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Produtor comenta sobre o abate clandestino

postado em 09/12/2009

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O produtor Guilherme Gomes de Carvalho, de Belo Horizonte, Minas Gerais, enviou um comentário ao artigo "Abate clandestino. Até Quando?". Abaixo leia a carta na íntegra.

"Prezados advogados, empresários, políticos, técnicos, fiscais e jornalistas,

Adoro quando a conversa chega a este nível. É a hora de olhar todos os lados das moedas, tanto as de R$0,01 quanto as de R$1,00.

É preciso aceitar que o abate clandestino existe de forma expressiva, causa insatisfação dos insuficientes frigoríficos e é a forma da grande maioria dos ovinocultores conseguirem se manter na atividade.

Criminalizar esta realidade é o mesmo que proibir os índios de caçarem, ou nadarem pelados, ou terem filhos sem pré-natal. Quero dizer que sempre foi assim, e que para mudar é preciso muito investimento, organização, seriedade e justiça.

Não estou dizendo que o SIF é o problema, mas que ainda está longe de ser a solução. Sua importância é enorme, até mesmo para que possamos obter dados mais concretos da ovino/caprinocultura nacional, e, assim, possamos traçar nossas estratégias, para que sejamos mais competitivos frente ao mercado mundial, e, antes ainda, atender à nossa própria demanda.

Temos que ter muito cuidado com a ganância injusta, e buscar uma saída para os valentes produtores de carne ovina e caprina (os expositores já são outra coisa). Já assisti a vários produtores que foram obrigados a terem gastos desnecessários com animais com peso de abate por não terem como abater.

A margem de lucro do ovinocultor é ínfima (principalmente quando utilizam dos padrões de nutrição atuais) quando comparada à dos frigoríficos - salve exceções.

Como fazer então? Como estruturar a cadeia produtiva? Como fortalecer as cooperativas? Como aliar as cooperativas aos frigoríficos? Como fazer para incentivar e fazer justiça ao produtor? Acho essa discussão muito mais sensata do que como punir, como encontrar o culpado, como cobrar do MP... Denunciar a floresta desmatada, para formar pastagem, frigorífico nenhum quer, não é?

Para concluir, reforço que o abate clandestino, hoje, se dá em grande parte pela necessidade de se pagar os custos de produção, pela falta de opção e pela tradição. Ideias e propostas para se contornar este problema devem ser bem vindas e analisadas, e a atitude deve partir de cima (governo, restaurantes, supermercados e frigoríficos) para baixo (produtor), o que hoje parece muito difícil.

Guilherme Carvalho"

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