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Stephanes: setor precisa de organização e propostas

postado em 17/03/2010

1 comentário
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Três personalidades do setor agropecuário brasileiro abriram os debates do Agrogestão 2010. O ministro da agricultura, pecuária e abastecimento, Reinhold Stephanes, o ex-ministro da agricultura e diretor da Fiesp, Roberto Rodrigues, e o ex-ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, participaram do painel Tendências "Cenários Mundiais do Agronegócio e o futuro do Brasil, que foi mediado pelo jornalista, editor chefe e apresentador da Globo News, Guto Abranches.

Stephanes enfatizou a necessidade de organização e mobilização de todos os envolvidos com o agronegócio no Brasil e a maior participação do setor agrícola no processo de discussões e decisões nacionais. Para o ministro, é necessário criar uma agenda que apresente as principais bandeiras e propostas do agronegócio, inclusive para buscar o comprometimento das lideranças políticas, a exemplo de outras classes e entidades que se organizam em busca de um interesse comum. "A agricultura brasileira é um setor extremamente forte e dinâmico, alimenta a população brasileira inteira, exporta para mais de 180 países, hoje detém, praticamente, um quarto do mercado mundial, em termos de exportações, mas por outro lado é um setor que tem pouca organização e pouca participação no processo de debate e decisão das grandes questões nacionais", afirmou o ministro.

Sobre os debates nacionais, dos quais o setor agropecuário teria ficado de fora, Stephanes citou discussões recentes como a dos direitos humanos, que segundo ele discrimina o agronegócio, e as questões ambientais (COP15), que só recebeu sugestões e projetos do Ministério da Agricultura depois que o assunto já estava na mídia.

O ex-ministro Furlan abordou a questão do desenvolvimento sustentável. Para ele, é fundamental que a produção esteja diretamente ligada a sustentabilidade, e que essa condição esteja refletida na imagem do Brasil no exterior. Furlan disse que, hoje, o país está numa posição a frente de países europeus e norte-americanos, na chamada economia verde, tendo 20% da água potável do mundo, milhares de hectares de florestas, além das fontes de energias renováveis, que representam 50% do consumo nacional. Além disso, enfatizou a tendência da valorização da água e do ar puro, através de mecanismos como créditos de carbono, retenção de gás metano, entre outros. Para finalizar, Furlan disse que "o sonho é que o Brasil não seja só um país emergente, que caminha para ser um país desenvolvido, mas que a nossa imagem siga também com o compromisso que foi assumido na reunião COP15, de que trabalharemos para reduzir o desmatamento", afirmou Furlan.

O crescimento populacional e o aumento da demanda de alimentos no mundo marcaram a fala do ex-ministro Roberto Rodrigues. Ele citou dados da FAO, que apontam que os estoques mundiais de alimentos estão menores do que cinco anos atrás, que em 2050 a população do planeta aumentará em 50%, chegando a 9 bilhões de pessoas, e a demanda por alimentos deverá aumentar em 70%, número muito superior a oferta.

Rodrigues também apontou a necessidade de integração na hora de definir o orçamento para a agricultura, articulação política e estratégias para o desenvolvimento do setor. Ele destacou a importância de mecanismos de comunicação com a sociedade. "Precisamos explicar para o mundo urbano, o que é que nós somos, quem é o agricultor. O mundo urbano nos olha de longe, não nos conhece". Para isso, o ex-ministro anunciou que nos próximos meses inicia um programa de comunicação, através da mídia, de valorização da agropecuária, do agronegócio e do produtor rural.

As informações são da Assessoria de Imprensa, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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Comentários

Marcos Salazar de Paula

Lima Duarte - Minas Gerais - Produção de leite
postado em 17/03/2010

Kátia Abreu parece ter dado sangue novo à CNA. Ela representa setores mais dinâmicos do agronegócio.
Infelizmente o Leite segue no antigo marasmo. Culpa do baixo índice de profissionalismo dos produtores, mas também da baixa qualidade da representação. Até hoje, nossos representantes na Faemg são indicados pelas cooperativas (sindicatos subordinado a elas). Acabam tendo inevitáveis compromissos com a indústria e falta de apoio da classe.
Precisamos de Agenda, mas se não tivermos capacidade de lutar por ela, podem esquecer!

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