A temporada de tosquia dos ovinos terminou na Espanha, com uma campanha que se obteve, segundo as primeiras previsões, entre 20.000 e 30.000 toneladas de lã de boa qualidade, o que supõe um volume de negócios em torno de 30 milhões de euros (US$ 38,44 milhões).
O vice-presidente da Organização Interprofissional Agroalimentar de Ovino e Caprino (Interovic), Marco Antonio Calderón, detalha que os ovinos tinham uma lã de maior qualidade após um outono, inverno e primavera chuvosos, que proporcionaram alimentação abundante aos animais, o que fez com que a lã crescesse mais e fosse mais “lavada”. Calderón é também diretor da cooperativa “Comercial Ovinos”, com sede em Villanueva de la Serna (Badajoz), a única dedicada exclusivamente na Europa à transformação e comercialização de lã.
Essa cooperativa recolhe lã de 2.800 pecuaristas e fatura cerca de 10 milhões de euros (US$ 12,81 milhões) em um negócio que está aumentando, segundo ele, já que se tem fechado acordos em Portugal e com o grupo Pastores de Aragón. Após a coleta, a cooperativa se encarrega de classificar a lã para comercializá-la “suja” ou “limpa” (lavada) e também a oferece ao cliente após submetê-la ao processo de produção de lã cardada.
Cerca de 95% da lã está destinada ao mercado externo, sendo a maior parte para países extra-comunitários, sendo China e Índia os que mais demandam lã “suja”. A lã limpa é muito distribuída em todo o mundo.
O responsável pela tosquia da cooperativa Oviaragón - Grupo Pastores de Aragón”, Carlos Bernues, disse que na Espanha há cerca de 1.500 tosquiadores e que cada vez mais é maior a presença de mão de obra estrangeira em um trabalho que fornece a cada um deles em média entre 3.000 e 3.500 euros (US$ 3.844,83 e US$ 4.485,63) por mês. Esse é um valor elevado, porque trata-se de um “trabalho duro, complicado”, com especial incidência nos finais de semana.
O tosquiador cobra por cada ovelha tosquiada entre 1,8 e 2 euros (US$ 2,30 e US$ 2,56) se é da raça Merino – pequena, mas com bastante lã -, frente às da raça Manchega, que custa 1,3 a 1,4 euros (US$ 1,66 a US$ 1,79), já que esses animais apresentam lã somente no lombo. Os fornecedores de lã recebem entre 40 e 45 centavos de euros (51,26 e 57,67 centavos de dólar) por quilo de lã Manchega, de menor qualidade e menos demandada que a Merino, cuja venda reporta 1,6 euros (US$ 2,05) por quilo.
O Centro de Inovação Tecnológica (CTF) elaborou um relatório que revelou que a Espanha fornece 30% da lã limpa europeia e é o segundo produtor depois do Reino Unido. O relatório mostra como a produção de lã da Espanha vem baixando desde 2000, quando se obtiveram 39.104 toneladas de lã frente às cerca de 30.000 atuais, provocada pela queda paulatina do rebanho de ovinos, que passou de um censo de 23,9 milhões de ovinos em 2000 para 14 milhões atuais.
Nesse sentido, Bernues disse que o rebanho ovino espanhol dentro de quatro anos poderá ser de 6 milhões de ovinos, pelo escasso consumo de carne ovina e pelos custos elevados de produção.
Em 11/07/13 – 1 Euro = US$ 1,28161
0,78018 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
A reportagem é do http://www.agroinformacion.com, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
O vice-presidente da Organização Interprofissional Agroalimentar de Ovino e Caprino (Interovic), Marco Antonio Calderón, detalha que os ovinos tinham uma lã de maior qualidade após um outono, inverno e primavera chuvosos, que proporcionaram alimentação abundante aos animais, o que fez com que a lã crescesse mais e fosse mais “lavada”. Calderón é também diretor da cooperativa “Comercial Ovinos”, com sede em Villanueva de la Serna (Badajoz), a única dedicada exclusivamente na Europa à transformação e comercialização de lã.
Essa cooperativa recolhe lã de 2.800 pecuaristas e fatura cerca de 10 milhões de euros (US$ 12,81 milhões) em um negócio que está aumentando, segundo ele, já que se tem fechado acordos em Portugal e com o grupo Pastores de Aragón. Após a coleta, a cooperativa se encarrega de classificar a lã para comercializá-la “suja” ou “limpa” (lavada) e também a oferece ao cliente após submetê-la ao processo de produção de lã cardada.
Cerca de 95% da lã está destinada ao mercado externo, sendo a maior parte para países extra-comunitários, sendo China e Índia os que mais demandam lã “suja”. A lã limpa é muito distribuída em todo o mundo.
O responsável pela tosquia da cooperativa Oviaragón - Grupo Pastores de Aragón”, Carlos Bernues, disse que na Espanha há cerca de 1.500 tosquiadores e que cada vez mais é maior a presença de mão de obra estrangeira em um trabalho que fornece a cada um deles em média entre 3.000 e 3.500 euros (US$ 3.844,83 e US$ 4.485,63) por mês. Esse é um valor elevado, porque trata-se de um “trabalho duro, complicado”, com especial incidência nos finais de semana.
O tosquiador cobra por cada ovelha tosquiada entre 1,8 e 2 euros (US$ 2,30 e US$ 2,56) se é da raça Merino – pequena, mas com bastante lã -, frente às da raça Manchega, que custa 1,3 a 1,4 euros (US$ 1,66 a US$ 1,79), já que esses animais apresentam lã somente no lombo. Os fornecedores de lã recebem entre 40 e 45 centavos de euros (51,26 e 57,67 centavos de dólar) por quilo de lã Manchega, de menor qualidade e menos demandada que a Merino, cuja venda reporta 1,6 euros (US$ 2,05) por quilo.
O Centro de Inovação Tecnológica (CTF) elaborou um relatório que revelou que a Espanha fornece 30% da lã limpa europeia e é o segundo produtor depois do Reino Unido. O relatório mostra como a produção de lã da Espanha vem baixando desde 2000, quando se obtiveram 39.104 toneladas de lã frente às cerca de 30.000 atuais, provocada pela queda paulatina do rebanho de ovinos, que passou de um censo de 23,9 milhões de ovinos em 2000 para 14 milhões atuais.
Nesse sentido, Bernues disse que o rebanho ovino espanhol dentro de quatro anos poderá ser de 6 milhões de ovinos, pelo escasso consumo de carne ovina e pelos custos elevados de produção.
Em 11/07/13 – 1 Euro = US$ 1,28161
0,78018 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
A reportagem é do http://www.agroinformacion.com, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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