustração.

Essa medida é no mínimo contraditória a todo o trabalho feito pela EMATER/RN, como a doação de tanques de resfriamento, as oficinas de ordenha higiênica, o esforço dos técnicos nos escritórios locais que estão mais próximos aos produtores ajudando na elaboração de tecnologias de conservação de alimentos como silagem, fenação e outras. Pela EMPARN, que junto a EMATER realiza o circuito de tecnologias adaptadas à agricultura familiar, com seus dias de campo voltados a caprinocultura. Também contraditório a ANCOC, que trabalha para o desenvolvimento desta atividade no estado, sendo colaboradora de um dos melhores leilões da cabra leiteira como a exemplo do que ocorreu esse ano durante a festa do boi 2008.

Portanto, na qualidade de extensionista, pesquisador e produtor, venho sugerir a todos os responsáveis pela caprinocultura do estado que lutem pelo crescimento da atividade e, principalmente, por um programa de pagamento por qualidade, pois temos consciência da importância econômica e social do leite caprino para o Estado. Lutemos também pela nossa prometida fábrica de leite em pó e pela conquista de mercado diferenciado para os produtos oriundos dessa atividade séria e promissora. Só assim resolveremos o problema de escoamento de produção, já que temos potencial para produzir bem mais do que o Governo nos compra."


Mariana Paganoti - Equipe FarmPoint

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Comentários

ricardo ferreira rodrigues

Recife - Pernambuco - Consultoria/extensão rural
postado em 19/12/2008

Parabéns pelas palavras de alento aos potiguares que tanto tem avançado nas cadeias produdivas do leite - e outras mais - pois se os mesmos não se sentirem amparados por todos os que fazemos a agropecuária brasileira podem vir a se sentirem sozinhos. Faço dos seus comentários neste artigo em especial a nossas palavras de apoio, estímulo ao tempo em parabenizo-os (ele produtores) pela garra e alto censo de empreendedorismo nesse segmento.

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