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Queda no rebanho ovino neozelandês limita queda nos preços da lã

postado em 09/01/2012

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Os preços da lã continuarão caindo, mas não terão um colapso como ocorreu com o algodão, já que os valores estão sendo apoiados por uma queda nos estoques da Austrália e pela redução no rebanho ovino neozelandês para seu menor número em 65 anos.

Os preços da lã, como medidos pelo indicador de mercado oriental (EMI) da Austrália, caíram mais de 15% com relação ao recorde registrado em junho, enfraquecidos pela queda nas importações pelos principais países consumidores.

O padrão segue - com um atraso - como aquele visto no algodão, que registrou preços recordes em junho, caindo em cerca de 60% desde então. Entretanto, isso não significa que os valores da lã também sofrerão esse declínio, que implicaria no EMI caindo para um valor de menos de A$ 6,00 (US$ 6,17) por quilo.

"Os preços provavelmente não cairão para menos de A$ 10,00 (US$ 10,29) o quilo", disse o economista de agronegócios do National Australia Bank, Michael Creed, prevendo que o EMI ficará em média em A$ 11,39 (US$ 11,72) por quilo em 2011-12, um preço somente um pouco abaixo dos níveis atuais.

A previsão foi marginalmente acima da previsão de 2011-12, de A$ 11,10 (US$ 11,43) por quilo feito pela Agência Australiana de Agricultura, Recursos Econômicos e Ciência (Australian Bureau of Agricultural and Resource Economics and Sciences - ABARES) há duas semanas.

Creed reconheceu "consideráveis ventos contrários" à demanda de lã devido à piora nas condições econômicas, notavelmente na zona do euro, onde as vendas de roupas e calçados caíram 6,7% em setembro e deverão permanecer fracas.

"Com a confiança dos consumidores permanecendo baixa, é difícil prever qualquer recuperação no componente roupa das vendas de varejo (da zona do euro) durante um futuro próximo", disse ele, designando a demanda por produtos de lá "particularmente vulnerável".

De fato, a fraca demanda da zona do euro parece estar por trás da queda de 0,8% das importações pela China, o maior comprador de tops de lã, nos primeiros nove meses do ano, apesar das fortes vendas domésticas de roupas, que aumentaram 35,1% em valor em novembro, comparado com o mesmo mês de 2010. A China também é o maior processador de lã, com grande parte de sua produção visando os mercados de exportação.

Além disso, os valores da lã permanecem relativamente caros comparados com os valores das fibras rivais, com a razão de preços da lã: algodão ficando 12% acima da média de longo prazo em novembro. A razão lã: fibras sintéticas ficou 37% maior que os níveis médios.

As exportações de lã da Austrália, o principal exportador, excederam a produção em 15.000 toneladas em 2010-11, de acordo com a ABARES, refletindo um aumento de 16.000 toneladas, para 444.000 toneladas em exportações, à medida que os altos preços atraíram a liberação dos estoques. As exportações continuarão aumentando em 2011-12, somente em 4.000 toneladas em 2011-12, apesar das questões da demanda, previu a ABARES. "As exportações dos principais competidores da Austrália têm sido fracas até agora nesse ano, caindo em mais de 10%", disse Creed.

De fato, as exportações da Nova Zelândia deverão ficar estagnadas em 2012, apesar das medidas tomadas pelos produtores, como uma segunda tosquia, para aproveitar os preços que o economista do Bank of New Zealand, Doug Steel, chamou de "os melhores em anos".

O aumento será compensado por uma queda de 2% nos números de ovinos que já levou o rebanho neozelandês para menos de 32 milhões de cabeças, o menor nível desde 1946, de acordo com dados do Beef and Lamb New Zealand. "A queda nos números de ovinos continua uma ampla tendência de baixa como resultado da pressão pelo uso alternativo da terra", disse Steel.

Em 06/01/12 - Dólar Australiano = US$ 1,02979
0,97089 Dólar Australiano = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)

A reportagem é do Agrimoney, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.

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