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Uruguai: tendências do mercado de lã

postado em 13/04/2007

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A situação do mercado de lã do Uruguai tem melhorado nos últimos meses, a partir de um aumento nos preços da fibra impulsionado pelos movimentos gerados em nível internacional. A demanda se mantém estável, sustentada por um bom desempenho das principais economias do mundo, enquanto a oferta não tem crescido, sofrendo, inclusive, uma importante retração devido à forte seca originada na Austrália, o maior produtor e exportador de lã do mundo.

Por outro lado, os elevados preços do petróleo têm melhorado a relação da fibra com o sintético, fator que também influenciou nos fortes aumentos ocorridos neste ano. Neste marco, os preços da lã no mercado internacional subiram 35% em média com relação ao ano anterior, destacando-se os maiores aumentos nas categorias de 20 a 24 micra.

A Central Lanera Uruguaia apresentou o fechamento da safra de 06/07, no qual se registram importantes aumentos com relação à safra anterior. Assim como no mercado internacional, os maiores aumentos foram nas categorias de 20 a 24 micra, com preços que oscilaram entre US$ 3 e US$ 4 o quilo, 38% a 45% mais altos que no ano passado. O restante das categorias apresentaram aumentos de 20% a 30% com relação a safra de 05/06.

Porém, além desta conjuntura particular propiciada pela forte redução da oferta australiana, o mercado internacional tem dado sinais claros nos últimos anos do caminho que a produção deve seguir. Tanto no setor de vestimentas, que utiliza lãs finas e superfinas, como no de interiores (tapetes, cortinas) que utiliza lãs médias, o mercado tem se voltado às lãs mais finas e de maior qualidade.

O Uruguai tem um grande desafio adiante, à medida que pode valorizar substancialmente sua produção atual reduzindo a espessura média de sua safra. O Uruguai exporta 60% de sua lã com finuras maiores de 28 micra, cujas possibilidades de mercados e preços baixam consideravelmente. Segundo um artigo do Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL), as lãs de 29 micra ou mais grossas têm praticamente como único destino a China, onde a capacidade de negociação é limitada.

Neste sentido, o relatório afirma que é necessário afinar as lãs médias para cerca de 27 micra que possui maiores possibilidades comerciais, já que aparecem outros países demandantes, como Alemanha e Itália. As principais empresas exportadoras afirmam que a estratégia do Uruguai deve ser baseada na oferta de lãs de 25 a 27 micra com alta qualidade, já que não há fornecedores mundiais para este tipo de fibra. O SUL impulsiona esta linha de trabalho assessorando os produtores.

Por outro lado, o setor de lãs finas e superfinas cresce de forma sustentada, embora se trate de volumes muito reduzidos com relação ao total exportado. Nos últimos seis anos, a lã com menos de 23 micra exportada pelo Uruguai representou 10% do total. Considerando a categoria de até 22 micra, esse volume é de 4% do total exportado.

O país tem projetos que impulsionam o crescimento destes setores, como por exemplo, um que tem a meta de produzir 500 mil quilos de lã com menos de 20 micra. O projeto se concentra na melhoria genética da produção, trabalhando na importação de novos materiais provenientes da Austrália. Na última safra foram produzidos 200 mil quilos de lã com menos de 20 micra, consolidando desta forma o crescimento sustentado do projeto.

Em outra frente funciona o Projeto Merino Fino que integra a Sociedade de Criadores de Merino Australiano, o SUL e o Instituto Nacional de Pesquisas Agropecuárias. O projeto inclui um acordo comercial com a Lanas Trinidad SA que possibilita ao produtor uruguaio obter os mesmos preços que o mercado australiano para as lãs com menos de 20,7 micra, o que posiciona o produtor uruguaio em condições similares ao produtor australiano.

A reportagem é do jornal uruguaio El País.

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