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Pouco explorada em MS, ovinocultura é alternativa rentável para produtor rural

postado em 29/06/2012

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A criação de ovelhas foi tema do programa Proovinos, evento do Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Mato Grosso do Sul), que reuniu técnicos, criadores, pesquisadores, estudantes e empresários em Campo Grande com o objetivo de difundir a criação.

Animal que exige maior atenção e trabalho por parte do produtor em comparação ao gado, a ovelha oferece carne, pele e lã, que pode render até R$ 35 por cada vez que o animal é tosquiado. O ciclo de produção é considerado curto, já que a fêmea oferece até três crias a cada dois anos, e em 90 dias o animal está pronto para o abate.

As dificuldades da ovinocultura no Brasil são a falta de mão de obra qualificada, conhecimento técnico para trabalhar com o animal, associado à alta informalidade no setor. "Hoje o consumo brasileiro é de cerca de 88 mil toneladas de carne ovina, dessas cerca de 74 mil são de produção informal, seis mil de produção do mercado formalizado e o restante é importado do Uruguai", destaca o presidente da Arco (Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos), Paulo Afonso Schwab.

De acordo com Schwab, o Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de ovinos, com cerca de 4 milhões de cabeças, seguido pela Bahia, com 3 milhões. Mato Grosso do Sul figura em 8° lugar na lista, com cerca de 700 mil animais.

Foi nas terras gaúchas que o produtor Maurício Nunes foi buscar animais da raça Texel para sua propriedade na Capital. "É um animal com precocidade, que se adapta bem e que transmite seu material genético já no primeiro cruzamento", resume.

Segundo os números da Arco, do ponto de vista da quantidade, a ovinocultura brasileira mantém índices da década de 1970. Em 2012, o rebanho nacional é de 17 milhões de cabeças, mesmo número de 42 anos atrás. O entrave para o aumento da produção é a falta de mão de obra qualificada para o manejo dos animais, na alimentação e controle de doenças. "A ovelha é um dos primeiros animais domesticados pelo homem, por isso é um dos mais dependentes e que precisa de acompanhamento na produção", destaca Schwab.

A qualidade genética da ovelha brasileira é apontada como um dos trunfos da produção nacional e a ovelha pantaneira, apontada como um dos melhores animais brasileiros pela rusticidade. "A pantaneira tem maior rusticidade de carcaça, adaptada para o nosso clima e alimentação disponíveis", afirma o presidente do Senar/MS, Ademar da Silva Júnior.

Associação

A produção de ovelhas é apontada como uma saída para pequenos produtores, como destaca o produtor Jorge Tupirajá, que cria animais da raça Ile de France em Campo Grande. Para uma carga de envio ao frigorífico é preciso de 150 animais, que podem ser de vários criadores associados, facilitando a comercialização.

Tupirajá trabalha com a venda de genética e afirma que a ovinocultura é uma alternativa viável para os assentamentos rurais. "Com até cinco ovelhas é possível que o assentado consiga uma produção de um cordeiro por mês. Se torna a fonte de carne vermelha em substituição ao boi, que segue oferecendo o leite".

A associação com a bovinocultura também é apontada como alternativa pelo pesquisador da Embrapa, Fernando Alvarenga Reis. "As duas espécies podem conviver e as duas se beneficiam porque, por exemplo, o gado promove a limpeza da área das ovelhas", destaca.

As informações são do site Campo Grande News, adaptadas pela Equipe FarmPoint.

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