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Vilsack: alta dos preços agrícolas não elevará inflação

postado em 19/11/2010

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A disparada das cotações nos mercados futuros agrícolas não será traduzida em uma grande elevação dos preços dos alimentos para os consumidores, disse o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Tom Vilsack, em entrevista ao Wall Street Journal. "Não estou certo de que os preços das commodities necessariamente elevarão os custos dos alimentos de forma direta e na mesma proporção", disse. "Eles sobem e descem o tempo todo".

Apesar da atual volatilidade dos mercados, a inflação dos alimentos continuará baixa, afirmou Viklsack. Até a semana passada, os preços do milho e da soja atingiram máximas de dois anos na Chicago Board Of Trade (CBOT) os do açúcar alcançaram os maiores níveis em 30 anos na ICE Futures US, em Nova York. Embora as cotações tenham caído de forma expressiva desde então, a expectativa é que elas voltem a se recuperar por causa da restrição da oferta internacional. Os ganhos recentes foram atribuídos ao temor de que a produção desses itens não seja capaz de atender ao rápido crescimento da demanda na China e em outros mercados emergentes.

Vilsack argumentou que os produtores de seu país não estão colhendo todos os benefícios desses preços altos, e que os consumidores não pagarão mais por seus produtos alimentícios. "Há muita gente na cadeia alimentar mordendo um pedaço da maçã". De acordo com dados do Departamento do Trabalho, que é o órgão responsável pela medição da inflação no país, os preços dos alimentos subiram 0,1% em outubro, mês em que a cotação do milho disparou 20% e a do açúcar cresceu 15%. A contrapor a opinião do titular do Departamento de Agricultura (USDA), empresas do setor como a General Mills Inc., disseram recentemente que vão elevar preços ou dar fim às promoções que mantiveram os preços de seus produtos mais baixos.

O USDA estima que os preços dos alimentos em 2010 vão aumentar entre 0,5% e 1,5%, a menor variação desde 1992, embora esse porcentual deva se recuperar para níveis considerados normais, entre 2% e 3%, em 2011. O secretário de Agricultura dos EUA também argumentou que o baixo nível de endividamento do setor agrícola do país ajuda os produtores a lidar com a volatilidade dos mercados. "Se você está altamente alavancado e aposta em preços altos para sair dessa situação, estará em apuros. Mas se sua dívida é de US$ 1 para cada US$ 9 ou US$ 10 em valor de ativos, é mais fácil lidar com os caprichos do mercado."

A diferença significativa entre valores de dívida e de ativos também deve impedir a formação de uma bolha nos preços da terra agrícola, disse Vilsack. O valor da terra irrigada no oeste do país subiu 9,6% no terceiro trimestre, de acordo com levantamento divulgado na semana passada pelo Federal Reserve de Kansas City. Isso deixou alguns observadores preocupados com a possibilidade de uma queda de preços nos meses à frente. "Embora a estrutura de crédito subjacente ao comércio de terras nos EUA não pareça envolver alavancagem excessiva ou produtos de crédito inadequados, esta é uma situação que continuará a exigir monitoramento rigoroso", afirmou Sheila Bair, presidente Federal Deposit Insurance Corp. (FDIC), agência independente criada pelo Congresso norte-americano para assegurar a estabilidade do setor financeiro.

As informações são da Dow Jones, publicadas na Agência Estado, adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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