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Senado discute Plano de Desenvolvimento para o setor

postado em 11/07/2008

1 comentário
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O panorama atual e o Plano de Desenvolvimento para a Caprinovinocultura foram discutidos nesta quinta-feira (10), no Senado, em audiência pública com membros da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Caprinos e Ovinos. Foi destaque no evento o número atualizado de cabeças do rebanho brasileiro, caprinos (10 milhões) e ovinos (15 milhões). A região Nordeste é responsável por 93% da produção de caprinos e também lidera nos ovinos, com 58% do rebanho do país. Em segundo lugar está a região Sul, com 29% de ovinos, o que equivale a 4,5 milhões de cabeças.

O coordenador-geral da Secretaria de Política Agrícola (SPA), João Antônio Fagundes Salomão, apresentou as principais alterações para a ovinocaprinocultura propostas no Plano Agrícola e Pecuário 2008/2009. "O limite de custeio para esse setor aumentou de R$ 100 mil para R$ 130 mil por produtor. O prazo para pagamento continua o mesmo, em até um ano, com taxa de juros de 6,75%. Além disso, para o Programa de Investimento, Moderagro, foi ampliado o limite de financiamento, passando de R$ 200 mil para R$ 250 mil. Nesse caso, o prazo permanece para até oito anos, com até três anos de carência", detalhou.

Já estão programados seminários em três regiões do país, para difundir a importância da ovinocaprinocultura, as ações do setor e mostrar as oportunidades de produção e comércio dos produtos. A Câmara Setorial se responsabilizará pela indicação dos palestrantes. O primeiro evento será em agosto, durante a Expointer (RS), e os outros serão realizados no Nordeste e Centro-Oeste, ainda neste ano.

Para o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Caprinos e Ovinos, Francisco Maia, a audiência foi importante para que os políticos pudessem debater sobre a importância do setor, que tem história de 400 anos e emprega cerca de 300 mil famílias, o que equivale a 1,5 milhão de pessoas.

E para ter o segmento valorizado, ele defende a priorização da sanidade. "A sanidade vai abrir portas para o melhoramento genético, proporcionando melhor qualidade à carne para o consumo", disse. "A sanidade tem sido uma exigência cada vez maior do mercado", confirmou o presidente da CNA, Fábio de Salles Meirelles.

Segundo Maia, a falta de padrões de sanidade para o setor faz com que muitos criadores de cabras e ovelhas façam abates clandestinos. "Com a implantação deste programa, poderemos trazer estes criadores para o processo legal da cadeia produtiva e fazer com que contribuam para o crescimento da atividade", comentou.

Na avaliação de Maia, a padronização da sanidade e outras iniciativas, como a implantação de um programa de melhoramento genético e de ações de pesquisa e desenvolvimento para a produção de carne, leite e lã, além da integração dos elos da cadeia produtiva, proporcionariam o aumento do rebanho dos caprinos e ovinos e sua melhor distribuição pelo país. "Muitos frigoríficos que abatem ovinos e caprinos funcionam com 40% da capacidade pela falta de oferta de animais", ressaltou, atribuindo este fator ao abate descontrolado de matrizes e fêmeas.

Durante a audiência no Senado, Maia mostrou preocupação com o baixo consumo per capita de caprinos e ovinos. Em 2005, esta relação era de 0,6 quilo, enquanto países como Nova Zelândia consumiam 32 quilos por habitante. Ele calcula que, se o consumo destas carnes aumentar 20%, exigirá uma demanda adicional de 33 milhões de cabeças, além da produção anual de 244,5 mil toneladas e a geração de 825 mil empregos.

As informações são da assessoria de imprensa do Mapa e da CNA.

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Comentários

Walter Celani Junior

Uberaba - Minas Gerais - Consultoria/extensão rural
postado em 21/07/2008

É claro que todo progresso em qualquer segmento passa pelas discussões políticas. Porém quando se fala que a sanidade será um fator primordial, esquece-se de muitas outras coisas que são tão ou mais importantes.

Uma delas, é fazer crer ao pequeno produtor, que ter um rebanho de ovinos na propriedade dará a ele condição de ovino ou caprinocultor. Esse é um ledo engano e que faz com que várias pessoas entrem na atividade com a esperança de "salvar a lavoura" e a coisa não funciona muito bem por esse caminho.

Devemos ter a consciência de que pequenos rebanhos não são fonte de renda, e sim, de subsistência. E, que, para se ter atividade lucrativa ou que se sustente, é necessário ter rebanhos de no mínimo 300 a 500 matrizes, quando queremos compor renda em uma propriedade e não ter a atividade como principal.

Esse números não são citados ao acaso. São frutos de observações constantes que faço em visitas realizadas a diversas partes do pais.

Creio que a ação política, não pode ser apenas ação política, o que necessitamos são pessoas do meio técnico, devidamente capacitadas e que vivenciam o dia-a-dia da atividade para saber o que melhorar e acrescentar, para que a atividade passe a ser lucrativa. Como ação de marketing, para aumento do consumo, condições para aquisição de reprodutores com realização de cruzamento industrial, e muitas outras coisas que são de vital importância.

Portanto, há que se colocar a ação política sempre com o acompanhamento técnico de fato.

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